Grupo Aconchego se reúne com a Vara da Infância e Juventude
O encontro teve o intuito de abordar o projeto “Entrelaços”, responsável por desenvolver ações que deem suporte às crianças maiores e aos adolescentes que são acolhidos em instituições, na espera de uma família
Na última quinta-feira (4), o Grupo Aconchego realizou uma reunião com a Vara da Infância e Juventude para falar sobre o projeto “Entrelaços”. A iniciativa, que conta com o apoio do programa Criança Esperança, é responsável por desenvolver ações que mobilizem a sociedade para oferecer suporte às crianças maiores e aos adolescentes que são acolhidos em instituições, principalmente as que estão inseridas no Cadastro Nacional da Adoção, na espera de uma família.
O encontro contou com a participação de Renato Rodovalho, juiz titular da Vara da Infância da Juventude do DF; Eustáquio Ferreira, assessor técnico; e Walter Gomes, supervisor da Seção de Colocação em Família Substituta da VIJ/DF (SEFAM). Do Grupo Aconchego, estiveram presentes Soraya Pereira, presidente; Júlia Salvagni, vice-presidente; e Maria da Penha Oliveira, coordenadora do “Entrelaços”.
“O projeto foi bem recebido pelo juiz e assessores, sinalizando apoio e assinatura de um Termo de Cooperação Técnica entre as duas instituições no período de vigência do projeto. O aval da Vara da Infância para a execução do projeto é fundamental, visto que a adoção legal passa, necessariamente, por essa instituição”, comemora Maria da Penha.
A expectativa da organização é de que o Aconchego e a Vara da Infância e Juventude possam fazer um trabalho de qualidade na preparação de adotantes, levando em conta a nova cultura da adoção que vê a criança e o adolescente como participantes ativos em todo o processo.
“Dizemos que ‘a criança também adota’ já é uma realidade. Para isso, é fundamental que haja a escuta qualificada e preparação para a formação desse novo vínculo de filiação”, complementa Penha.
Entenda o projeto
De acordo com a psicóloga Maria da Penha Oliveira Silva, coordenadora do projeto Entrelaços, o que norteou a criação desta iniciativa foi a certeza de que toda criança e adolescente tem direito a viver em família, obviamente, sempre respeitando as determinações legais (ECA). “Um processo de adoção somente será bem sucedido se adotantes e adotandos forem cuidadosamente preparados”, afirma.
Maria da Penha explica que o “Entrelaços” contempla ações em quatro eixos: a divulgação e sensibilização da sociedade para uma nova cultura da adoção, especialmente a adoção de crianças maiores e adolescentes, por meio de palestras públicas realizadas mensalmente; a preparação continuada de famílias habilitadas e inseridas no Cadastro Nacional da Adoção, através de encontros grupais realizados mensalmente; o apoio e acompanhamento de famílias que já se encontram em estágio de convivência, em processo de guarda ou com a adoção concluída, através de encontros grupais realizados mensalmente; e a perspectiva da criança e do adolescente sobre adoção, através de encontros grupais realizados quinzenalmente por um período de cinco meses.
Na prática, o projeto, que começou em janeiro, vai até dezembro deste ano e pretende atender crianças e adolescentes acolhidos em instituições no DF e incluídos no CNA, além de pretendentes inscritos no CNA por meio da Vara da Infância e da Juventude do DF.
Sobre o Grupo Aconchego – O Aconchego é uma entidade civil, sem fins lucrativos, fundada em dezembro de 1997, que trabalha em prol da convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes em acolhimento institucional.
Filiado à Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção – ANGAAD o aconchego é reconhecido como referência em Brasília e conta com grande projeção nacional na criação de tecnologias sociais com vistas à garantia do direito das crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária, por meio de ações de intervenção com potencial para a transformação social e cultural.