Ginecologista e obstetra Dra. Angélia Iara ressalta que a decisão deve ser individualizada, respeitando as condições clínicas da mãe e do bebê, mas destaca: o ideal é esperar o bebê dar sinais de que está pronto para nascer.
A escolha do tipo de parto costuma gerar dúvidas e até certa ansiedade entre as gestantes. De um lado, o parto normal é frequentemente apontado como o mais natural. De outro, a cesariana pode ser necessária em determinadas situações. Para a ginecologista e obstetra Dra. Angélia Iara, o mais importante é compreender que não existe um modelo único de parto ideal.
“Cada mulher e cada gestação são únicas. O que é adequado para uma paciente pode não ser para outra. O nosso papel é orientar e oferecer segurança, respeitando tanto as condições clínicas quanto os desejos da mãe”, explica a médica.
Segundo Dra. Angélia, a decisão deve ser tomada com base em fatores como o bem-estar da gestante e do bebê, a evolução da gestação e o histórico de saúde. Embora a cesariana seja um procedimento seguro quando indicada, o parto normal costuma ser o mais recomendado quando não há contraindicações, por favorecer uma recuperação mais rápida e um início mais precoce do vínculo com o bebê.
“O ideal é que o nascimento aconteça no tempo certo, quando o bebê dá sinais de que está pronto para vir ao mundo. Antecipar esse momento sem necessidade pode aumentar os riscos para mãe e filho”, reforça.
A médica lembra que a humanização do parto não está ligada apenas à via de nascimento, mas ao respeito às escolhas da mulher, à escuta ativa e ao acompanhamento acolhedor durante todo o processo gestacional.
“Mais do que discutir qual é o melhor tipo de parto, precisamos falar sobre o protagonismo da mulher e o respeito ao seu corpo e ao tempo do bebê”, conclui.


