20.5 C
Brasília
sexta-feira, julho 11, 2025
Início Site Página 3

Fala, para que eu te veja”: como as palavras revelam a alma

Fala, para que eu te veja.” Esta frase atribuída a Sócrates pode parecer simples à primeira vista, mas carrega um poder filosófico e existencial imenso. O filósofo grego, mestre do diálogo e da maiêutica — o método de extrair a verdade por meio de perguntas — acreditava que o que dizemos revela quem realmente somos. As palavras não são apenas som; são reflexo da alma. Quando alguém fala, não apenas expõe ideias, mas se revela por inteiro: seus valores, suas dúvidas, seu caráter.
Pense bem: em qualquer conversa profunda, é como se, pouco a pouco, os véus fossem caindo. Alguém começa a falar, e você enxerga não apenas o que ela pensa, mas o que ela teme, o que ela deseja, onde dói, o que sonha. É por isso que Sócrates não valorizava discursos decorados nem respostas prontas. Ele buscava o que está por trás: a consciência crítica, a autenticidade, a capacidade de pensar por si mesmo. Como ele dizia na obra “Apologia de Sócrates”, escrita por Platão: “Uma vida não examinada não vale a pena ser vivida.” Falar, para ele, era examinar-se — e deixar-se examinar pelo outro.

Na prática, isso é revolucionário. Em tempos de redes sociais e discursos vazios, onde muitos falam sem dizer nada, a frase de Sócrates soa como um chamado urgente à verdade interior. Quer conhecer alguém? Ouça com atenção o que ela diz — e o que ela evita dizer. Quer se conhecer melhor? Escute suas próprias palavras. Muitas vezes, ao verbalizarmos algo, percebemos contradições que antes estavam escondidas. Quantas vezes, ao explicar um sentimento, descobrimos que ele era mais complexo do que imaginávamos? Isso é autoconhecimento em movimento.

O sociólogo Pierre Bourdieu, em sua obra “O Poder Simbólico”, aborda como a linguagem molda as relações sociais e o próprio ser. Segundo ele, a fala carrega status, intenção, contexto — e mais do que isso, ela constrói realidades. Falar não é neutro: é um ato de posicionamento no mundo. Assim como Sócrates, Bourdieu entende que o discurso é uma janela para o ser.

Outro exemplo vem do filósofo Martin Buber, com sua filosofia do “Eu e Tu”. Para ele, o encontro verdadeiro entre duas pessoas só acontece quando há uma relação de presença e autenticidade — e isso se revela especialmente na linguagem. “Na fala verdadeira, algo acontece entre Eu e Tu”, dizia ele em seu livro homônimo. Quando falamos com verdade, nos colocamos inteiros ali. É nesse momento que nos tornamos visíveis aos olhos do outro.

Por isso, não é exagero dizer que a fala é um espelho da alma. Ela desnuda. Ela aproxima. Ela denuncia. E também cura. Falar com verdade, escutar com atenção e dialogar com profundidade são atos espirituais e morais. Revelam virtudes como coragem, humildade, empatia e discernimento.

Então, da próxima vez que alguém disser algo, ouça além das palavras. E quando for você a falar, pergunte-se: o que minhas palavras dizem sobre mim? Como estou me revelando ao mundo? Afinal, como Sócrates sabia, é pela fala que o invisível se torna visível.

O Mistério do TOC TOC

0

Por: Edson Gabriel Garcia

No alto da colina mais silenciosa do bairro, havia uma casa de janelas compridas e paredes amareladas e com rachaduras feitas pelo tempo. O telhado era antigo e, no quintal, havia um balanço de madeira que se movia sozinho quando o dia começava a escurecer. À noite, a rua ficava deserta e envolta numa névoa fina, como se um cobertor escondesse os passos de quem por ali ousasse passar. Era nessa casa que morava Luna, uma menina curiosa e corajosa — mas que, ultimamente, vinha sendo perturbada por um estranho som durante a madrugada…

Luna havia se mudado há pouco tempo. Sua nova casa, apesar de antiga, era muito aconchegante. 

Tudo corria bem. Até que as madrugadas passaram a ser motivo de preocupação para a menina.

Toda noite, mais precisamente às três horas da manhã, Luna acordava com o mesmo som estranho: toc… toc… toc

Era como se alguém estivesse batendo ora de leve, ora devagar, ora mais rápido na janela do seu quarto. E, como se não bastasse, a cortina balançava, mesmo quando não havia vento.

Luna puxava as cobertas até os olhos e ficava ali, imóvel, com o coração acelerado. Seus pais diziam que era só o vento ou algum galho batendo no vidro. Mas ela sabia que não. Era sempre no mesmo horário. O mesmo som… O mesmo movimento da cortina…

Na oitava noite, a menina, já transtornada, não aguentou mais.

— Chega! — sussurrou para si mesma, sentando na cama com os punhos cerrados.

Com passos cuidadosos, ela se aproximou da janela. O som continuava: toc… toc… toc

A cortina parecia dançar uma valsa invisível, lenta e silenciosa.

Luna engoliu seco, esticou a mão e… abriu a cortina de uma vez só!

Por um instante, tudo ficou quieto. O barulho parou.

E foi então que ela viu.

Não era um monstro. Não era um ladrão. Não era uma criatura das sombras.

Na verdade, era um passarinho. E foi aí que ela entendeu que o pequeno sabiá-laranjeira todas as madrugadas voava até sua janela e batia o bico no vidro, tentando alcançar uma fruteira que ficava na estante do quarto — decorada com frutas artificiais que pareciam tão reais e suculentas que até enganavam os olhos… e os bicos.

A fruteira era iluminada por uma luz fraca e amarelada de um abajur que Luna deixava ligado durante a noite, com medo do escuro. Mal sabia ela que, além de espantar monstros imaginários, aquela luz servia de farol para o visitante de penas alaranjadas.

A cortina se mexia porque, de vez em quando, o passarinho na tentativa de entrar pela frestinha da janela, batia mais rapidamente as asas e fazia com que o tecido se movimentasse levemente.

Luna riu, aliviada. E, pela manhã, colocou algumas frutas de verdade do lado de fora da janela.

Na madrugada seguinte, o toc… toc… tocnão aconteceu. Mas o sabiá voltou. Só que dessa vez, cantou baixinho, como quem agradece.

Prepare-se para entrar em histórias cheias de suspense, onde o inesperado espreita a cada página!

0

Nascido em Nova Granada, São Paulo, em 4 de junho de 1949, Edson Gabriel Garcia se formou professor e trabalhou na educação por 30 anos. Morou em São José do Rio Preto e depois se mudou para São Paulo, onde vive até hoje. Além de ser professor, ele também foi coordenador e diretor de escolas. 

Apaixonado por livros, Edson publicou diversas obras voltadas ao público infantil — muitas delas recheadas de mistério, enigmas e suspense, feito sob medida para os pequenos leitores.

Os contos que você vai ler a seguir são desse autor. Abra bem os olhos, afie sua curiosidade… e aproveite cada história!

A Criatura Medonha

Toda manhã, um grito ensurdecedor rasgava o silêncio do amanhecer, acordando os meninos. O som agudo e esganiçado parecia não ter fim e deixava Sérgio, Renato e Lucas com os nervos à flor da pele, logo de manhã. A Criatura Medonha, como a chamavam, os torturava diariamente, mal começava o dia. Começar o dia, depois do anúncio pesado da Criatura, como se ela estivesse a dizer “estou aqui, não se esqueçam de mim!”, era insuportável. Dava nos nervos, atormentava a calma, anunciava um desassossego irritante. Vinha sendo assim, há meses. Até que um dia… uma ideia maluca brotou na cabeça do Lucas.

— E se a gente… acabasse com a Criatura Medonha? — Lucas sugeriu, com um brilho nos olhos. A ideia parecia louca, mas era também irresistivelmente atraente.

Os meninos se entreolharam, rindo baixinho, mas sem saber exatamente como colocar o plano em prática.

— Como será que nossos pais reagiriam? Afinal, a Criatura Medonha é coisa deles… — ponderou o Sérgio, o mais velho dos irmãos.

— Coisa deles, mas não são eles que vivem a tortura que vivemos… — lembrou Renato.

— Então… se todos concordam, vamos à luta. — determinou Lucas, o autor da ideia.

— E esse segredo ficará entre nós! Ninguém, nunca, deverá saber que nós demos fim à Criatura Medonha! — propôs Lucas.

— Sim… que fique entre nós, para sempre. — completou Sérgio.

— Onde a gente esconderia os restos mortais da Criatura? — Renato perguntou, preocupado com os detalhes.

— Bem longe, enterrada pra sempre, desaparecida de uma vez por todas! — Sérgio sugeriu, já empolgado e determinado.

Naquela noite, com os pais dormindo, começaram a agir, no maior silêncio. Usando almofadas e cobertores para abafar qualquer barulho, Renato, o mais forte, pegou a Criatura Medonha e a enrolou cuidadosamente. Sérgio abriu a porta dos fundos com cuidado e os meninos saíram para o terreno vazio atrás da casa. O mato espesso parecia conspirar com eles, ocultando seus passos.

— Está tudo calmo? — Lucas perguntou, a voz trêmula.

— Tudo tranquilo — Renato respondeu, ainda que visivelmente desconfortável.

— E vamos acabar de vez com o reinado da Criatura Medonha. Não nos incomodará mais. Enterrada bem profundamente poderá tentar que não conseguirá. — afirmou Sérgio, convencido de que faziam o certo. “Um crime perfeito!” — pensou.

Caminharam pelo terreno da casa, grande e com mato alto nos fundos, e escolheram bem o lugar. O silêncio e o escuro da noite pareciam cúmplices.

— Aqui parece um bom lugar. Bem longe da casa. — comentou o Sérgio.

— O que vamos fazer agora? — Renato perguntou, ansioso, com a Criatura Medonha enrolada e abafada pesando nos seus braços. — Vamos acabar logo com isso!

— Sim. Vamos enterrá-la, definitivamente — Sérgio disse, determinado.

— Então mãos à obra.

Com as ferramentas que pegaram emprestado da caixa do pai, começaram a cavar um buraco.

— Mais fundo ainda.

— Bem fundo…

— Nunca mais a Criatura Medonha vai nos atormentar…

O pânico quase tomou conta deles, quando abriram o cobertor, revelando o brilho metálico da Criatura Medonha. Parecia que ela os desafiava, imponente. Mas… não havia mais como voltar atrás.

— Será que estamos fazendo a coisa certa? — indagou Renato.

— Certíssima! — afirmou Sérgio.

— É… agora nem temos como voltar atrás…

Os três irmãos cavaram um buraco bem fundo, certos de que ali, enterrada, a Criatura Medonha não os incomodaria mais. E o esforço teria valido a pena. A ideia de que nunca mais ouviriam o som irritante da Criatura Medonha os animava, em meio ao sufoco.

— Finalmente! — exclamou o Renato, enquanto socava com os pés a terra que cobriu o cadáver da Criatura.

— É o fim da Criatura Medonha!

Na manhã seguinte, a casa parecia estranhamente silenciosa. O cobertor guardado, as ferramentas na caixa, os irmãos dormindo até um pouco mais tarde, sem a ameaça da Criatura. Acordaram com gritos da mãe:

— Cadê minha chaleira?

Os gritos e o lamento dela faziam a felicidade dos meninos. Eles fingiram não saber de nada, enquanto por dentro vibravam de alívio. Até que…

— Calma, Dolores! Eu quis fazer uma surpresa para você, querida! — disse o pai deles, chegando na cozinha com um pacote na mão. — Comprei uma chaleira nova! Essa aqui apita ainda mais alto para não ter perigo de você esquecer o fogo aceso.

— Uma chaleira nova! Uauuuu, que delícia!!!

O silêncio e a alegria dos meninos duraram pouco. A Criatura Medonha tinha renascido — em versão atualizada e, certamente, mais potente.

Passeio misterioso

Renato tinha saído com sua família para comer uma deliciosa pizza em comemoração ao seu aniversário. Chegando ao restaurante, fizeram o pedido e, enquanto aguardavam a pizza chegar, o aniversariante resolveu dar uma voltinha pelo bairro.

— Não vá muito longe, filho! Já, já a pizza chega. —Falou o pai.

— Não irei longe, papai. Ficarei aqui por perto mesmo.

Então, Renato foi andando, andando… até que percebeu que alguém lhe seguia. Pensou que fosse seu pai, mas quando olhou para trás, não viu ninguém.

— Senti alguém me seguindo, que estranho! — Ele pensou em voz alta.

Foi então que resolveu voltar para a pizzaria. 

Ao andar de volta, notou alguém escondido atrás de uma lata de lixo. Como Renato era muito curioso resolveu ver quem era, mas, no momento em que o menino se aproximou, esse alguém misterioso correu e Renato correu também, já arrependido por ter sido tão curioso.

Nessa fuga, quando Renato deu por si, viu-se em um lugar totalmente estranho.

— Onde estou? — Ele se perguntou.

A criatura que seguia Renato havia sumido… E o menino correu tanto que acabou se perdendo. 

E agora? Como iria voltar para o restaurante? Onde Renato tinha ido parar?

Ele continuou andando e, em pouco tempo, viu casas enormes, morcegos por toda a parte e a escuridão o impedia de ver onde estava pisando… 

Renato não era de sentir medo, mas naquele momento começava a ter!

De repente, Renato sentiu alguém puxando sua mão, era o ser sinistro que havia seguido. Ele estava com uma capa preta e o rosto todo coberto.

— Para onde você está me levando? Largue-me! Largue-me! — gritou o menino!

O sujeito não se importou com os gritos de Renato e continuou puxando-o até chegarem a um estranho castelo.

— O que você quer de mim? — O garoto perguntou com a voz trêmula.

Mas o ser misterioso nada respondeu, abriu a porta do castelo e empurrou Renato para dentro. 

Nesse momento, o menino não conseguia ver nada, estava tudo escuro demais. Ele queria gritar, mas não tinha forças, estava com muito, mas muito medo mesmo.

Quando, subitamente, a luz se acende e Renato escuta os gritos:

— SURPRESA!!!

Estavam todos lá: seus pais, amigos, familiares… Era uma surpresa de aniversário! E o castelo assombrado era na verdade uma casa de festas toda decorada para uma festa de suspense!

Renato não acreditava no que via… Era tudo armação da sua família.

E o ser amedrontador era seu pai, que chegou perto dele, tirou a capa preta e falou:

— E então, filho, gostou da surpresa? Você havia nos falado há algum tempo que adorava suspense e queria muito ter uma festa misteriosa.

Renato ainda estava meio confuso com tudo aquilo e disse:

— Falei, foi?

— Falou sim! — A mãe respondeu.

— Tudo bem… Mas nunca mais quero saber de uma festa assim, combinado? Jamais senti tanto medo em toda minha vida!

Em seguida, os convidados riram muito e começaram a cantar os parabéns para o aniversariante, que ainda estava atordoado, mas muito feliz!

No fim, Renato pensou: “Ainda bem que era tudo armação da minha família, mas com isso aprendi uma grande lição: NUNCA MAIS DEIXAREI QUE MINHA CURIOSIDADE ME COLOQUE EM RISCO! Não se sabe o que pode acontecer!”

Missão Coragem

​Na escola, a turma de Caio era famosa por suas brincadeiras e pela regra de que só entrava no grupo quem passasse pelo “Teste de Coragem”. Quando Gabriel, o menino novo, pediu para fazer parte, Caio foi logo lançando o desafio:

​— Sabe aquela casa velha da esquina da escola? A gente vai se encontrar à noite e você vai ter que abrir o portão enferrujado, entrar no quintal e colher uma manga. Só cuidado com o cachorro! O dono tem um bicho muito bravo que corre atrás de quem invade o terreno.

​No horário marcado, lá estava a turma e demorou para que Gabriel chegasse. A turma se entreolhou como se um único pensamento pairasse no ar: “Será que ele vai ter coragem de entrar?”.

​O menino olhou para a casa. Era um casarão de madeira escura, grande e sombrio. No jardim, não havia flores nem grama, somente uma árvore enorme, de tronco retorcido que mais parecia um monstro de mil braços.

​Havia uma tênue luz amarelada saindo das frestas de uma das janelas.

Gabriel até pensou em desistir. Mas aí ficaria sem entrar para a turma e ainda correndo o risco de o chamarem de Gabriel, o medroso. Por isso, decidiu prosseguir. Não tinha outra saída: era entrar ou… entrar.

​Mesmo com o coração batendo forte, Gabriel decidiu encarar. Tremendo, mas juntando os cacos de coragem, começou a dar os primeiros passos. Ainda olhou para trás para se certificar de que todos estavam atentos. Não estaria naquela situação se não fosse o fato de querer tanto fazer parte daquela turma.

​Do lado de fora, já dava para ver a mangueira, que parecia uma sentinela sombria. Seus galhos retorcidos, cobertos de folhas densas, formavam sombras que dançavam no chão, dando a impressão de mãos prontas para agarrar o desavisado. Um silêncio estranho pairava ao redor, interrompido apenas pelo ocasional som surdo de uma manga que caía, como um presságio, ecoando no vazio.

​Apesar desse clima sinistro, Gabriel empurrou o portão, que rangeu mais alto do que mola de cama velha. O menino deu um passo tímido para dentro e… ouviu um latido tão alto e furioso que fez suas pernas tremerem tanto que pareciam pesar uma tonelada. Mas, mesmo assim, elas o obedeceram quando resolveu dar meia-volta e sair em disparada como se sua vida dependesse disso.

​Chegou ofegante onde os meninos esperavam por ele.

​No mesmo instante, a turma caiu na gargalhada, e Caio, ainda rindo, falou:

​— Relaxa, cara, o teste era só uma brincadeira!

​Antes que Gabriel pudesse responder, Caio abriu o portão e apresentou o “temido” cachorro: um shih-tzu pequenininho, com o rabinho balançando e uma carinha de quem só sabia fazer barulho.

​— Esse aqui é o Thor! Ele late muito, mas não morde ninguém — disse Caio, com um sorriso travesso.

​A risada foi geral, e Caio colocou a mão no ombro de Gabriel:

​— Você acha mesmo que a gente colocaria um colega em risco? Bem-vindo à turma! Aqui só entra quem tem o bom senso de saber quando não vale a pena se arriscar. 

​Gabriel riu junto com todos, aliviado e feliz por ter entrado para aquele grupo divertido e cheio de surpresas.

Inauguração da nova sede nacional do Progressistas reúne lideranças e marca novas filiações

A diretoria do Movimento Justiça e Cidadania do Partido Progressistas do Distrito Federal participou, nesta quarta-feira, da inauguração da nova sede do Diretório Nacional do Progressistas, localizada em Brasília. A cerimônia contou com a presença do presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira, além de diversas lideranças políticas de todo o país.

O movimento, esteve representado por sua diretoria: o presidente Adjânyo Costa, o vice-presidente Raone Lima, a secretária-geral Valéria Medeiros e o secretário-adjunto Henri Pinheiro, reforçando seu compromisso com a cidadania, a justiça social e a atuação política responsável.

O evento também foi marcado pela filiação de dois importantes parlamentares ao Progressistas: o deputado federal Coronel Armando, de Santa Catarina, e o deputado federal Robinson Faria, do Rio Grande do Norte.

A União Progressista — federação formada pelo Progressistas (PP) e pelo União Brasil — consolidou-se como a maior bancada da Câmara dos Deputados, reafirmando seu protagonismo no Congresso Nacional e seu compromisso com a construção de um país mais eficiente, moderno e democrático.

O sol atrai, mas o poder se esconde nas sombras

Essa frase, carregada de poesia sombria, toca um ponto sensível da dinâmica do poder: sua verdadeira natureza raramente brilha sob os holofotes. Os “amadores”, aqui, são os encantados pela visibilidade, pelo reconhecimento público, pela ideia romântica de liderança. Procuram o sol porque acreditam que é ali que reside a força — na glória, na aclamação, na luz da popularidade. Mas o que acontece quando se aproximam demais dessa claridade? São devorados. O poder, como bem sabiam Maquiavel e Foucault, não é essa chama brilhante que seduz os ingênuos, mas sim uma rede intricada de relações, controle e estratégia que opera nas entrelinhas da sociedade.
Maquiavel já alertava, em O Príncipe, que governar exige mais astúcia do que virtude pública. O governante eficaz deve saber manipular as aparências, mas nunca confiar nelas como fonte de poder duradouro. O brilho público pode até ser necessário, mas é enganoso e perigoso para quem acredita que ali está o verdadeiro controle. O poder não se afirma na exposição, mas na capacidade de operar a partir das sombras — onde se articulam as alianças, onde se neutralizam inimigos, onde se moldam as regras do jogo sem que os jogadores percebam.
Foucault, por sua vez, desconstrói a ideia de poder como algo que se possui e exibe. Para ele, o poder é difuso, capilar, está em toda parte — mas sua eficácia está justamente em não se deixar ver. Quanto mais invisível, mais forte. Os que se expõem demais tornam-se vulneráveis, alvos fáceis de críticas, escândalos e disputas.
Na política prática, isso é evidente. Figuras que controlam estruturas inteiras, como chefes de bastidores, presidentes de partidos, conselheiros e operadores do sistema, muitas vezes são desconhecidas do público, mas têm um peso decisivo nas engrenagens do poder. Enquanto isso, os que se projetam demais frequentemente enfrentam quedas espetaculares, como Ícaro diante do sol.
Portanto, entender o poder é entender o valor do silêncio, da invisibilidade e da estratégia. A política, para os que a dominam, é antes um jogo de sombras do que um espetáculo de luzes.

Mércia Crema: Uma Jornada de Paixão e Persistência no Turismo e Hotelaria

Por Natasha Dal Molin 

Em um mundo repleto de desafios e oportunidades, Mércia Crema se destacou ao longo dos anos como uma figura notável na indústria do turismo e da hotelaria. Empresária pioneira de Brasília, ela está à frente da MS Turismo, que foi durante muitas décadas foi e ainda é referência em Turismo Internacional. Idealizadora da Pousada dos Pireneus, sua história é uma saga de paixão, determinação e resiliência, que transformou a pousada em um renomado destino que mudou as configurações e referências em Pirenópolis.

 

Mércia é personalidade de Brasília, e a cara da nossa cidade. Entusiasta de Brasília, e ao mesmo tempo uma viajante nata, que conhece todos os cantos do globo e que não perde a oportunidade de conhecer novos lugares e culturas. Sua empresa, a MS Turismo, já chegou a levar 3 aviões lotados com adolescentes de Brasília ao mesmo tempo para a Disney, e continua sendo referência quando o assunto é viagens teens para os parques temáticos no exterior. 

Com Centro de Convenções, restaurantes temáticos, SPA, piscinas e chalés e bangalôs de primeira linha, a Pousada dos Pireneus foi um marco no desenvolvimento da cidade, abrigando mão de obra local e gerando distribuição de riqueza, além de um enorme movimento turístico para a cidade, que recebe visitantes de Brasília, Goiás e de cidades do Brasil inteiro. Os moradores locais e comerciantes mais antigos costumam dividir a história da cidade em “Antes e Depois da Mércia”, tamanha a representatividade do negócio criado por ela na região. 

A Pousada dos Pireneus oferece experiências únicas, como atividades na horta, interação com animais e espaços temáticos para as crianças. Nos finais de semana e feriados, a pousada é um refúgio para famílias em busca de momentos especiais. Com três espaços de convenções, a pousada também atende a eventos e celebrações, adaptando-se às demandas de seus clientes.

O Início da Jornada Durante a Pandemia

Como muitos, Mércia também enfrentou tempos difíceis durante a pandemia. Sempre atenta em oferecer experiências de qualidade para famílias e crianças, o impacto no setor foi profundo. Os negócios de turismo praticamente cessaram, enquanto a parte do hotel surpreendentemente resistiu. Fundado há mais de três décadas, o local passou por diversas fases e reformas, demonstrando resiliência em meio às adversidades, e ficando ainda mais completo e incrível. 

Superando Obstáculos 

Durante o período de lockdown, apesar das dificuldades e incertezas, Mércia viu a oportunidade de aprimorar a Pousada dos Pireneus. Aproveitou o tempo para realizar reformas substanciais, modernizando os quartos e revitalizando as áreas comuns. Quando as restrições foram aliviadas, o hotel estava pronto para receber os hóspedes em uma nova e melhorada configuração. Ao adotar medidas de segurança, atraiu um público em busca de escapadas familiares durante a incerteza da pandemia.

Enfrentando Desafios com Determinação

A jornada de Mércia não foi isenta de desafios. Desde os primórdios de sua carreira, quando fundou A MS Turismo, ela teve que superar obstáculos financeiros, oscilações cambiais e turbulências políticas. A queda da empresa Varig, que costumava ser uma aliada, impactou significativamente seus negócios. 

Além disso, a popularização das passagens aéreas e a compra realizada pelo consumidor diretamente, pelos sites, gerou mudanças significativas para as agências de viagem. 

No entanto, sua determinação, criatividade e habilidade de se adaptar a mudanças a mantiveram avançando. A MS continua sendo referência e é a empresa preferida na memória dos brasilienses quando se fala em viagens de adolescentes à Disney, levando com segurança, comprometimento e seriedade os maiores tesouros das famílias brasilienses. 

Um Enfoque nas Experiências Familiares

Casada com o psicólogo Roberto Crema, eles acumulam décadas de união e companheirismo. Chegaram a morar em Paris, na França, por 3 anos.

E sua paixão por empreender sempre teve o apoio do marido e da família, e isso se reflete nos negócios: o coração dos seus negócios é centrado nas famílias e nas crianças.

 

O Amor por Brasília

Mércia desenvolveu um amor profundo por Brasília ao longo dos anos. A cidade, com sua arquitetura única e amizades acolhedoras, a conquistou desde o momento em que se mudou para cá.

Sua paixão pela cidade a levou a investir não apenas no turismo, mas também nos jardins, que desempenham um papel essencial em sua pousada e em sua vida pessoal.

Futuro Brilhante e Resiliente

Mércia Crema não só superou desafios, mas também os transformou em oportunidades. Seu comprometimento com a excelência, o amor pelo que faz e sua busca incessante por oferecer experiências memoráveis a tornaram uma figura proeminente na indústria do turismo e hotelaria.

À medida que o mundo se recupera da pandemia, Mércia olha para o futuro com determinação, pronta para continuar a moldar seu legado como uma visionária do empreendedorismo de Brasília.