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sexta-feira, julho 11, 2025
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Disciplina invisível: a vigilância interna de quem deseja crescer

A maioria das pessoas acredita que disciplina é seguir regras, acordar cedo ou manter a agenda em ordem. Mas a verdadeira disciplina — aquela que molda o caráter e transforma a alma — opera em um nível mais sutil e profundo. Ela não se mostra em performances externas, mas se revela no domínio dos espaços mais íntimos: a boca e a mente. A frase que nos guia hoje é uma chave que abre dois portais distintos: o da convivência e o da solidão. Em ambos, a disciplina atua como sentinela da consciência.
Quando estamos perto de outros, a boca se torna instrumento de criação ou destruição. Uma palavra pode curar ou ferir, unir ou separar, despertar ou entorpecer. Ser cauteloso com o que se diz não é repressão — é responsabilidade. A linguagem é uma extensão do pensamento e um ato de poder. Um líder que fala sem cautela espalha confusão. Um amigo que fala sem discernimento pode trair. Um mestre que não mede suas palavras cultiva ignorância. Disciplina, nesse sentido, é a arte de saber quando calar, quando falar, e como falar de modo que o verbo edifique em vez de apenas impressionar.
Há também um tipo de silêncio que não é omissão, mas estratégia. Assim como o guerreiro observa antes de atacar, o sábio escuta antes de pronunciar. Ele mede as palavras não por medo da reprovação alheia, mas por reverência ao impacto que cada sílaba pode gerar no mundo. Isso exige uma vigilância constante, um trabalho interno de humildade, paciência e escuta profunda. Falar menos, nesse caso, é muitas vezes um sinal de maturidade espiritual.
Mas há um outro campo onde a disciplina é ainda mais exigente: a solidão. Quando não há ninguém por perto, não há máscaras a manter, nem elogios a conquistar. É nesse silêncio que a mente mostra sua verdadeira face. E aqui, a disciplina se torna mais desafiadora, porque não se trata de controlar o que se diz, mas o que se pensa. Os pensamentos não têm plateia, mas moldam o ser. Uma mente indisciplinada é como um cavalo selvagem: pode levar seu cavaleiro ao abismo sem que ele perceba.
Ser cauteloso com a mente é treinar a atenção para não se deixar levar por pensamentos destrutivos, fantasias vazias ou repetições inúteis. Não se trata de censurar cada ideia que surge, mas de aprender a diferenciar entre o que é fértil e o que é tóxico. Entre o que edifica e o que enfraquece. Entre o que é fruto da verdade interior e o que é ruído do medo ou do ego.
Na prática, isso significa observar-se com honestidade. É perceber quando a mente começa a ruminar mágoas, alimentar invejas ou construir justificativas para a própria estagnação. É escolher, repetidamente, retornar ao centro, ao propósito, à presença. Em vez de se perder em distrações, manter o foco no que realmente importa. Essa é uma forma de ascetismo moderno — não aquele que rejeita o mundo, mas o que refina o mundo interior para agir com mais lucidez no mundo exterior.
A disciplina, nesse nível, não é rigidez, mas liberdade. Liberdade de não ser escravo dos impulsos. Liberdade de não reagir automaticamente. Liberdade de escolher, com clareza, quem se deseja ser — e então alinhar palavras e pensamentos a essa escolha.
Essa prática exige coragem. É mais fácil ser indulgente com a mente e inconsequente com a fala. Mas quem escolhe o caminho da disciplina profunda não está interessado em facilidade — está comprometido com a verdade. E a verdade nunca é confortável no início, mas sempre libertadora no fim.
Portanto, se você deseja crescer, liderar, amar e criar com autenticidade, comece por onde poucos olham: cuide da sua boca diante dos outros e cuide da sua mente quando estiver só. É nesse território oculto que se forja a integridade de um ser humano que pode, de fato, subir com propósito.
Agora te pergunto, sem rodeios:
Em que momentos você trai a sua essência pelo impulso de falar demais?
E que pensamentos você tem alimentado na solidão que sabotam a grandeza que diz buscar?

Disney Brasil promove contação de histórias na Livraria Leitura Terraço

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A Disney Brasil, em parceria com a Livraria Leitura, promove durante o mês de julho uma experiência encantadora para as famílias: sessões especiais de contação de histórias com os clássicos do universo Disney. O evento tem como objetivo estimular o hábito da leitura entre as crianças, promover momentos de conexão entre pais e filhos e reforçar o valor da imaginação e da fantasia no desenvolvimento infantil. As sessões de contação acontecem em apenas seis lojas da Livraria Leitura: Rio Sul (RJ), Campinas (SP), BH Shopping (MG), Del Rey (MG), Terraço (DF) e Salvador (BA).

Na unidade do Terraço, em Brasília, as sessões acontecem sempre às 14h, nos dias 12,19 e 26 de julho. Além de viverem a magia das histórias, os participantes ainda recebem brindes exclusivos, tornando a experiência ainda mais especial e inesquecível.

Além da experiência lúdica, os clientes que adquirirem R$49,90 em livros das linhas Disney, Pixar ou Marvel ganham uma cartela exclusiva de adesivos para levar um pouco da diversão para casa.

Inaugurada em 1967, na Galeria do Ouvidor, em Belo Horizonte, a Livraria Leitura começou sua história vendendo livros novos e usados, sendo uma das pioneiras no conceito de megastore — lojas com mais de 1.000 m² e uma grande variedade de produtos culturais e de entretenimento.

Atualmente, com 125 lojas em 24 estados e mais de 2.600 colaboradores, a marca está consolidada como a maior rede de livrarias do país. Além da experiência nas lojas físicas, a rede também tem uma importante presença no cenário nacional de vendas por e-commerce.

Das sacadas de Diamantina, serenatas invertidas encantam turistas em busca de bem-estar e lazer

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A experiência começa ao avistar pelo horizonte a despedida do sol, que ao mesmo tempo anuncia a chegada da alegria da noite: bem-vindos a Diamantina! A ideia da Vesperata na cidade surgiu com o objetivo de transportar o público às tradicionais serenatas, muito comuns na cidade em décadas passadas, tradição esta vinda da Europa. O cenário é perfeito para famílias que viajam a destinos em busca de bem-estar e lazer.

“Esse é sem dúvidas, um espetáculo de tirar o fôlego, e fica ainda mais interessante que tudo acontece ao ar livre, trazendo a originalidade das serenatas, o contexto do belo, muito bem destacado pelas composições e porque não da nossa arquitetura. Na verdade, a Vesperata é uma serenata invertida, onde ao invés dos músicos ficarem na rua, eles ficam do alto das sacadas de nossos casarões históricos. É realmente algo indescritível”, detalha o prefeito da cidade de Diamantina, Geferson Giordani Burgarelli.

O grupo, formado por dezenas de músicos, sob a regência do maestro que com a singelo comando de suas batutas, orquestram as apresentações com um frenético ritmo musical que propaga pela famosa rua Quintanda, cujo o som é possível ser apreciado das ruas vizinhas. Não há família, comerciante ou turista que resista à animação da banda.

Para o prefeito, o som que propaga pela rua até parece que todo o cenário da tradicional via foi construído intencionalmente para este momento. “Tudo combina harmoniosamente e esse é um dos mais interessantes aspectos que a nossa cultura de Diamantina se orgulha. Talvez pelo fato das sacadas dos casarões serem posicionados em locais altos, dá essa sensação de evento, de algo novo por vir, de encantamento, e os nossos turistas sempre saem extasiados daqui”, pontua.

Para a diretora de Comunicação e Marketing da Cemig, Cristiana Kumaira, a apresentação da Vesperata, em Diamantina, com o patrocínio da Companhia, reforça o compromisso da empresa com a democratização e com a ampliação do acesso às práticas culturais.

“Como a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais, a Cemig abraça o setor em toda a sua diversidade e em suas múltiplas potencialidades. A realização da Vesperata reafirma essa cidade histórica, tão importante para o nosso estado, como um relevante destino turístico, impulsionando o setor e a economia da região. Para nós, da Cemig, é uma grande alegria poder participar desse projeto, patrocinando essa atração e fortalecendo a arte e a sua presença entre os mineiros”, destacou.

As primeiras vesperatas surgiram ainda em meados da década de 1990, quando um grupo de amigos, reunidos em um bar, decidiu levar alguns músicos para a sacada numa serenata ao contrário como uma forma de homenagem aos músicos e a música da cena cultural. Foi quando viram que aquele acontecimento poderia se tornar um evento novo, voltado ao público local e turístico, contudo, com obras musicais empolgantes.

Para apreciar esse momento, o público pode adquirir os ingressos que já estão disponíveis para venda na plataforma Sympla. A Vesperata é um evento muito procurado pelo público, a dica da organização é de que seja fundamental ficar atento ao início para não deixar para adquirir o ingresso para a última hora, a fim de garantir a presença no espetáculo.

Serviço _____________________
Evento: Vesperata de Diamantina
Local: Rua da Quitanda, Diamantina, MG
Ingressos: Disponíveis clicando aqui. (vendas sujeitas a esgotamento rápido devido à alta demanda)
Organização: E&B Produções
Promoção: Prefeitura de Diamantina
Assessoria de Imprensa: Komunic Comunicação Integrada

O palco e os bastidores: a coragem de ser inteiro

Vivemos em um mundo onde a aparência reina soberana, onde os aplausos valem mais que o silêncio interior, e onde o palco da vida é constantemente iluminado pelos olhos alheios. “O palco da sua vida é uma coisa que todo mundo vê, mas os bastidores só você conhece.” Essa frase, aparentemente simples, carrega em si uma tensão existencial que define o dilema de ser humano: a luta entre a imagem e a essência, entre o que mostramos e o que realmente somos.

No palco, você pode ser herói, vítima, vilão ou messias. Você pode vestir máscaras, ensaiar falas, coreografar sorrisos. Mas nos bastidores, ali onde a luz não chega e os olhos não penetram, é onde moram as dúvidas, os medos, as decisões não tomadas, os traumas não resolvidos e as verdades que doem. O palco é onde você é visto; os bastidores, onde você é forjado.

Muitos passam a vida inteira tentando aprimorar sua performance pública, mas negligenciam a desordem dos bastidores. É como tentar manter uma fachada limpa enquanto a casa está em ruínas. Essa dissociação não apenas cansa — ela adoece. Torna-se uma farsa que um dia implode. O esgotamento emocional, os surtos de ansiedade, as crises existenciais — todos são sintomas de um descompasso entre a narrativa pública e o roteiro secreto.

Líderes, empreendedores, professores, pais — todos, em algum nível, enfrentam essa dualidade. A pressão para parecer forte, seguro, confiante… mesmo quando por dentro se sentem partidos, inseguros e em dúvida. Mas há um tipo raro de grandeza que nasce justamente quando se tem coragem de alinhar palco e bastidores. Quando a integridade é mais valiosa que a reputação. Quando a verdade interior vale mais que o aplauso exterior.

Ser líder, no sentido mais profundo, é se recusar a encenar uma peça que não condiz com sua alma. É transformar os bastidores em laboratório de autoconhecimento, cura e alinhamento. É limpar o que está escondido, confrontar os medos mais antigos, perdoar os erros não ditos, curar feridas familiares, e emergir ao palco não como ator, mas como testemunha de sua verdade.

O problema não é ter bastidores — todos temos. O problema é viver negando o que neles acontece. Fugir do espelho, anestesiar-se com distrações, vestir personagens que não representam quem se é. Isso, com o tempo, cobra um preço alto: relacionamentos quebrados, decisões equivocadas, uma sensação crônica de estar perdido, mesmo quando tudo parece “dar certo” por fora.

Quer crescer de verdade? Então cuide dos bastidores como um maestro cuida do silêncio entre as notas. Faça da solidão um templo, não uma prisão. Decida que sua integridade vale mais do que o aplauso, e que a coerência entre o que você diz e o que você vive é seu verdadeiro poder.

Isso exige estratégia. Exige disciplina emocional. Exige conversas difíceis consigo mesmo e com os outros. Exige deixar de viver para agradar — e começar a viver para servir. Porque quando palco e bastidor se tornam uma coisa só, você não precisa mais fingir. Você se torna presença. Você se torna verdade. E a verdade, mesmo que não seja aplaudida, liberta.

Então aqui está o convite: feche as cortinas por um instante. Apague os refletores. Vá aos bastidores da sua própria vida e pergunte: o que aqui está me pedindo coragem? O que precisa ser organizado, limpo, restaurado ou abandonado? Que versão sua está sendo aplaudida, mas não representa mais sua verdade?

Suba ao palco, sim — mas suba inteiro.

Provocação final:

Se os bastidores da sua vida fossem revelados hoje, você se orgulharia do que veria ou sentiria vergonha? O que ainda está em descompasso entre quem você mostra ser e quem você realmente é?

Decisão do STF reconhece que tentativa de aumentar IOF extrapola limites constitucionais

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CACB considera audiência pública como meio adequado para solução da questão, mas destaca que o ônus não pode recair sobre a sociedade

Para a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender, nesta sexta-feira, 4 de julho, os decretos que tratam do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras, demonstra que houve violação dos limites constitucionais.

Na avaliação do vice-presidente jurídico da CACB, Anderson Trautman Cardoso, a decisão do STF “reconhece a impossibilidade de elevação de alíquotas do IOF por Decreto presidencial com finalidade meramente arrecadatória”. Segundo ele, a elevação da alíquota promovida pelo Governo não se enquadra nas hipóteses autorizadas pela Constituição Federal.

O próprio ministro do STF considerou, no texto da medida cautelar, que o governo tem poder para mexer na alíquota do IOF, mas que as mudanças “não podem ter como propósito abastecer os cofres públicos, pois função regulatória e extrafiscal do tributo deve estar bem fundamentada”.

Em maio, o governo publicou um decreto mudando as alíquotas do IOF para ampliar a arrecadação. Depois de discussões, o Congresso derrubou a medida, no dia 25 de junho, quando a maioria dos parlamentares votaram contra o aumento do tributo.

Audiência pública
Para Trautman, a convocação de audiência pública proposta pelo ministro do STF para o dia 15 de julho, na busca de consenso entre executivo legislativo, é oportuna, “mas qualquer que seja decisão, o ônus não deve recair sobre a sociedade, que já suporta excesso de carga tributária. O Governo Federal precisa dar sua contribuição”.

O vice-presidente da CACB ressalta que a insegurança jurídica em relação ao IOF leva a um clima de instabilidade ao setor produtivo. “Esperamos que a audiência pública contribua para uma solução que não onere ainda mais a sociedade”, enfatiza.

Para ele, o mais relevante é que haja um ajuste das contas públicas do executivo federal. “O que o governo precisa fazer é promover o ajuste fiscal, contribuindo, assim, para reduzir a insegurança jurídica que tem sido gerada ao longo dos últimos meses”, argumenta o vice-presidente. “Se não houver equilíbrio fiscal, no final, quem sempre pagará a conta será o empreendedor e a sociedade brasileira”, conclui.

A plataforma Gasto Brasil, da CACB em parceria com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), mostra que as despesas do Governo Federal, Estados, Distrito Federal e Municípios já ultrapassam R$ 2,6 trilhões nos primeiros seis meses do ano, R$ 600 bilhões a mais do que recebeu arrecadou. A iniciativa visa a criação dar transparência à execução orçamentária da União, estados e Municípios e promover o controle social das contas públicas.

Para consultar os dados do painel Gasto Brasil, basta acessar www.gastobrasil.com.br.

Afie sua curiosidade…

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Nascido em Nova Granada, São Paulo, em 4 de junho de 1949, Edson Gabriel Garcia se formou professor e trabalhou na educação por 30 anos. Morou em São José do Rio Preto e depois se mudou para São Paulo, onde vive até hoje. Além de ser professor, ele também foi coordenador e diretor de escolas. 

Apaixonado por livros, Edson publicou diversas obras voltadas ao público infantil — muitas delas recheadas de mistério, enigmas e suspense, feito sob medida para os pequenos leitores.

Os contos que você vai ler a seguir são desse autor. Abra bem os olhos, afie sua curiosidade… e aproveite cada história!

TEXTOS DE SUSPENSE

(…)

Além de contista, Edson Gabriel Garcia também tem um trabalho muito interessante com peças de teatro infantil. O autor sempre teve a preocupação de que as escolas trouxessem para o currículo as artes cênicas, pois os alunos desenvolvem habilidades importantes para a comunicação, como dicção, entonação, ritmo e postura corporal, além de fortalecer as habilidades socioemocionais e a criatividade. Divirta-se com uma peça desse autor:

Chesters em fuga

Parte I

Genaro: um chester curioso e observador.

Clodoaldo: um chester um pouco desatento, mas bem-humorado.

Romildo: um chester inteligente e estrategista.

Bartolomeu: um chester medroso, porém leal aos amigos.

Eusébio: jovem chester com ar alegre e aventureiro.

Cenário: Um frigorífico, de uma cidade interiorana, com algumas árvores de Natal ao fundo, decoradas com luzes coloridas piscando.

CENA I

(Os chesters ciscam tranquilamente pelas baias. Genaro para de ciscar e olha ao redor, percebendo algo.) 

Genaro (desconfiadamente, contando quantos amigos estavam presentes no local) — Galera, vocês notaram que o Eusébio não está mais por aqui?

Clodoaldo (desatento) — Eusébio? Quem é ele mesmo?

Romildo (suspirando com ar de superioridade) — Aquele que sempre cantava desafinado ao amanhecer.

Clodoaldo (ironicamente) — Ah, sim! O que achava que era um galo cantor!

Bartolomeu (de olhos arregalados, demonstrando preocupação) — Agora que você mencionou, Genaro, o Roque também sumiu semana passada!

Genaro (intrigado) — Sempre que essas luzinhas coloridas aparecem, alguém desaparece.

Clodoaldo (olhando as luzes fixamente) — Será que são OVNIs? Vamos ser abduzidos?

Romildo (pensativo e andando depressa de um lado para o outro) — Ou talvez… essas luzes tenham outro significado.

Bartolomeu (já bem assustado) — Tipo o quê?

Genaro — Eu ouvi os humanos falando sobre “Natal” e “ceia”.

Clodoaldo — Ceia? Isso é comida, né?

Romildo (alarmado, gesticulando muito) — E se… NÓS FORMOS A COMIDA?

Bartolomeu (entrando em pânico, gritando) — AI, MINHAS PENAS! VAMOS VIRAR ASSADO!

Genaro — Precisamos encontrar uma saída antes que virem a gente de cabeça para baixo!

Clodoaldo (olhando atentamente em direção a uma pequena porta) — Ei, o que é aquela portinhola ali?

Romildo (aproximando-se da portinhola) — Parece uma passagem secreta.

Bartolomeu (desconfiado) — E se for uma armadilha?

Genaro (determinado) — Pior do que virar prato principal não deve ser. Vamos!

(Os quatro entram pela passagem e encontram um esconderijo subterrâneo, onde outros chesters estão reunidos.)

CENA II

Cenário: esconderijo onde estão todos os chesters que fugiram.

Clodoaldo (surpreso) — Olha só! O Eusébio!

Eusébio (recebendo os amigos com um sorriso aliviado)— Bem-vindos ao Clube dos Fugitivos do Natal!

Romildo — Então, todos vocês escaparam da tal ceia?

Eusébio — Sim! Descobrimos que, quando as luzes aparecem, é hora de se esconder. Então, nós e muitos outros companheiros fugimos! Não vamos mais deixar esse absurdo acontecer!

Bartolomeu (respira de modo aliviado) — Ufa! Estamos salvos!

Genaro (rindo, mas ainda preocupado) — Quem diria que aquelas luzinhas bonitinhas eram sinal de perigo?

Clodoaldo (em tom de brincadeira) — Da próxima vez que eu vir uma luzinha, vou pensar duas vezes antes de achar que é uma festa!

Romildo (sorrindo) — O importante é que agora sabemos como nos proteger.

Eusébio — E, juntos, vamos passar muitos “Natais” em segurança!

PARTE II

CENA III

(Enquanto todas as galinhas riem e comemoram em tom baixo no esconderijo subterrâneo, as luzes de Natal ainda piscam ao fundo. Um som de campainha ecoa ao fundo. A cena escurece brevemente e logo entra um novo cenário

CENA IV

Verônica (ofegante e já desesperada) — Gente, vocês não vão acreditar na informação que acabei de receber!!!

Felipe (calmo, mas interessado) — O que foi agora, Verônica?

Verônica (jogando os papéis sobre a mesa) — A cidade inteira ficou sem chester para o Natal! Todos os chestersfugiram do frigorífico “Galinheiro do Sul”!

Ana (assustada) — O quê? Todos? Isso é sério?

Carlos (desconfiado) — Não pode ser! Como todos os chesters fugiram de uma vez? Eles estavam bem dentro do frigorífico!

Verônica (lendo as informações) — Pois é! Todos os animais sumiram de uma hora para a outra. O frigorífico foi encontrado vazio, com as portas arrombadas. E mais… (olha os papéis) já está confirmado: esse desaparecimento de chesters acontece há alguns natais, mas este ano, sumiram todos. E o Natal está em risco!

Felipe (pensativo, mas já pegando sua caneta) — Esta é uma manchete e tanto: “Cidade sem Chester: a Fuga das Aves do Natal”. Coloquem isso na capa, urgente!

Carlos (com ironia) — E a cidade inteira vai ter que mudar seus planos para o Natal. Sem chester, o que vamos fazer? Comer peru?

Ana (ponderando) — Bem, com as aves fugindo, quem sabe elas não se uniram para algo mais importante que a ceia? Um plano de resistência? Quem diria que elas estavam tão organizadas?!

Felipe (sorrindo) — De qualquer forma, o “Galinheiro do Sul” vai ser o assunto do Natal este ano. Vamos mandar a notícia para a primeira página.

Verônica (com um sorriso travesso) — Ah, e não posso deixar de mencionar que já há rumores de que alguns chesters estão formando uma espécie de “Clube dos Fugitivos”. Olha isso, eles estão se escondendo em algum lugar por aí, preparando um novo plano para o Natal. Pode ser o fim do chester como conhecemos!

Carlos — Então, vai ser o Natal dos chesters, é? Vamos ver como a cidade vai lidar com a falta do prato principal. Aposto que esse será o evento mais comentado do ano!

Felipe (olha para a redação, empolgado com a manchete) — Preparem-se para a edição de hoje, pessoal! Nada de deixar passar batido. O Natal sem chester será nossa primeira página!

Fim.