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sexta-feira, dezembro 13, 2024
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Por que sentimos culpa por não estarmos sempre ocupados?

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Na sociedade moderna, a ocupação constante transformou-se em um símbolo de status. Declarar uma agenda lotada muitas vezes é motivo de orgulho, como se fosse sinônimo de sucesso ou produtividade. Porém, quando nos deparamos com momentos de ócio — aqueles tão desejados períodos de descanso, relaxamento ou dedicação a atividades prazerosas — muitos de nós acabam sendo tomados por sentimentos de culpa ou inquietação.

Por que isso acontece? Por que esperamos tanto por uma pausa nas obrigações e, quando finalmente a conquistamos, sentimos que estamos “desperdiçando tempo” ou sendo improdutivos? Esse paradoxo reflete a maneira como fomos condicionados a associar nosso valor pessoal ao que fazemos, e não ao simples fato de sermos.

O peso da cultura da produtividade

Em nossa sociedade contemporânea, a produtividade é vista como uma virtude quase absoluta, e o trabalho passou a ser um pilar central da nossa identidade. Frases populares como “tempo é dinheiro” ou “mente vazia é oficina do diabo” reforçam a ideia de que a inatividade, o descanso e até mesmo o ócio são desperdícios de tempo. Desde a infância, somos ensinados a associar nosso valor ao que produzimos ou conquistamos, em vez de reconhecermos a importância de simplesmente sermos. Essa conexão entre o valor pessoal e a produtividade resulta em uma pressão constante para estarmos sempre ocupados, sempre “fazendo algo”, o que gera, por consequência, uma sensação de culpa e inutilidade nos momentos em que não estamos ativamente envolvidos em tarefas.

Esse fenômeno é intensificado pela presença constante das redes sociais, que amplificam a “cultura da performance”. Através de postagens que destacam conquistas, viagens, estudos e projetos, somos constantemente lembrados de que outras pessoas parecem estar avançando em suas vidas e alcançando metas extraordinárias. Essa constante comparação cria a falsa impressão de que estamos “ficando para trás” quando nos permitimos um momento de descanso ou lazer. Ao nos conectarmos com as narrativas de sucesso dos outros, esquecemos que a vida real é feita também de pausas, de momentos de introspecção e de desconexão – partes essenciais do nosso bem-estar.

Essa mentalidade de “estar sempre ocupado” não apenas nos impede de aproveitarmos o ócio de maneira saudável, mas também pode afetar nossa saúde mental e emocional, tornando-nos escravizados por um ciclo de busca constante por produtividade. A verdade é que o descanso não deve ser visto como um luxo ou uma perda de tempo, mas como uma necessidade para recarregar nossas energias, refletir sobre nossas experiências e reconectar-nos com nós mesmos.

A ansiedade de enfrentar a si mesmo

O ócio também nos coloca frente a frente com nós mesmos, sem distrações. Para algumas pessoas, isso significa lidar com pensamentos e emoções que estavam abafados pela correria do dia a dia. Ansiedade, inseguranças ou dúvidas sobre o propósito de vida podem emergir, tornando o momento de pausa desconfortável.

A sobrecarga de estímulos

Outro fator que dificulta o ócio é a superexposição a estímulos digitais. Estamos acostumados a verificar o celular a cada poucos minutos, com notificações e feeds que preenchem qualquer vazio. Quando há uma pausa verdadeira – sem tecnologia ou distrações – a sensação de tédio pode parecer insuportável.

Raízes históricas e pessoais

Além de fatores culturais, experiências de vida também moldam nossa relação com o descanso. Em famílias onde o trabalho foi essencial para a sobrevivência, o ócio pode ser associado à irresponsabilidade. Em outros casos, pais ou cuidadores que sempre priorizaram a produtividade podem transmitir a mensagem de que estar ocupado é sinônimo de valor.

Por que precisamos do ócio?

Apesar de ser visto como algo negativo, o ócio é essencial para a saúde mental e física. Ele permite que o cérebro processe informações, estimula a criatividade e melhora a capacidade de resolver problemas. Momentos de pausa também são fundamentais para reduzir o estresse e prevenir o esgotamento.

Como aprender a lidar com o ócio?

1. Mude a mentalidade: Reflita sobre as crenças que você tem em relação ao descanso. Enxergue o ócio como algo produtivo – um momento de autocuidado e recuperação.
2. Desacelere aos poucos: Comece com pausas curtas no dia, como caminhar sem propósito ou ouvir música. Gradualmente, incorpore períodos mais longos de descanso consciente.
3. Desconecte-se: Evite recorrer automaticamente ao celular durante momentos de pausa. Experimente o silêncio e permita que sua mente vagueie.
4. Reforce os benefícios: Note como você se sente após um momento de pausa. Essa autoconsciência pode ajudá-lo a valorizar o ócio.
5. Conheça a si mesmo: Ao aprender a se conectar com seus próprios pensamentos e emoções, você desenvolve uma maior aceitação e conforto com a sua própria companhia. Nesse processo, estar parado deixa de ser desconfortável. Ao contrário, torna-se uma oportunidade valiosa para desfrutar de momentos prazerosos, sem a pressão de estar constantemente produtivo. Esse tempo de pausa pode se transformar em um espaço de autodescoberta, relaxamento e vivência do presente, sem a necessidade de justificativas ou metas a serem cumpridas.

Lidar com o ócio é um desafio em uma sociedade que glorifica a produtividade, mas é um passo essencial para uma vida mais equilibrada e significativa. Talvez seja hora de ressignificar o descanso – não como “tempo perdido”, mas como um espaço para se reconectar consigo mesmo e encontrar prazer na simplicidade de apenas ser.

Gislene Lima
CRP: 01/27572
Psicóloga clínica e sócia da Ativamente Psicologia Aplicada, trabalha com ênfase em autoconhecimento, autoestima, relacionamentos e saúde mental. Com uma abordagem empática e personalizada, ela auxilia indivíduos a enfrentarem desafios emocionais e a alcançarem uma vida mais equilibrada e plena. Seu trabalho busca promover o bem-estar integral, fortalecendo a saúde mental e emocional de seus pacientes.

Fogo de Chão oferece ceias de Natal e Ano Novo em todas suas unidades

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Com a chegada das festividades de final de ano, o recém inaugurado Fogo de Chão Brasília, que conta um charmoso deck com uma visão privilegiada para o Lago Paranoá, se prepara para oferecer uma experiência gastronômica única, repleta de sabor e tradição.

A Ceia de Natal – R$ 389 por pessoa – terá como pratos típicos Arroz à Grega e Lentilha. Para a entrada Pão de Queijo, Coração de Frango, Mix de Linguiças e polenta frita. O menu de carnes selecionadas contará com Chester, Picanha, Fraldinha, Alcatra, Cupim, Galeto e outros cortes nobres que fazem sucesso no tradicional rodízio completo. Já para Ceia de Reveillon – R$ 445 por pessoa, este cardápio ganha o acréscimo do Leitão à Pururuca.

Em ambas as ocasiões também será disponibilizada uma vasta mesa de saladas que inclui diversas opções com destaque para Salada de Tender com Abacaxi, Salada Agridoce de Maçã com Nozes, Salada de Salsão com Arroz Negro, Salada Grega, Queijo Brie com Geleia de Damasco, Surubim Defumado.
As sobremesas, bebidas e outros itens serão cobrados à parte. A taxa de rolha é R$ 89,00, crianças até 6 anos não pagam e crianças entre 7 a 12 anos pagam R$ 114.

As ceias começam a ser servidas às 20h. Para comodidade do cliente, a unidade oferece ar condicionado, música ambiente, Wi-fi, estacionamento terceirizado com manobrista.

Mais informações: www.fogodechao.com.br ou @fogodechaobr

Sobre o Fogo de Chão

O Fogo de Chão é um restaurante de renome internacional que permite que seus clientes descubram uma novidade a cada instante. Fundada no sul do Brasil, transformou a tradicional arte secular de preparo do churrasco em um descobrimento de experiência gastronômica cultural. As unidades oferecem cardápios diferenciados para todas as horas do dia, incluindo almoço, jantar e eventos para grupos sociais ou corporativos, além do serviço completo de catering e opções para levar e entregar. Atualmente a rede de restaurantes possui mais de 80 lojas em todo o mundo, incluindo países como o Brasil, Estados Unidos, México e Oriente Médio.

Eixo Monumental

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PSD vai liderar a defesa do Fundo Constitucional do DF*

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_Garantia foi dada pelo presidente regional da legenda, Paulo Octávio, em encontro da executiva regional_

O presidente do PSD-DF, Paulo Octávio, afirmou que garantiu apoio da legenda no Congresso Nacional para a manutenção das regras do Fundo Constitucional do DF (FCDF), ameaçado de perder recursos por conta do corte de gastos determinado pelo governo federal. “Já conversei com o governador Ibaneis Rocha e com o nosso presidente (Gilberto) Kassab. O PSD vai estar ao lado de Brasília mais uma vez”, destacou, durante reunião da executiva regional.

Paulo Octávio destacou ainda que a mudança na forma de reajustar o FCDF repete o que foi tentado em 2023. “Tivemos uma luta enorme e foi o PSD que salvou Brasília. Foi o trabalho que fizemos com nossos deputados distritais, com o relator do Arcabouço Fiscal no Senado, senador Omar Aziz (PSD-AM), e com o apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)”, destacou. “Naquela época, o PSD foi o grande vitorioso ao resgatar o Fundo Constitucional do jeito que foi criado lá em 2002”, relembrou Paulo Octávio, um dos autores do projeto que criou o FCDF.

O fundo gera recursos para a manutenção de setores como saúde, educação e segurança em Brasília. “São mais de R$ 24 bilhões que entraram no orçamento do DF, este ano, para pagar essas três áreas importantes. E novamente o governo federal, ao fazer esse pacote de redução de gastos, quer mudar a forma de reajuste. O fundo foi aprovado e sancionado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso em último ato no cargo. A gente vai ter uma nova batalha em defesa de Brasília. E novamente queria convocar todos para nos ajudarem. O líder do governo é nosso, o senador Otto Alencar (PSD-BA), que esteve com a gente semana passada e vamos procurá-lo para evitar que isso aconteça”, definiu.

O presidente do PSD-DF disse ainda que a legenda tem capacidade para conversar com todos os partidos. “Isso é uma vantagem nossa. Se houver dificuldade, a gente pode conversar desde o PSOL até o PL sem problema. Ainda mais que é uma ação em prol da cidade”, detalha. Ele também fez algumas observações em torno do pacote de redução de gastos. “Todo mundo é favorável à isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Só que isso representa um déficit para a União. Então, o governo quer economizar e ao mesmo tempo dar benefício fiscal. Não tem sentido”, afirmou.

*Balanço anual*
O encontro da executiva regional do PSD serviu ainda para alinhar metas visando as eleições de 2026. “O propósito do PSD é crescer. Sempre defendi que a família brasileira é tradicional, cristã e não gosto de radicalismos. A família brasileira não quer pender nem muito para a esquerda, nem muito para a direita. Ela quer o centro, quer o nosso partido, que é de diálogo, de entendimento e de construção, sem ofender ninguém e sem radicalizar, mas construindo o que o Brasil precisa: desenvolvimento, geração de empregos, acolhimento das famílias e de mais encontros, não de desencontros”, definiu.

Para o secretário-adjunto de Saúde do DF, Lucimir Henrique Pessoa Maia, a reunião foi importante para ampliar a união no partido. “Cada um de nós é responsável, na família pessedista, em fazer seu papel para o Distrito Federal. Fico feliz que muitos tenham comparecido para escutar um pouquinho do que a gente tem a falar. O importante é que a gente mantenha a união dentro do partido”, destacou.

“Hoje eu sou secretário-adjunto de Saúde. É um cargo onde as tomadas de decisões influenciam a saúde de milhares de pessoas. E isso é feito com muita moderação para que a gente não deixe ninguém de fora, porque a saúde, a nossa vida, é o nosso bem mais precioso”, definiu.

Já o deputado distrital Jorge Vianna afirmou que o crescimento do PSD deve-se ao fato de a legenda manter sua autenticidade. “O PSD permaneceu o PSD, um partido que deixa livre as políticas dos candidatos e que acomoda todo mundo, sem distinção. E fez com que a sociedade pensasse o seguinte: tem o partido da esquerda, tem o partido da direita, mas qual o partido que eu poderia ir que é leve e não fica entrando em polêmica? O PSD. As pessoas, de forma orgânica, entenderam que o PSD é um partido que pode dar certo em seu projeto político”, resumiu.

“A gente tem que começar a passar às pessoas que o PSD é um partido de bom senso. Ora defende pautas da direita, ora defende pautas da esquerda. Esses dias, subi na tribuna para elogiar a deputada do PSOL, Erika Hilton, porque ela começou o movimento da escala 6 por 1. Talvez seja até antagônico. Um cara como eu, ex-militar, tradicional e tal, elogiar uma pessoa de um partido que é radicalmente da esquerda. Mas é porque é bom senso. Então eu acho que quem quiser vir para o partido já vem com esse sentimento, porque a gente não é extremo de um lado ou de outro”, acrescentou.

Também foram apresentados os novos filiados do PSD-DF, como o desembargador aposentado José Divino de Oliveira. “Fui magistrado durante 35 anos. Agora sou advogado e o (desembargador aposentado) Carlos (Divino) me convidou a ingressar no partido. Quero, nos limites do meu conhecimento, ser útil à sociedade em que vivo. Quero contribuir com o partido e, dentro das minhas possibilidades, ser útil”, contou.

Neste ano, comemoram-se os 254 anos de nascimento de um dos maiores compositores de todos os tempos: Beethoven!

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Ludwig van Beethoven 16/11 1770 – 26/03/1827

Ele nasceu em dezembro de 1770, entre os dias 15 e 16, na Alemanha. São tantos os livros, análises da obra, pesquisas, teses, estudos, escritos sobre ele; tantas as palestras, filmes, documentários, biografias e tamanha a exploração de sua imagem estampada em canecas, camisetas, chaveiros e outros objetos, que ele, hoje, ficaria tão rico quanto um jogador de futebol internacional.
Isso, sem contar com os direitos autorais das obras musicais!

Sua vida não foi fácil. De família pobre, foi explorado pelo pai, alcoólatra, como criança prodígio e obrigado de trabalhar como músico, desde menino. Aos 12 anos teve o primeiro emprego como acompanhador de cravo no teatro da ópera da cidade dele, Bonn. Com a morte da mãe, aos 17 anos, ele assumiu a responsabilidade da casa e dos dois irmãos mais novos.

Seus estudos foram bastante irregulares. Nunca cursou colégio nem conservatório. Teve aulas particulares com professores da época, inclusive com Salieri, inimigo do Mozart.

Com 22 anos mudou-se para Viena, centro musical da época da Europa, e assumiu a carreira de artista independente.

Sustentava-se como virtuoso de piano, compositor e professor do instrumento.
Como compositor, foi e continua sendo admirado e venerado no mundo inteiro, comparado ao Bach e Mozart.

Entre as muitas frases elogiosas, uma bem original do escritor brasileiro Menotti Del Picchia diz- “Beethoven – um deus e um demônio exprimindo sonoramente a alma de toda a humanidade”.

Mas nem todos o admiravam. Tchaikovsky declarou o seguinte: “Beethoven é um caótico”. O escritor Umberto Eco chegou a dizer: “As sinfonias do tal Beethoven são uma orgia de estardalhaço” e o diretor do conservatório de Paris e compositor Luigi Cherubini comentou: “A música de Beethoven me faz espirrar!”.

Tenho grande experiência com a obra de Beethoven. Como musico profissional, formado em trompa pelo Conservatório Estatal de Música, em Praga, e com especialização na Academia de Artes Janácek na cidade tcheca de Brno, toquei regido por maestros famosos, e menos famosos, em várias orquestras sinfônicas, na Europa e no Brasil, sob as mais variadas concepções interpretativas.

Também toquei muito sua Sonata para trompa e piano op. 17. E, por mais que tocasse, sempre me encantava com sua genialidade.

Hoje não toco mais, mas quando ouço música em casa, muitas vezes escolho Beethoven. Ele me proporciona bem-estar, prazer musical, relaxamento, e aumenta cada vez mais a minha admiração a esse gênio, que, mesmo doente, infeliz e abandonado, escreveu uma música brilhante, alegre e otimista.
Viva Beethoven!

        Bohumil Med

Eixo Monumental

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