18.5 C
Brasília
terça-feira, outubro 14, 2025

Brasil quer eliminar lâmpadas com mercúrio até 2025

Date:

Share post:

Meta está em acordo internacional

O Brasil tem o compromisso de tirar todas as lâmpadas fluorescentes do mercado até 2025. Essa meta foi definida no ano passado na quarta reunião da Conferência das Partes (COP) da Convenção de Minamata. A ideia é que elas sejam substituídas por lâmpadas de led, que consomem menos energia e não contêm metais pesados.

As lâmpadas fluorescentes surgiram para substituir as antigas incandescentes, com a promessa de serem mais econômicas e duráveis, e não emitirem calor, mas contêm mercúrio na composição, um metal altamente tóxico.

“Nos seres humanos, ele [mercúrio] pode causar ataxia, problemas neuromotores, neurológicos, ele é teratogênico [organismo que, estando presente durante a gestação, produz uma alteração no desenvolvimento], na formação dos fetos, ele é bastante tóxico quando ligado à questão neurológica e pode chegar até a morte”, explica a bióloga Alexandra Penedo de Pinho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A reciclagem é uma ferramenta poderosa, mas ainda insuficiente. Segundo a Associação Brasileira para a Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação (Reciclus), foram recicladas nos últimos seis anos no país 33 milhões de lâmpadas fluorescentes, cerca de 5 milhões por ano, número bem inferior ao total que chega anualmente. Em 2022, foram importados 12 milhões de lâmpadas.

“O desafio é muito grande porque as pessoas precisam se conscientizar de que existem diversos resíduos que são prejudiciais ao meio ambiente. E o meio ambiente já vem sofrendo as consequências por meio de desastres naturais. Aquele resíduo que a gente joga em um lugar que não é o correto, ele traz uma consequência para o mundo”, aponta Camilla Horizonte, gerente de operações da Reciclus.

Na reciclagem, os componentes são separados: vidro, metais e pó fosfórico podem ser reutilizados. Já o mercúrio é extraído por estas tubulações conectadas a um filtro de carvão, que depois é destinado a um aterro sanitário especial.

Solicitamos posicionamento dos ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e do Meio Ambiente, mas não houve retorno até a veiculação da reportagem.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_img
publicidade

Related articles

Exposição fotográfica e livro “Marias” chegam à Câmara Legislativa em outubro para chamar atenção para a violência contra a mulher

No dia 21 de outubro, às 14h30, Espaço Cultural Athos Bulcão, no foyer do plenário da Câmara Legislativa...

Escritório Rezende & Matos Advogados comemora posse de nova associada

Na noite desta quinta-feira (09/10/2025) o Escritório Rezende & Matos Advogados em comemoração à posse de sua nova...

Hotelaria brasileira em perspectiva: desafios de mão de obra, oportunidades de crescimento e caminhos sustentáveis para o futuro

  Por: Márcio Lacerda, Mestre em Administração Profissional pela FIA – Fundação Instituto de Administração, Diretor Geral da Hotelaria...

O poder no fio da navalha

A máxima de Lord Acton — “o poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente” —...