O índice de mortes por AVC e doenças cardíacas cai entre as mulheres de 30 a 69 anos no Brasil
O número de óbitos causados por Acidente Vascular Cerebral (AVC) caiu em 11% e 6,2% nas doenças cardíacas isquêmicas entre as mulheres de 30 a 69 anos. A constatação é do estudo Saúde Brasil 2018, realizado pelo Ministério da Saúde, divulgado este mês. Estas duas doenças são as que mais matam a população feminina

De acordo com o levantamento do Ministério da Saúde, as taxas de mortalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e doenças cardíacas isquêmicas, em mulheres com idades entre 30 a 69 anos, caíram em 11% e 6,2%, respectivamente. No mesmo período, o índice para AVC reduziu de 39,5 para 35,2% óbitos por 100 mil habitantes do sexo feminino. Em relação as doenças cardíacas, elas apresentaram uma queda de 55 para 51,6 mortes por 100 mil mulheres. Para a conclusão deste estudo, o Saúde Brasil 2018 utilizou as populações publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e para a taxa padronizada, o Censo Brasileiro de 2010. O período analisado foi de 2010 e 2016.
O estudo apontou, também, que na população com faixas etárias entre 30 e 60 anos e com mais de 70 anos, as doenças cardíacas isquêmicas apresentaram os maiores índices de mortalidade em todas as regiões do Brasil – tanto nos homens quanto nas mulheres. Já o AVC, conhecido popularmente como derrame, ocupou o segundo lugar no ranking das principais causas de mortes de pessoas do sexo feminino de todas as regiões do País. Já na população masculina, as maiores taxas de mortalidade ocorreram na região Sul e Sudeste.
Apesar do registro de redução de óbitos das duas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT’s), estas patologias continuam sendo as que mais matam a população do sexo feminino entre 30 e 69 anos. As doenças cardíacas, AVC, infecções respiratórias e diabetes são as principais causas de morte entre as mulheres. Este grupo tem quatro fatores de risco em comum, sendo eles: tabagismo, sedentarismo, alimentação inadequada e uso excessivo do álcool – sendo que todas estas causas podem ser prevenidas.
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis respondem por cerca de 36 milhões – ou 63% dos óbitos no mundo – com destaque para as patologias do aparelho circulatório, diabetes, câncer e doença respiratória crônica. No Brasil, as DCNT correspondem a 54,0% de todas as mortes no ano de 2016. Na faixa etária de 30 a 69 anos, elas representaram 56,1% das taxas de mortalidade.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclui como importantes DCNT as doenças do aparelho circulatório – cerebrovasculares, cardiovasculares – neoplasias, doenças respiratórias crônicas e diabetes mellitus. O Ministério da Saúde lançou um plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis. Atualmente, são 42,9 mil unidades básicas de saúde em funcionamento.