Mesmo com a pandemia, manter o otimismo para o Ano Novo é importante, afirma neuropsicóloga*
Quando a pandemia vai acabar? É possível ficar imune ao Coronavírus? É
possível pegar a Covid-19 duas vezes? Esses e outros questionamentos
estiveram presentes no cotidiano de toda a população mundial. Com a
pandemia da Covid-19, conhecemos as dificuldades do isolamento social,
movemos escolas e escritórios para nossas casas, e enfrentamos períodos de
medo e incerteza.
Mas, é possível encarar os desafios vividos em 2020 de forma saudável e
iniciar o Ano Novo com otimismo? Segundo a psicóloga Juliana Gebrim, para
iniciar 2021 com otimismo uma boa estratégia é alimentar os sentimentos
bons e valorizar os motivos que temos para celebrar.
“Aprendemos a viver em família, a lidar melhor com as dificuldades
provocadas pelo medo da doença e pelo isolamento, e estamos próximos do
início da vacinação anti-covid. Com otimismo teremos a energia necessária
para seguir em frente e ver o futuro com expectativa positiva. É nisso que
precisamos focar neste momento”, diz.
Para Gebrim, cultivar o pessimismo consome nossa energia e atrai
sentimentos negativos como angústia, tristeza e medo. Já os pensamentos
positivos são considerados essenciais para o enfrentamento das dificuldades
enfrentadas pela população neste momento, principalmente relacionadas ao
estresse, a ansiedade e a depressão, decorrentes da privação social e do
confinamento.
“Estamos vivendo um contexto delicado em que a resiliência pode constituir
um processo essencial para o enfrentamento das dificuldades trazidas pela
pandemia, como a perda de entes queridos, demissões, isolamento social e a
perda da liberdade. Tenho certeza que o aprendizado adquirido nesta
pandemia tornou as pessoas psicologicamente mais fortes”, reforça.
A psicóloga também ressalta que o otimismo, além de possibilitar a
ampliação do bem-estar das pessoas, reflete em mudanças positivas no
comportamento.
“Ganhamos uma dose extra de solidariedade na nossa vida e passamos a olhar
mais para o próximo. Isso, pessoas passaram a olhar mais para os outros,
seja ajudando o próximo ou respeitando a ser mais solidários. “A gente
passa a ter mais autocompaixão, mais solidariedade, mais felicidade é isso
reflete no nosso bem-estar”, explica.
Juliana Gebrim é psicóloga clínica formada pela
Universidade de Brasília (UnB) e neuropsicóloga pelo Instituto de
Psicologia Aplicada e Formação de Portugal (Ipaf).