Ludwig van Beethoven 16/11 1770 – 26/03/1827
Ele nasceu em dezembro de 1770, entre os dias 15 e 16, na Alemanha. São tantos os livros, análises da obra, pesquisas, teses, estudos, escritos sobre ele; tantas as palestras, filmes, documentários, biografias e tamanha a exploração de sua imagem estampada em canecas, camisetas, chaveiros e outros objetos, que ele, hoje, ficaria tão rico quanto um jogador de futebol internacional.
Isso, sem contar com os direitos autorais das obras musicais!
Sua vida não foi fácil. De família pobre, foi explorado pelo pai, alcoólatra, como criança prodígio e obrigado de trabalhar como músico, desde menino. Aos 12 anos teve o primeiro emprego como acompanhador de cravo no teatro da ópera da cidade dele, Bonn. Com a morte da mãe, aos 17 anos, ele assumiu a responsabilidade da casa e dos dois irmãos mais novos.
Seus estudos foram bastante irregulares. Nunca cursou colégio nem conservatório. Teve aulas particulares com professores da época, inclusive com Salieri, inimigo do Mozart.
Com 22 anos mudou-se para Viena, centro musical da época da Europa, e assumiu a carreira de artista independente.
Sustentava-se como virtuoso de piano, compositor e professor do instrumento.
Como compositor, foi e continua sendo admirado e venerado no mundo inteiro, comparado ao Bach e Mozart.
Entre as muitas frases elogiosas, uma bem original do escritor brasileiro Menotti Del Picchia diz- “Beethoven – um deus e um demônio exprimindo sonoramente a alma de toda a humanidade”.
Mas nem todos o admiravam. Tchaikovsky declarou o seguinte: “Beethoven é um caótico”. O escritor Umberto Eco chegou a dizer: “As sinfonias do tal Beethoven são uma orgia de estardalhaço” e o diretor do conservatório de Paris e compositor Luigi Cherubini comentou: “A música de Beethoven me faz espirrar!”.
Tenho grande experiência com a obra de Beethoven. Como musico profissional, formado em trompa pelo Conservatório Estatal de Música, em Praga, e com especialização na Academia de Artes Janácek na cidade tcheca de Brno, toquei regido por maestros famosos, e menos famosos, em várias orquestras sinfônicas, na Europa e no Brasil, sob as mais variadas concepções interpretativas.
Também toquei muito sua Sonata para trompa e piano op. 17. E, por mais que tocasse, sempre me encantava com sua genialidade.
Hoje não toco mais, mas quando ouço música em casa, muitas vezes escolho Beethoven. Ele me proporciona bem-estar, prazer musical, relaxamento, e aumenta cada vez mais a minha admiração a esse gênio, que, mesmo doente, infeliz e abandonado, escreveu uma música brilhante, alegre e otimista.
Viva Beethoven!
Bohumil Med