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sábado, setembro 21, 2024

 3 em cada 4 profissionais da saúde não estão vacinados

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3 em cada 4 profissionais da saúde não estão vacinados

A campanha de vacinação contra a covid-19 no DF precisa ser acelerada com urgência. Estimativa do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) apontam que três em cada quatro profissionais de saúde do Distrito Federal não estão vacinados: resultado da ausência de prioridades da gestão. Por diversas vezes, o sindicato notificou a Secretaria de Saúde (SES-DF). A instituição salientou, mesmo antes da chegada das primeiras doses dos imunizantes à região, a necessidade de um calendário de vacinação colocando os profissionais da saúde na dianteira da fila.

Imunizar os trabalhadores da saúde, tanto os que atendem na rede privada de saúde quanto os que atuam no serviço público, é garantir a continuidade dos atendimentos à população. Por isso, não apenas a SES-DF foi notificada pelo SindMédico-DF. Há aproximadamente um mês, a instituição alertou o próprio Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para que fossem cumpridas, no DF, as diretrizes e orientações técnicas do Ministério da Saúde na condução da vacinação, com transparência e organização dos grupos prioritários.

Ainda no sentido de ampliar a vacinação dos médicos e demais profissionais de saúde do DF, o sindicato buscou também a união das entidades representativas. A instituição lançou, em fevereiro, uma nota pública, assinada também pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-DF), pela Associação Médica de Brasília (AMBr), pela Academia de Medicina de Brasília (AMeB), e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam). “As entidades médicas continuam acompanhando o andamento da vacinação e estarão atentos ao cumprimento do Plano Nacional de Vacinação para que contemplem todos os médicos e demais profissionais de saúde”, destaca o texto.

Importante lembrar que, enquanto o sindicato luta pela ampliação da vacinação no DF, em todo esse percurso, mesmo anteriormente à chegada das vacinas, ações de combate efetivas à covid-19 foram ignoradas pela gestão local. Quando a população deveria ter sido avisada sobre os riscos de uma segunda onda e do possível colapso da saúde, o governo fez exatamente o oposto. Passou uma falsa sensação de segurança: desmontou a estrutura do Hospital de Campanha Mané Garrincha, reabriu o comércio sem qualquer tipo de fiscalização para inibir a disseminação do vírus, não ofereceu transporte público suficiente para que eles não fiquem superlotados, permitiu a volta presencial das escolas e afirmou que o DF estava preparado para enfrentar a doença.

Agora sem leitos de UTI suficientes para tratar os pacientes com covid-19, o GDF anuncia lockdown e, nesta segunda-feira (8), até toque de recolher. Medidas fora de hora, apenas políticas, que atendem a objetivos eleitoreiros. Também sem vacinas para toda a população – apenas 5,07% dos brasilienses foram imunizados em quase 50 dias – e sem previsão (ou negociação) de compra dos imunizantes, mesmo com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), o DF vive o seu pior cenário desde o início da pandemia: são mais de 306,6 mil casos e quase 5 mil mortes em decorrência da covid-19.

“A prioridade, desde o início da pandemia, deveria ter sido preservar vidas”, avalia o presidente do SindMédico-DF, Gutemberg Fialho. “Infelizmente, no entanto, observamos que as decisões da gestão local, no que diz respeito à covid-19, são pautadas em questões políticas e, infelizmente, ideológicas. Não são dados e nem estatísticas que norteiam o GDF contra o coronavírus. Enquanto for assim, tememos que as variantes da doença, mais transmissíveis e letais, se espalhem e contaminem mais e mais pessoas, incluindo os profissionais de saúde, que não podem atender a população se não estiverem saudáveis para isso”, avalia o médico.

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