Ginecologista e obstetra Dra. Angélia Iara ressalta que a decisão deve ser individualizada, respeitando as condições clínicas da mãe e do bebê, mas destaca: o ideal é esperar o bebê dar sinais de que está pronto para nascer.
A escolha do tipo de parto costuma gerar dúvidas e até certa ansiedade entre as gestantes. De um lado, o parto normal é frequentemente apontado como o mais natural. De outro, a cesariana pode ser necessária em determinadas situações. Para a ginecologista e obstetra Dra. Angélia Iara, o mais importante é compreender que não existe um modelo único de parto ideal.
“Cada mulher e cada gestação são únicas. O que é adequado para uma paciente pode não ser para outra. O nosso papel é orientar e oferecer segurança, respeitando tanto as condições clínicas quanto os desejos da mãe”, explica a médica.
Segundo Dra. Angélia, a decisão deve ser tomada com base em fatores como o bem-estar da gestante e do bebê, a evolução da gestação e o histórico de saúde. Embora a cesariana seja um procedimento seguro quando indicada, o parto normal costuma ser o mais recomendado quando não há contraindicações, por favorecer uma recuperação mais rápida e um início mais precoce do vínculo com o bebê.
“O ideal é que o nascimento aconteça no tempo certo, quando o bebê dá sinais de que está pronto para vir ao mundo. Antecipar esse momento sem necessidade pode aumentar os riscos para mãe e filho”, reforça.
A médica lembra que a humanização do parto não está ligada apenas à via de nascimento, mas ao respeito às escolhas da mulher, à escuta ativa e ao acompanhamento acolhedor durante todo o processo gestacional.
“Mais do que discutir qual é o melhor tipo de parto, precisamos falar sobre o protagonismo da mulher e o respeito ao seu corpo e ao tempo do bebê”, conclui.
Em entrevista ao 61Brasília, o governador do Pará fala sobre legado, bioeconomia e o papel do Brasil na liderança climática global.
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) transforma Belém do Pará em vitrine do debate mundial sobre o futuro do planeta. Pela primeira vez, o encontro mais importante do clima é sediado na Amazônia, aproximando ciência, governos e comunidades da região que concentra as maiores reservas naturais e potencial de soluções climáticas do mundo.
O evento reúne chefes de Estado, cientistas, lideranças indígenas e empresários em torno de uma agenda que ultrapassa fronteiras políticas. No centro desse processo está o governador Helder Barbalho (MDB-PA), que conduz o Estado em uma operação inédita de infraestrutura, qualificação e política ambiental. O Pará executa mais de 30 obras estruturantes, com R$ 4,5 bilhões em investimentos, unindo mobilidade, saneamento, turismo e inovação.
O Parque da Cidade, sede da conferência, traduz esse novo modelo de desenvolvimento. Projetado com eficiência energética, reuso de água e ventilação natural, o complexo simboliza a sustentabilidade aplicada à gestão urbana. O projeto integra áreas de convivência, praças e auditórios, criando um legado duradouro para Belém.
“O Parque da Cidade é símbolo daquilo que a COP defende. Desenvolvimento aliado à preservação e à inclusão das pessoas”, afirma o governador.
Às margens da Baía do Guajará, o Complexo Porto Futuro reforça a frente de inovação e cultura. O conjunto abriga o Museu das Amazônias e o Parque de Inovação e Bioeconomia do Pará, que consolida a bioeconomia como eixo de crescimento sustentável. O espaço conecta universidades, startups e investidores a cadeias produtivas de baixo carbono, impulsionando setores como biotecnologia, cosméticos, fármacos e manejo florestal.
“A Amazônia precisa ser entendida como potência de soluções. A bioeconomia garante que a floresta viva gere riqueza, emprego e conhecimento, mantendo-se em pé e produtiva”, destaca Helder.
O impacto social das obras é reforçado pelo Capacita COP30, o maior programa de qualificação profissional do Estado. Mais de 35 mil pessoas já foram formadas em cursos de turismo, idiomas e hospitalidade, integrando a população local à nova economia verde. Em paralelo, o BRT Metropolitano entra em operação, quatro viadutos modernizam a circulação e treze canais passam por obras de macrodrenagem, beneficiando meio milhão de moradores.
Política ambiental e ambição global
O Pará chega à COP30 com uma estrutura consolidada de políticas voltadas à transição ecológica. O Plano Amazônia Agora organiza o combate ao desmatamento e a valorização dos ativos ambientais, enquanto o Plano de Bioeconomia orienta uma nova matriz produtiva baseada na floresta viva. O Sistema Jurisdicional de REDD+ complementa esse conjunto ao criar mecanismos de compensação e rastreabilidade para quem preserva. A Lei de Responsabilidade Ambiental, sancionada em 2025, e o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa asseguram o caráter permanente dessa política, com metas de restauração e uso sustentável do território.
Essas ações consolidam o Estado como referência nacional em governança climática. A COP30 amplia esse papel ao transformar o Pará em plataforma de políticas que unem eficiência econômica e preservação ambiental. Para Helder Barbalho, o desafio é manter coerência entre discurso e prática:
“O Brasil precisa provar que é capaz de liderar com consistência, unindo produção e preservação. No Pará, estamos mostrando que desenvolvimento e floresta viva caminham juntos”.
*61Brasília — A COP30 ocorre em um momento de forte polarização política. Como o senhor interpreta o papel desse evento?*
*Helder Barbalho —* A COP é o maior fórum multilateral da atualidade e representa o esforço coletivo de enfrentar a crise climática. Não é uma conferência da esquerda ou da direita, é um espaço de convergência. A Amazônia precisa ser tratada como tema de Estado e não de governo. A escolha de Belém reafirma que o Brasil volta a liderar o diálogo global com seriedade e compromisso.
*61Brasília — A preparação do Pará chama atenção pelo volume de investimentos. Qual o sentido desse esforço?*
*Helder Barbalho —* O Estado não se prepara apenas para receber visitantes, mas para dar um salto de infraestrutura e planejamento urbano. O que entregamos agora melhora mobilidade, saneamento e turismo, mas também estrutura o futuro. A COP30 é catalisadora de obras e de políticas públicas que permanecerão por décadas.
*61Brasília — O Parque de Inovação e Bioeconomia do Pará é considerado um dos legados mais simbólicos. Como ele se conecta à ideia de floresta viva?*
*Helder Barbalho —* O parque é o coração da bioeconomia. Ele transforma pesquisa e conhecimento em produto e renda. A floresta viva deixa de ser vista como obstáculo e passa a ser a base da nossa economia. Com rastreabilidade e tecnologia, podemos gerar riqueza sem destruir. Esse é o modelo que queremos consolidar.
*61Brasília — A COP30 traz à tona o tema do financiamento climático. O que o senhor defende nesse campo?*
*Helder Barbalho —* Defendemos responsabilidade compartilhada. A Amazônia presta um serviço ambiental ao mundo, mas quem mora aqui arca com o custo da conservação. É essencial que os países desenvolvidos cumpram os compromissos de financiamento e ampliem os instrumentos de crédito para a bioeconomia.
*61Brasília — Há expectativa de que a conferência produza resultados concretos?*
*Helder Barbalho —* Sim. Esperamos acordos sobre descarbonização, cooperação técnica e mecanismos de remuneração pela preservação. Mas o resultado mais importante será político e simbólico. O mundo vai enxergar a Amazônia de dentro dela, entendendo que o futuro do planeta passa pela floresta viva.
*61Brasília — O Pará se projeta como vitrine da liderança brasileira na agenda climática?*
*Helder Barbalho —* O Pará se torna espelho do Brasil. O que acontece aqui traduz o que o país pode oferecer: compromisso, inovação e responsabilidade. A COP30 nos coloca sob os holofotes, mas também sob cobrança. O verdadeiro legado será manter o ritmo de transformação quando as delegações forem embora.
A COP30 insere o Brasil em um novo ciclo da política ambiental global, em que resultados passam a ter peso equivalente à diplomacia.
O encontro em Belém transforma o meio ambiente em campo de decisão econômica e consolida a Amazônia como componente central do equilíbrio climático do planeta. O Pará se afirma nesse contexto como espaço de aplicação de políticas que integram infraestrutura, controle ambiental e bioeconomia.
A conferência representa o momento de transformar essa estrutura em permanência administrativa e consciência compartilhada, mantendo a floresta viva como ativo estratégico e referência de desenvolvimento para o mundo.
De Flordelis e Carla Zambelli, na Câmara Federal, e Paula Belmonte, na CLDF, parlamentares enfrentam cassações e prisões, enquanto os colegas recebem pressões tardias, como Eduardo Bolsonaro, ou escapam de sanções políticas mais severas, como Daniel Donizet, respectivamente.
De Flordelis a Carla Zambelli, as mulheres que ocuparam espaços de poder no Legislativo enfrentaram pressão e punições severas, com cassações, condenações e até prisão.
Já os homens, como Eduardo Bolsonaro, Chiquinho Brazão e Daniel Donizet, acumulam denúncias e acusações sem perder mandato ou prerrogativas políticas.
Nos dois parlamentos — Câmara Federal e Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) —, o padrão se repete: quando o acusado é homem, o processo é adiado, relativizado ou remetido ao Judiciário; quando é mulher, a punição é exemplar e imediata.
Carla Zambelli
Eduardo Bolsonaro
Daniel Donizet
Chiquinho Brazão
Fotos: Renato Araújo Câmara dos deputados
Na CLDF, o distrital Daniel Donizet (MDB) acumula acusações de assédio, abuso de poder e, agora, uma tentativa de “carteirada” após ser parado em uma blitz da Lei Seca.
Ele teria tentado usar o cargo e influência política para evitar autuação, mas acabou autuado ao recusar o teste do bafômetro.
Na noite de 26 de junho de 2025, Donizet foi parado por policiais militares próximo ao Riacho Fundo I (DF) por exibir sinais de embriaguez ao volante. Uma fonte informou que o veículo, uma Nissan Frontier, trafegava de forma irregular, “fechando outros motoristas”. Após ser abordado, Donizet admitiu ter ingerido bebida alcoólica anteriormente, mas alegou estar em “totais condições de dirigir”. Ele inicialmente aceitou fazer o teste do bafômetro, mas a equipe não estava equipada, e durante a espera o parlamentar tentou usar seu cargo para encerrar o procedimento — numa típica “carteirada”. Em determinado momento, chegou a ligar para o colega Hermeto (MDB), também subtenente da PMDF; a ligação foi repassada a um subtenente no local, que, conforme o registro, afirmou que “a lei é para todos” e que os procedimentos deveriam seguir normalmente. Ainda na blitz, Donizet optou por recusar o bafômetro, resultando em autuação com base no artigo 165-A do Código de Trânsito Brasileiro. A infração é considerada gravíssima e implica multa de R$ 2.934,70, além da suspensão do direito de dirigir por 12 meses. No dia seguinte (27 de junho), o MDB local instaurou uma comissão de ética para apurar o caso. Poucos dias depois, cinco distritais apresentaram à Mesa Diretora da CLDF um pedido de suspensão do mandato de Donizet por 90 dias — medida prevista no regimento interno e no Código de Ética da Casa. Em 1º de setembro de 2025, a Mesa Diretora aprovou o encaminhamento do pedido à Corregedoria da CLDF para análise técnica antes de eventual decisão em plenário.
A abertura do processo considerou a “gravidade, reiteração e repercussão pública” das condutas do deputado, incluindo acusações de assédio sexual, omissão de socorro, extorsão e a tentativa de “carteirada”. O episódio se soma a denúncias anteriores de constrangimento de servidoras, que, em meio a tantas polêmicas, provocaram pedidos de suspensão de seu mandato — finalmente atendidos.
*Paula Belmonte: o contraponto feminino* Enquanto Donizet tenta conter o avanço de investigações e preservar o mandato, sua colega de partido e principal opositora dentro da CLDF, Paula Belmonte (MDB), enfrenta processo de cassação em curso na CLDF, por não provar denúncias contra o parlamentar. Segunda vice-presidente e Procuradora Especial da Mulher da Casa, a deputada nega irregularidades e afirma ter atuado dentro dos limites institucionais de seu cargo.
Em nota, a parlamentar se defende: “Sempre exerci minhas funções com transparência, responsabilidade e respeito às normas e regimentos da Câmara Legislativa. Todas as decisões que tomei foram dentro das minhas atribuições institucionais, tanto como deputada distrital, quanto como segunda vice-presidente da Casa e Procuradora Especial da Mulher. Minha trajetória é marcada pela ética, pela independência e também pela defesa da pauta feminina, com foco na proteção das mulheres e no fortalecimento de políticas públicas que garantam respeito, dignidade e oportunidades.
Continuarei trabalhando com serenidade e compromisso para fortalecer as instituições e representar com dignidade a população do Distrito Federal”, afirma Paula Belmonte, segunda vice-presidente e Procuradora Especial da Mulher da CLDF.
*No Congresso, seletividade e autoproteção* Já na Câmara dos Deputados, quatro casos recentes evidenciam a dificuldade da Casa em enfrentar condutas graves de seus próprios membros — e revelam diferenças de tratamento marcadas por gênero e alinhamento político. Em 2021, a Câmara cassou o mandato da deputada Flordelis (então PSD-RJ), acusada de mandar matar o marido. Já Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, perdeu o mandato apenas por faltas, sem votação política sobre sua conduta.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP), mesmo após condenações que somam 15 anos de prisão — incluindo falsidade ideológica e porte ilegal de arma usado para intimidar um eleitor —, segue no cargo. Presa na Itália, ainda não teve a cassação apreciada pela Câmara, embora o pedido de extradição já tenha sido feito pelo STF e aguarde decisão da Justiça italiana.
Enquanto isso, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), indiciado junto ao pai, Jair Bolsonaro, por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito no Supremo, segue livre, mesmo diante de brando processo político no jogo institucional. Mesmo após pedir para trabalhar remotamente dos Estados Unidos e acumular faltas, a Câmara apenas tenta cobrar R$ 13,9 mil de reembolso, sem discutir eventual quebra de decoro, o que inviabilizaria sua vida política, a exemplo da ação no STF. *Dois pesos, duas medidas*
Os contrastes são nítidos: Flordelis, Zambelli e Paula Belmonte — todas mulheres — enfrentam punições públicas, processos céleres e forte desgaste político. Já os parlamentares homens, mesmo diante de acusações de crimes de alta gravidade, seguem em exercício ou com punições brandas.
Essa disparidade reforça um padrão histórico de proteção institucional entre pares masculinos e a demonização de mulheres em posições de poder. As acusadas são exemplos diante de um sistema complacente aos políticos.
Muita gente sonha em alcançar sucesso, reconhecimento e prosperidade.
Isso é natural, faz parte do impulso humano de crescer.
Mas a pergunta essencial é: como garantir que, enquanto conquistamos por fora, não nos perdemos por dentro?
Manter a grandeza interior exige escolhas conscientes, disciplina moral e uma visão de vida que vá além do aplauso dos outros.
O primeiro passo é cultivar autoconhecimento.
Sócrates já dizia em sua célebre máxima gravada no Oráculo de Delfos: “Conhece-te a ti mesmo”.
Se você não entende seus próprios valores, desejos e limites, corre o risco de viver um projeto de vida que não é verdadeiramente seu, mas sim o reflexo da pressão social.
O sucesso que não dialoga com sua essência acaba se tornando peso e vazio. Outro ponto fundamental é praticar a humildade. O sociólogo Pierre Bourdieu alertava, em sua obra A Distinção, que muitas vezes buscamos status apenas para marcar diferença em relação aos outros, em vez de buscar um propósito real.
A humildade nos resgata desse jogo de vaidades, lembrando que ninguém é maior ou menor pelo que possui, mas pelo caráter que constrói diariamente. A disciplina interior também é indispensável. Marco Aurélio, em suas Meditações, repetia para si mesmo: “Você tem poder sobre sua mente, não sobre os acontecimentos externos. Compreenda isso e encontrará força.”
Essa consciência nos ajuda a lidar com as vitórias e derrotas sem perder o eixo. Manter uma rotina de reflexão, meditação ou oração pode ser o fio condutor que segura sua essência quando o mundo tenta arrastá-lo.
A compaixão e o serviço ao próximo funcionam como âncoras de autenticidade. Grandes líderes espirituais, como São Francisco de Assis, encontraram sua verdadeira grandeza justamente no desprendimento e no cuidado com os outros. E, no campo moderno, podemos citar exemplos como o de Muhammad Yunus, criador do microcrédito, que usou seu conhecimento econômico não para enriquecer apenas a si, mas para transformar comunidades inteiras. É igualmente essencial cultivar relacionamentos sinceros.
O sucesso pode atrair bajuladores, mas são os vínculos autênticos que sustentam o coração. Como bem escreveu Erich Fromm em A Arte de Amar, “a maturidade amorosa significa preservar a própria integridade e, ao mesmo tempo, estar voltado para o outro”. Em outras palavras, o amor verdadeiro — seja de amigos, família ou companheiros de jornada — é a melhor proteção contra o vazio do sucesso solitário. Por fim, nunca esqueça que o sucesso externo é transitório.
As medalhas enferrujam, as placas acumulam poeira, os holofotes se apagam. O que permanece é o que você se torna no processo. Quando grandes conquistas externas se encontram com grandeza interior, nasce uma vida de propósito, paz e legado. Portanto, a chave não é escolher entre ser grande por fora ou por dentro.
É alinhar ambos. Assim, quando os aplausos cessarem, sua alma continuará de pé, serena e forte, sabendo que conquistou não apenas o mundo, mas principalmente a si mesmo.
Para conhecermos a comunidade da Santa Bárbara contamos com um casal de empreendedores da região os queridos João e Gisele Soares da Casa do Penhascoe dos Chalés Parador do Sol.
João por mais de 14 anos tinha como fonte de renda principal uma oficina mecânica especializada Honda em Florianópolis a qual vendeu em 2024 e hoje se dedica totalmente ao ramo hoteleiro em Alfredo Wagner. Um Casal de uma simpatia ímpar, contando sobre suas vidas, sobre religião e sobre sua querida comunidade, compartilhando conosco um pouco de tudo durante nossa visita, contando minuciosamente a história do local, e você confere agora um apanhado geral dos pontos mais pertinentes.
Ao subir as ladeiras íngremes que levam a Santa Bárbara, a vegetação se tornou cada vez mais exuberante e perfumada. O ar estava repleto do canto dos pássaros e do cheiro de flores. A paisagem era de uma beleza tão impressionante que me senti pequena diante da grandiosidade da natureza.
Ao chegar em Santa Bárbara, fomos recebidos com hospitalidade por todos que encontramos. A simplicidade e a alegria das pessoas me fizeram me sentir em casa. A comunidade é pequena, mas cheia de vida e energia. Há um colhe e pague de “morangos do Xande”, que é uma das atrações locais, e como não pude resistir à tentação de colher, provar e levar pra casa aqueles morangos suculentos e doces.
O local é conhecido por sua rica história e cultura. A religião sempre foi um ponto de união entre os moradores, e uma curiosidade a primeira missa foi celebrada em 1926.
É um destino perfeito para quem busca uma experiência autêntica e acolhedora, oferece muitos pontos turísticos, incluindo a Serra da tartaruga e as pedras com o formato de soldados. Além disso, há uma infinidade de opções de chalés, Camping e ponto de alimentação Petiscaria Serra da Tartaruga, que oferecem uma vista deslumbrante da região.
Os visitantes podem desfrutar de trilhas, caminhadas, observação da natureza e de passáros e degustação de alimentos locais. A comunidade também é conhecida por suas festas e celebrações, que são sempre muito animadas.
Santa Bárbara é um destino perfeito para quem busca uma experiência autêntica e acolhedora. Com sua rica história, cultura e beleza natural, é um lugar que certamente vai deixar você com uma sensação de paz e tranquilidade. Se você está procurando por um destino que ofereça beleza natural, hospitalidade e uma experiência autêntica, Santa Bárbara é definitivamente um lugar que você deve considerar visitar.
Atualmente existe uma associação chamada “Eu amo Santa Bárbara” composta por empreendedores e moradores da região que tem como objetivo principal a melhoria da qualidade de vida dos moradores trabalhando em conjunto com a evolução do turismo regional, e há planos para construir uma quadra poliesportiva para ocupar as crianças e jovens da região.
Para fechar o passeio fomos convidados para um café da tarde com os anfitriões Daniel Baby, sua esposa e seu bebê Ravi, nas dependências da Paraiso simples Mente Feliz, que nos receberam com uma bela mesa com delícias locais.
Ao final do dia, quando o sol começou a se pôr, nos sentimos agradecidos por ter tido a oportunidade de visitar Santa Bárbara. Que é um lugar vivo e conectado com a natureza, e orgulhosa de ser uma das regiões mais belas de Alfredo Wagner, dona de um rico passado, aproveitando o tempo presente e esperançosa no futuro.
A lealdade é uma das moedas mais raras e poderosas que um ser humano pode oferecer. Ela não é uma simples simpatia, tampouco uma obrigação cega. É uma escolha de presença, confiança e compromisso. Ser generoso com sua lealdade significa ter coragem de se entregar ao outro com inteireza, sem jogar o jogo mesquinho da desconfiança antecipada. É acreditar na força dos laços, nutrir a confiança como quem rega um jardim e permitir que a reciprocidade floresça.
Mas ser implacável ao retirá-la é compreender que a lealdade não pode ser desperdiçada em solo infértil. Se o pacto é quebrado, se a confiança é traída, se o laço é corroído por mentira ou desrespeito, a lealdade deve ser recolhida sem hesitação. Hesitar é prolongar a decadência. É alimentar um vínculo que já morreu. A firmeza nesse ato não é vingança, é preservação da própria dignidade.
Na liderança, essa visão é estratégica. Líderes que oferecem lealdade verdadeira inspiram devoção e coragem em seus liderados. Mas líderes que se apegam a relações tóxicas, a alianças corrompidas ou a equipes sem integridade, perdem força, credibilidade e tempo. A sabedoria está em saber quando cultivar e quando cortar.
No campo espiritual, a lealdade é quase um sacramento. Ser leal à própria consciência, aos princípios que sustentam a vida, é permanecer em aliança com o que é mais sagrado. A traição de si mesmo é a mais destrutiva de todas. Por isso, a generosidade e a implacabilidade não se aplicam apenas ao outro, mas também a nós mesmos.
Pergunte a si: a quem e a quê você tem dado sua lealdade sem merecimento? Que alianças você mantém apenas por medo de ruptura, e não por verdade? E, mais ainda: você tem sido leal aos seus próprios valores ou já os traiu em troca de conforto e aceitação?
A lealdade é um presente quando ofertada, mas uma lâmina quando retirada. O desafio é ter clareza para saber quando ela ainda edifica — e quando ela já corrói.
Então lhe deixo a provocação: quais laços hoje sustentam sua grandeza e quais apenas aprisionam sua alma?