Com US$80 bilhões em jogo, futuro de investimentos em tecnologia brasileira potencializa posição do país na era digital
Em meio à acirrada batalha geopolítica pela supremacia na indústria de semicondutores entre Estados Unidos e China, o setor de tecnologia tem despontado como um dos elementos centrais do desenvolvimento da economia global. Para se ter uma ideia, de acordo com uma pesquisa da IDC divulgada recentemente, mundialmente, são cerca de US$15 trilhões investidos no setor.
Os Estados Unidos lideram essa disputa, detendo aproximadamente US$1,1 Trilhão do mercado, enquanto a China ocupa o segundo lugar, com uma fatia de cerca de US$ 800 bilhões. O Brasil, ainda tímido em relação aos primeiros do ranking, se configura como 10° colocado, investindo cerca de US$80 bilhões por ano na continuidade da digitalização da economia nacional e no aumento da sua competitividade global.
Nesse contexto, a necessidade de uma estratégia nacional de Inteligência Artificial (IA) torna-se evidente. Maiara Muraro, Vice Presidente de Marketing, Inovação e Comercial da Avivatec, consultoria de tecnologia referência em aceleração digital de empresas no país, destaca o papel crucial do mercado brasileiro. “Além de desempenhar uma função vital no setor global, o Brasil apresenta um grande potencial para expansão. Na América Latina é o principal destino de investimentos em tecnologia, representando 50% do total investido no setor.”, comenta.
Integrando academia, setor privado e governo para fomentar um ambiente propício ao desenvolvimento tecnológico, o Brasil, mesmo enfrentando desafios, emerge como um agente significativo no cenário de movimentação tecnológica. Segundo a pesquisa “Global CIO Survey 2023” da consultoria Gartner, o país ocupa o 2º lugar no ranking global de investimentos em Tecnologia da Informação (TI), com 79% dos empresários brasileiros planejando aumentar os investimentos no setor nos próximos 12 meses.
Contribuindo para impulsionar a inovação e promover o avanço tecnológico no Brasil, a Avivatec tem vivenciado um crescimento exponencial nos últimos três anos. Para se ter uma ideia, de 2020 para cá, a corporação dobrou tanto o faturamento quanto o tamanho do seu negócio. Para isso, a empresa se especializou em soluções voltadas para o mercado financeiro e de tecnologia médica.
A estratégia parece ir na direção certa. Para se ter uma ideia, de acordo com dados da consultoria Deloitte, os investimentos globais em saúde devem atingir US$ 16,8 trilhões em 2023, um crescimento de 6,8% em relação a 2022. Esse valor representa 10% do PIB global. Já os investimentos em tecnologia para o setor financeiro não ficam atrás. Só no Brasil, o setor de finanças deve investir US$ 15 bilhões em tecnologia ainda este ano.
“Estamos monitorando de perto as novas tecnologias, como a Inteligência artificial, blockchain, smart contracts, tokenização, entre outras. São soluções que já são aplicadas e continuarão a transformar tanto o presente como o futuro. Uma solução completa deve conter diversas funcionalidades, mas também precisa contar com uma infraestrutura de plataforma que garanta a segurança dos dados. É importante que exista integração de informações, controle de custos e padronização de processos.”, conclui.
Com o aumento dos investimentos em tecnologia no país, as projeções indicam uma crescente influência do Brasil na era digital. O país pode não estar à frente da Guerra dos Chips, mas certamente atua como um player importante na revolução tecnológica que molda nosso cotidiano e transformará as décadas futuras.