Após o Carnaval, o ano começa “de verdade” e muitos querem colocar em prática as resoluções de final de ano, o que pode desencadear ou piorar quadros ansiosos; psiquiatra da SIG explica o que pode caracterizar um quadro preocupante
O transtorno mental pode ser grave se não acompanhado e tratado, no entanto, existe um outro lado da ansiedade, em que ela é considerada “transitória”, e não uma doença. “Todo mundo passa por situações em que desencadeiam uma ansiedade, é normal, por exemplo, a pessoa não conseguir dormir antes de uma prova importante”, comenta o especialista.
Afinal, até que ponto a ansiedade é normal?
A “ansiedade normal”, ou melhor, ansiedade não patológica, faz parte da vida de qualquer pessoa, causando sintomas, segundo o Dr. Lipman, como dilatação da pupila, aumento de frequência cardíaca e respiratória e até mesmo insônia.
“Os sintomas podem ser parecidos com os da ansiedade patológica, o que muda é a intensidade e a frequência. Nosso corpo tem um limite e se os sintomas negativos começam a se apresentar corriqueiramente, é necessário procurar ajuda”, explica.
Ou seja, quando essas alterações passam a fazer parte da vida da pessoa com muita frequência, de forma intensa e duradoura, atrapalhando sua qualidade de vida, ela pode significar um transtorno mental.
Causas e sintomas
São diversas as causas da ansiedade, podendo ocorrer por problemas familiares, desequilíbrios cerebrais, traumas, entre outros. Os sintomas também variam e podem ser tanto físicos quanto psíquicos. “Esses pacientes podem ter tensão muscular, taquicardia ou palpitações, dor no peito, transpiração em excesso, dor de cabeça, tontura, além de sensação de desrealização, quando o ambiente parece todo diferente, ou sensação de despersonalização, quando a pessoa parece não se reconhecer mais”, resume o médico psiquiatra.
Ele alerta que é fundamental ficar sempre atento a esses indícios e, caso necessário, procurar ajuda especializada o quanto antes for possível.