Se encontrar por aí um coração veio, emocionado…
E que ainda bate uma e a outra faia
Ele é meu…
É que ele é muito despreparado e insuficiente…
É feio, horroroso mesmo, sem nenhum brilho
E sem nenhuma valia…
Quando isolado é quebradiço
Principalmente depois de ver um amigo ou amiga…
De tempos idos…de longa data
Ele perde o rumo, tonteia, fica trôpego…
Cambaleante. Sem frescor!
E em um jornal nacional e apregoado como desaparecido…
E assim, a audiência muda imediatamente de canal, naturalizando aquele estado de coisas, anterior…
E nem percebe que a celebração do encontro exige compromissos políticos
Para dar prosseguimento a caminhada e seguir em frente!
E revigorar aquela energia memorial,
Mas humanamente perdida
No lembrançar e esperançar
Da vida militante…
Mas que é contidamente bela, embriagante.
E mesmo assim, esse meu corpo
Sem ele fico oco, vazio e sem alma,
E logo do lado esquerdo do peito
Onde se guarda as amizades eternas
Que viverão ali sem ao abraço fraterno
E sem a pulsão para dar continuidade
A necessária luta coletiva, cotidiana…
Achando-o deixe informado
Mas não vasculhe o lixo,
Isso e absolutamente desnecessário!
