Redução na taxa Selic aumenta expectativa de mercado aquecido, principalmente pelo impulsionamento do programa “Minha Casa, Minha Vida”; empreendimentos de médio e alto padrão também devem movimentar setor neste ano; arquiteto comenta
Espaços integrados e inteligentes são tendência
Ainda de acordo com o especialista, os projetos para esse ano deverão ser voltados cada vez mais em melhorias funcionais com espaços cada vez mais integrados e inteligentes.
“A modalidade de retrofit de edificações e alteração de usos será cada vez mais levado em conta nas análises de viabilidade. Vemos um movimento forte de compra de ativos por gestoras de fundos, buscando a possibilidade da troca de uso em edificações de comercial para residencial ou até hotelaria”, comenta o arquiteto.
Estímulos do governo
Além da ampliação do “Minha Casa, Minha Vida”, alguns estímulos governamentais podem ajudar a alavancar o mercado, como a aprovação de um orçamento de R$ 117 bilhões para que o FGTS financie moradias para famílias de baixa renda.
Além disso, Forato acredita que programas como o Descontrola, que ajuda os brasileiros a sair do endividamento, também façam a diferença
O que esperar para 2024?
A expectativa é de alta, principalmente pela continuidade de investimentos nos programas habitacionais. “O MCMV continuará sendo um impulsionador nos resultados do setor. O mercado imobiliário vem mostrando resiliência aos diversos desafios enfrentados nos últimos anos, como a alta taxa do financiamento habitacional”, explica Forato. Outro fator que ajudará na melhoria, na visão do especialista, é a continuidade da redução da taxa Selic – taxa básica de juros da economia brasileira – que será protagonista no processo econômico e na geração de empregos.
Vale lembrar que, na última reunião de 2023, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, baixou a Selic a 11,75%, além de sinalizar mais cortes iguais nos próximos encontros, aumentando ainda mais as expectativas. A taxa tem grande impacto nos investimentos de maneira geral e não é diferente no mercado imobiliário, já que essa redução facilita os financiamentos habitacionais, tornando-os mais acessíveis e incentivando a demanda por imóveis”, finaliza Forato.
Com esse cenário, os brasileiros desejam apostar mais na compra de imóveis. Segundo a Brain, cerca de 39% das pessoas pretendem adquirir um imóvel entre esse ano e o ano que vem.