Essa frase, carregada de poesia sombria, toca um ponto sensível da dinâmica do poder: sua verdadeira natureza raramente brilha sob os holofotes. Os “amadores”, aqui, são os encantados pela visibilidade, pelo reconhecimento público, pela ideia romântica de liderança. Procuram o sol porque acreditam que é ali que reside a força — na glória, na aclamação, na luz da popularidade. Mas o que acontece quando se aproximam demais dessa claridade? São devorados. O poder, como bem sabiam Maquiavel e Foucault, não é essa chama brilhante que seduz os ingênuos, mas sim uma rede intricada de relações, controle e estratégia que opera nas entrelinhas da sociedade.
Maquiavel já alertava, em O Príncipe, que governar exige mais astúcia do que virtude pública. O governante eficaz deve saber manipular as aparências, mas nunca confiar nelas como fonte de poder duradouro. O brilho público pode até ser necessário, mas é enganoso e perigoso para quem acredita que ali está o verdadeiro controle. O poder não se afirma na exposição, mas na capacidade de operar a partir das sombras — onde se articulam as alianças, onde se neutralizam inimigos, onde se moldam as regras do jogo sem que os jogadores percebam.
Foucault, por sua vez, desconstrói a ideia de poder como algo que se possui e exibe. Para ele, o poder é difuso, capilar, está em toda parte — mas sua eficácia está justamente em não se deixar ver. Quanto mais invisível, mais forte. Os que se expõem demais tornam-se vulneráveis, alvos fáceis de críticas, escândalos e disputas.
Na política prática, isso é evidente. Figuras que controlam estruturas inteiras, como chefes de bastidores, presidentes de partidos, conselheiros e operadores do sistema, muitas vezes são desconhecidas do público, mas têm um peso decisivo nas engrenagens do poder. Enquanto isso, os que se projetam demais frequentemente enfrentam quedas espetaculares, como Ícaro diante do sol.
Portanto, entender o poder é entender o valor do silêncio, da invisibilidade e da estratégia. A política, para os que a dominam, é antes um jogo de sombras do que um espetáculo de luzes.
O sol atrai, mas o poder se esconde nas sombras
Mércia Crema: Uma Jornada de Paixão e Persistência no Turismo e Hotelaria
Por Natasha Dal Molin
Em um mundo repleto de desafios e oportunidades, Mércia Crema se destacou ao longo dos anos como uma figura notável na indústria do turismo e da hotelaria. Empresária pioneira de Brasília, ela está à frente da MS Turismo, que foi durante muitas décadas foi e ainda é referência em Turismo Internacional. Idealizadora da Pousada dos Pireneus, sua história é uma saga de paixão, determinação e resiliência, que transformou a pousada em um renomado destino que mudou as configurações e referências em Pirenópolis.




Mércia é personalidade de Brasília, e a cara da nossa cidade. Entusiasta de Brasília, e ao mesmo tempo uma viajante nata, que conhece todos os cantos do globo e que não perde a oportunidade de conhecer novos lugares e culturas. Sua empresa, a MS Turismo, já chegou a levar 3 aviões lotados com adolescentes de Brasília ao mesmo tempo para a Disney, e continua sendo referência quando o assunto é viagens teens para os parques temáticos no exterior.
Com Centro de Convenções, restaurantes temáticos, SPA, piscinas e chalés e bangalôs de primeira linha, a Pousada dos Pireneus foi um marco no desenvolvimento da cidade, abrigando mão de obra local e gerando distribuição de riqueza, além de um enorme movimento turístico para a cidade, que recebe visitantes de Brasília, Goiás e de cidades do Brasil inteiro. Os moradores locais e comerciantes mais antigos costumam dividir a história da cidade em “Antes e Depois da Mércia”, tamanha a representatividade do negócio criado por ela na região.
A Pousada dos Pireneus oferece experiências únicas, como atividades na horta, interação com animais e espaços temáticos para as crianças. Nos finais de semana e feriados, a pousada é um refúgio para famílias em busca de momentos especiais. Com três espaços de convenções, a pousada também atende a eventos e celebrações, adaptando-se às demandas de seus clientes.
O Início da Jornada Durante a Pandemia
Como muitos, Mércia também enfrentou tempos difíceis durante a pandemia. Sempre atenta em oferecer experiências de qualidade para famílias e crianças, o impacto no setor foi profundo. Os negócios de turismo praticamente cessaram, enquanto a parte do hotel surpreendentemente resistiu. Fundado há mais de três décadas, o local passou por diversas fases e reformas, demonstrando resiliência em meio às adversidades, e ficando ainda mais completo e incrível.
Superando Obstáculos
Durante o período de lockdown, apesar das dificuldades e incertezas, Mércia viu a oportunidade de aprimorar a Pousada dos Pireneus. Aproveitou o tempo para realizar reformas substanciais, modernizando os quartos e revitalizando as áreas comuns. Quando as restrições foram aliviadas, o hotel estava pronto para receber os hóspedes em uma nova e melhorada configuração. Ao adotar medidas de segurança, atraiu um público em busca de escapadas familiares durante a incerteza da pandemia.


Enfrentando Desafios com Determinação
A jornada de Mércia não foi isenta de desafios. Desde os primórdios de sua carreira, quando fundou A MS Turismo, ela teve que superar obstáculos financeiros, oscilações cambiais e turbulências políticas. A queda da empresa Varig, que costumava ser uma aliada, impactou significativamente seus negócios.
Além disso, a popularização das passagens aéreas e a compra realizada pelo consumidor diretamente, pelos sites, gerou mudanças significativas para as agências de viagem.
No entanto, sua determinação, criatividade e habilidade de se adaptar a mudanças a mantiveram avançando. A MS continua sendo referência e é a empresa preferida na memória dos brasilienses quando se fala em viagens de adolescentes à Disney, levando com segurança, comprometimento e seriedade os maiores tesouros das famílias brasilienses.
Um Enfoque nas Experiências Familiares
Casada com o psicólogo Roberto Crema, eles acumulam décadas de união e companheirismo. Chegaram a morar em Paris, na França, por 3 anos.
E sua paixão por empreender sempre teve o apoio do marido e da família, e isso se reflete nos negócios: o coração dos seus negócios é centrado nas famílias e nas crianças.









O Amor por Brasília
Mércia desenvolveu um amor profundo por Brasília ao longo dos anos. A cidade, com sua arquitetura única e amizades acolhedoras, a conquistou desde o momento em que se mudou para cá.
Sua paixão pela cidade a levou a investir não apenas no turismo, mas também nos jardins, que desempenham um papel essencial em sua pousada e em sua vida pessoal.
Futuro Brilhante e Resiliente
Mércia Crema não só superou desafios, mas também os transformou em oportunidades. Seu comprometimento com a excelência, o amor pelo que faz e sua busca incessante por oferecer experiências memoráveis a tornaram uma figura proeminente na indústria do turismo e hotelaria.
À medida que o mundo se recupera da pandemia, Mércia olha para o futuro com determinação, pronta para continuar a moldar seu legado como uma visionária do empreendedorismo de Brasília.
Fogo de Chão Brasília renova deck e tem novidades para o Happy Hour
Com uma das vistas mais privilegiadas da capital federal, o Fogo de Chão Brasília se firma como uma das melhores opções para aproveitar o Happy Hour na cidade com estilo, sabor e música de qualidade.
Localizada na ST de Clubes Esportivos Sul, Trecho 2, 2/11, em frente ao Lago Paranoá, a unidade acaba de renovar seu deck, que agora está coberto. O espaço se torna ainda mais atrativo com a programação musical às quartas e sábados, quando o DJ Bola comanda as pick-ups entre 19h às 22h.
Para estes que querem aproveitar este Happy Hour especial, o Fogo de Chão oferece uma seleção de petiscos ideais para compartilhar, como o Espetinho de Alcatra (R$21,00), a Costela no Brioche (R$42,00), o Prime Burguer (R$37,00), a Tábua Mix de Churrasco (R$26,00), o Mix de Polenta (R$21,00) e o Mix de Pastéis (R$21,00). Para acompanhar, o tradicional Chopp Heineken 250ml (R$16,00) e uma carta de drinques autorais que vai do clássico ao inusitado. Entre os destaques, estão a Caipirinha com Cachaça Fogo (R$30,00), o criativo Hunt Box (R$41,00) e o surpreendente Chocolate Tini (R$41,00), além de outras opções que agradam a todos os paladares.



Sobre o Fogo de Chão
O Fogo de Chão é um restaurante de renome internacional que permite que seus clientes descubram uma novidade a cada instante. Fundada no sul do Brasil em 1979, transformou a tradicional arte secular de preparo do churrasco em um descobrimento de experiência gastronômica cultural. As unidades oferecem cardápios diferenciados para todas as horas do dia, incluindo almoço, jantar e eventos para grupos sociais ou corporativos, além do serviço completo de catering e opções para levar e entregar. Atualmente a rede de restaurantes possui mais de 100 lojas em todo o mundo, incluindo países como o Brasil, Estados Unidos, México e Oriente Médio. Mais informações em : fogodechao.com.br e @fogodechao
Pare de lutar com porcos: a arte de escolher suas batalhas com sabedoria
Muitas vezes na vida somos provocados a entrar em discussões, debates ou conflitos que, no fundo, não levam a lugar nenhum. A frase popular “Nunca lute com um porco. Vocês dois vão se sujar, mas o porco vai gostar” encapsula uma verdade poderosa sobre a sabedoria de escolher nossas batalhas. Atribuída ao escritor George Bernard Shaw, dramaturgo e ensaísta irlandês, essa máxima nos lembra que há situações em que, mesmo tendo razão, o simples ato de se envolver é uma derrota.
Shaw não era estranho a essa perspectiva. Em suas obras e discursos, como no prefácio da peça “Man and Superman” (1903), ele frequentemente criticava o comportamento humano irracional e a perda de tempo em disputas fúteis. Quando nos engajamos com quem se alimenta do conflito, mesmo sem intenção, acabamos nos rebaixando ao nível da discussão estéril e emocional — exatamente onde o “porco” se sente confortável e prospera.
Saber recuar não é fraqueza, é uma das maiores demonstrações de inteligência emocional. Daniel Goleman, psicólogo e autor do livro “Inteligência Emocional” (1995), aponta que reconhecer nossos próprios impulsos e resistir à necessidade de “vencer” um argumento é um sinal de maturidade emocional. Não se trata de orgulho ferido ou de covardia, mas da percepção clara de que nem todas as verdades precisam ser ditas, e nem toda provocação merece resposta.
Imagine uma situação simples: alguém no trabalho faz comentários maldosos para provocar você. A resposta automática seria revidar, defender-se, provar que está certo. No entanto, como ensinava Epicteto, filósofo estoico do século I, “não são as coisas que nos perturbam, mas as opiniões que temos sobre elas” (Enchiridion, cap. V). Se internalizarmos essa visão, perceberemos que o ataque não nos atinge a menos que permitamos.
Sociologicamente, Pierre Bourdieu, em seu estudo sobre as lógicas sociais, mostrou que muitas disputas são “jogos simbólicos” onde vencer não é uma questão de mérito, mas de adaptação às regras invisíveis do campo de batalha. Em outras palavras, quem entra na arena sem entender as regras do “jogo” (muitas vezes sujas) já está em desvantagem.
Recusar-se a lutar com porcos é, portanto, um gesto de sabedoria e de autopreservação. É colocar sua energia em lugares mais nobres, onde seu esforço é reconhecido e frutifica. Como dizia Sêneca, em suas Cartas a Lucílio (Carta LXXI), “a parte maior da vida passa-se a fazer o que não queremos, a dizer o que não sentimos e a ser o que não somos”. Escolher suas batalhas é, também, escolher ser verdadeiro consigo mesmo.
Na próxima vez que sentir a tentação de entrar em um conflito baixo e desgastante, lembre-se: há batalhas que não merecem nem a sua atenção, nem o seu tempo. Preserve-se, eleve-se e siga seu caminho com a dignidade de quem sabe que, às vezes, o maior ato de força é simplesmente não lutar.
“A paz interior vale mais que qualquer razão provada. Quando você se recusa a lutar com quem só quer o caos, você não está desistindo — está vencendo de um jeito que o outro nunca entenderá.”
GutembergFialho lança o livro Saúde, Brasília!
No dia 6 de junho, o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, Gutemberg Fialho, lançou seu segundo livro, Saúde, Brasília!. A obra é uma coletânea de 100 artigos escritos entre 2007 e 2025. A noite de autógrafos, realizada no foyer do auditório da Associação Médica de Brasília, contou com a presença de mais de 150 pessoas, entre colegas médicos, profissionais da saúde e admiradores de seu trabalho.
A obra reúne textos selecionados dentre mais de 500 escritos ao longo de quase duas décadas, trazendo reflexões sobre a saúde pública, a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), a garantia do direito constitucional à assistência médica universal e a transversalidade do tema saúde no conjunto das relações entre as pessoas, o ambiente em que vivem e a qualidade da prestação se serviços públicos à população ofertada pelo Estado.
Em seus artigos, Fialho vai além da visão técnica, discutindo a saúde como um fenômeno social e político. “Saúde é fenômeno que transpira humanidade em sua forma mais crua – é essencialmente humano, mas também coletivo. Portanto, é político por necessidade”, afirma o autor.
Esta não é a primeira incursão literária de Fialho. Seu livro anterior, Dr. Pinheiro, o médico de Brasília, prestou homenagem em vida ao cirurgião Francisco Pinheiro Rocha, um dos pioneiros na estruturação da saúde pública no Distrito Federal nos anos 1960. Agora, em Saúde, Brasília!, ele amplia o debate, criticando aos desvios da política de saúde e defendendo um sistema mais justo e acessível.
O prefácio foi escrito pelo renomado cirurgião pediátrico e deputado federal Zacarias Calil Hamú, que elogia a abordagem crítica de Fialho: “Ao escrever estes textos, Gutemberg também realiza um tipo de cirurgia: incisa a realidade com o bisturi da palavra e sutura, com firmeza e afeto, as brechas que ainda nos permitem acreditar numa saúde pública melhor.”
Fialho reforça que a luta por um sistema de saúde digno é também uma luta por direitos sociais, destacando a importância da mobilização coletiva. Com linguagem acessível e argumentos firmes, Saúde, Brasília! se apresenta como uma contribuição relevante para o debate sobre saúde no Distrito Federal e no Brasil.









Vaidade: o primeiro passo para a queda
Poucas coisas são tão sedutoras quanto a vaidade. Ela começa pequena: um elogio recebido, um olhar admirado, um sucesso alcançado. Mas rapidamente se transforma em um espelho distorcido, onde só enxergamos a nossa própria imagem. A vaidade é a raiz silenciosa da corrupção, porque alimenta o ego ao ponto de justificar qualquer desvio moral para manter a aparência de grandeza. É por isso que, como advertia Santo Agostinho, “é mais fácil combater a luxúria do que a vaidade, pois esta se disfarça de virtude” (Confissões, Livro X).
A vaidade se infiltra no coração humano quando o valor pessoal passa a depender da aprovação externa. Quando isso acontece, o indivíduo deixa de agir por convicção e começa a viver de aparências. Esse comportamento, embora socialmente aceitável, é perigoso, pois abre espaço para pequenas transgressões: mentiras para parecer mais competente, exageros para manter o status, omissões para não parecer fraco. Aos poucos, o indivíduo vai corrompendo a própria integridade para sustentar uma imagem ilusória.
O filósofo francês Jean-Jacques Rousseau dizia que “o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”. Uma leitura interessante dessa frase aparece quando pensamos na vaidade como produto do olhar do outro. Quando o valor de alguém depende da comparação social, da competição por reconhecimento e do medo de parecer pequeno, a vaidade se torna um combustível para atitudes desonestas. Políticos mentem, empresários fraudam, artistas vendem sua autenticidade – tudo para manter a fama, o poder, o prestígio.
Nietzsche, em “Além do Bem e do Mal”, fala sobre como muitas vezes confundimos o orgulho do espírito com uma virtude, quando na verdade é só vaidade intelectual. Essa vaidade “filosófica” leva o indivíduo a rejeitar qualquer ideia que não confirme sua superioridade, tornando-o incapaz de aprender e crescer. É a vaidade travestida de razão – e isso também é corrupção: uma corrupção do saber.
Na vida cotidiana, vemos isso nas redes sociais, onde a vaidade reina absoluta. Likes, curtidas, comentários – são moedas de vaidade que alimentam uma falsa sensação de valor. Jovens (e adultos) perdem tempo, saúde e até a paz tentando parecer bem-sucedidos, bonitos e felizes. Mas esse jogo é cruel. Quando o “eu real” não acompanha o “eu virtual”, instala-se uma crise silenciosa que pode levar à depressão, à ansiedade e à frustração. O filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, em “A Sociedade do Cansaço”, destaca como essa autoexposição constante é uma forma moderna de dominação: o sujeito acredita estar livre, mas está escravo da sua própria imagem.
É preciso, então, um ato de coragem para romper com a vaidade. Significa aceitar-se como é, reconhecer limites, fracassos e vulnerabilidades. É aí que começa a verdadeira liberdade. A sabedoria reside na humildade, pois como disse Sócrates, “só sei que nada sei” (Platão, Apologia de Sócrates). Quem reconhece sua ignorância está menos vulnerável à corrupção da vaidade, porque sua segurança não vem da imagem que projeta, mas da essência que cultiva.
Vaidade não é só um defeito moral: é o portal da queda. Toda corrupção começa com o desejo de parecer mais do que se é. Resistir a ela é o primeiro passo para viver com integridade.