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domingo, agosto 17, 2025
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O fim da discussão: torne-se aquilo que admira

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Há séculos, mentes inquietas debatem sobre a virtude. Homens e mulheres se reúnem em salas iluminadas por velas ou holofotes, em academias ou redes sociais, tentando definir o que é o “bom homem”. Discute-se ética, moral, comportamento ideal, posturas que gerem admiração, equilíbrio entre firmeza e empatia, coragem e compaixão. E, no entanto, apesar do brilho dessas discussões, o mundo continua órfão de exemplos vivos.

A frase que nos guia — “Não perca mais tempo discutindo sobre o que o bom homem deveria ser. Seja agora.” — é um tapa de lucidez de Marco Aurélio, imperador e filósofo estoico. Ela carrega um imperativo seco, urgente, cortante como espada afiada: pare de falar, comece a viver.

A procrastinação moral é uma das maiores armadilhas da consciência moderna. Discutimos tanto sobre o certo, o justo, o ideal… e usamos essa reflexão infindável como desculpa para não nos tornarmos aquilo que sabemos ser necessário. Essa hesitação é um luxo que a alma não pode mais se permitir. A mediocridade mora na dúvida eterna, na busca interminável de teorias sem prática.

Ser um bom homem — ou uma boa mulher — não é um conceito acadêmico, mas uma postura visceral. É levantar da cama com a firme intenção de agir com integridade, mesmo quando ninguém está olhando. É escolher a verdade em vez da conveniência, mesmo quando dói. É proteger o fraco, mesmo quando é mais fácil calar. É liderar com presença e humildade, mesmo quando o ego grita por aplausos.

Não se trata de perfeição, mas de consistência. O mundo não precisa de heróis idealizados, mas de gente real que age de acordo com princípios. A virtude não é um ideal inalcançável — é uma disciplina cotidiana. Cada escolha, cada gesto, cada palavra se torna um tijolo no templo da nossa essência.
A espiritualidade entra aqui como o combustível invisível. Não uma religiosidade decorativa, mas uma consciência profunda de que há algo maior em jogo. Ser bom não é uma estratégia de marketing pessoal, é um pacto com a eternidade. Viver bem é morrer bem. Agir com nobreza é deixar um legado que transcende o próprio nome.

No campo da liderança, essa urgência moral é ainda mais vital. Um líder que espera condições ideais para ser justo, nunca liderará de fato. A influência verdadeira nasce da coerência entre discurso e ação. Os liderados não precisam de discursos inflamados, mas de exemplos consistentes. A retórica inspira momentaneamente; o exemplo transforma silenciosamente.

Essa reflexão, portanto, é um chamado à decisão. Você está esperando o quê? Um diploma ético? A validação de um guru? A aprovação de um coletivo? Nada disso é necessário. A virtude é uma decisão solitária e irrevogável. Você a encarna ou não.

E mais: a figura do “bom homem” não é um molde externo a ser copiado, mas um potencial interno a ser ativado. Você já sabe o que precisa fazer. A única coisa que te impede é o medo de se comprometer plenamente com o que é certo.

Então levante-se. Ajuste sua coluna. Olhe nos olhos do dia de hoje e declare: “Aqui estou. Não como quem fala sobre o bem, mas como quem o encarna.”

A vida é breve. O tempo corre. E cada minuto que você passa discutindo o ideal, é um minuto que você não viveu com plenitude.

Agora, a provocação final:

Se você morresse hoje, poderia dizer com honestidade que viveu como o tipo de pessoa que você mesmo admira? Ou ainda está esperando por permissão para começar a ser quem você nasceu para ser?

O Pior medo: passar pela vida sem ter vivido

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Vivemos cercados por uma sociedade que teme a morte como se ela fosse o maior mal, o fim trágico de todas as coisas. Mas Marco Aurélio, imperador e filósofo estóico, nos provoca com uma verdade muito mais penetrante: “Não é a morte que um homem deve temer. Mas ele deve temer nunca começar a viver.” Essa frase, longe de ser apenas uma máxima bonita, é um chamado à lucidez. Uma advertência cortante. Um espelho incômodo para todos que sobrevivem no automático, sem jamais encarar a existência com presença, propósito e plenitude.

Temer a morte é fácil. É quase instintivo. Ela nos lembra de nossa finitude, nos arranca a ilusão de controle e expõe a fragilidade do ego. Mas há um temor muito mais paralisante — o de nunca despertar para a vida que está diante de nós, esperando ser vivida com coragem. Muitos respiram, produzem, consomem e acumulam… mas não vivem. Não enfrentam o próprio vazio, não se engajam em algo que transcenda seus desejos imediatos, não ousam amar profundamente, servir com entrega, criar com alma, escolher com verdade.

Começar a viver não é um evento biológico, é uma decisão existencial. É quando você rompe com a inércia da superficialidade e entra na arena da autenticidade. É quando para de terceirizar suas escolhas, de se anestesiar com distrações e de evitar os conflitos internos que pedem transformação. Viver é confrontar-se. É se comprometer com algo maior que a sua zona de conforto. É aprender a perder, a falhar, a recomeçar — porque tudo isso é parte de um caminho real, cheio de significado, e não apenas de segurança.
Na liderança, isso se traduz na diferença entre comandar e inspirar. Muitos chefiam, poucos lideram de verdade. Liderar é estar vivo no propósito. É não apenas reagir ao caos, mas gerar direção. É carregar uma visão tão ardente que ela contagia, incomoda e mobiliza. Líderes que vivem de fato não buscam apenas performance — eles buscam impacto. Eles perguntam: “Essa decisão aproxima meu time da nossa missão ou apenas me protege da crítica?” Eles não se satisfazem com metas, eles querem legado.

Na comunicação, viver é sair da fala mecânica e entrar na expressão autêntica. É dizer o que precisa ser dito, mesmo que doa, mesmo que arrisque o afeto. É ouvir o outro com atenção e presença, sem já preparar a resposta. É abrir espaço para o silêncio fecundo, onde a alma se manifesta.

Na estratégia pessoal, começar a viver significa alinhar suas ações com seus valores. É quando você para de viver no modo reativo — pulando de urgência em urgência — e começa a viver com intencionalidade. É quando você olha para sua agenda e se pergunta: “Isso reflete quem eu sou ou apenas me faz parecer ocupado?” É parar de adiar o essencial em nome do conveniente.

Espiritualmente, começar a viver é acordar para a verdade de que você não é apenas um corpo que envelhece, mas uma consciência que pode se expandir. É abandonar a ilusão de que tudo está sob seu controle e se entregar a algo maior — seja Deus, o Mistério, o Cosmos ou o Silêncio interior. É render-se não como quem desiste, mas como quem finalmente se alinha. É viver como se cada ato fosse uma prece e cada escolha uma oferenda.

Mental e emocionalmente, viver de verdade é se permitir sentir — e não apenas funcionar. É não fugir da dor, mas decifrá-la. Não evitar o medo, mas escutá-lo. É cultivar relacionamentos que desafiem sua superficialidade, que exijam vulnerabilidade, que ensinem amor real — aquele que cura e também confronta.

Este pensamento de Marco Aurélio nos obriga a uma ruptura. Uma cisão interna entre o “eu” que sobrevive e o “eu” que quer viver. Não há mais espaço para meio-termo. Ou você vive com propósito, ou você repete padrões. Ou você se engaja com sua missão, ou você gira em círculos. Ou você cresce, ou você se consome em distrações. A escolha está sempre acontecendo, mesmo no silêncio.

Por isso, hoje, olhe para sua vida com a coragem de quem vai à guerra pela própria alma. Pergunte-se: estou realmente vivendo ou apenas cumprindo tarefas? O que eu estou adiando por medo de parecer tolo, inadequado ou fracassado? Qual conversa precisa acontecer? Qual verdade preciso assumir? Qual passo — ainda que pequeno — pode me reconectar com minha essência?

E se você morrer amanhã — terá realmente vivido?

Viva com sentido. Pense com profundidade. Decida com coragem. Suba com propósito.

Agora, encare a pergunta que não cala:

O que em sua vida parece vivo, mas já está morto — e o que está esperando em silêncio para finalmente nascer?

A morte que já vivemos

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Esse é o nosso grande erro: pensar que nos angustiamos pela morte que virá. A maior parte da morte já veio e já se foi. O tempo que passou pertence à morte. Há uma ilusão persistente, quase cínica, em crer que a morte é um evento futuro. Como se ela estivesse marcada no calendário, esperando sua hora, enquanto vivemos livres de sua presença. Mas a verdade mais aguda e inquietante é que a morte não é apenas aquilo que um dia virá — ela é tudo aquilo que já se foi.
Cada segundo desperdiçado, cada amor não vivido, cada gesto que calamos por medo, cada caminho que não tomamos por comodidade… tudo isso é morte em sua forma mais sutil e silenciosa. Não como o corte súbito de um fim, mas como uma erosão contínua do que poderíamos ter sido. A morte futura assusta, sim. Mas é a morte do passado — a parte da vida que perdemos por desatenção ou covardia — que mais nos condena.

Seneca nos alertava: “Não é que temos pouco tempo de vida, mas que desperdiçamos muito.” A morte já está em nós — nas manhãs em que esquecemos de agradecer, nas palavras que deixamos de dizer, nas ideias que não ousamos tirar da gaveta, nos silêncios onde deveríamos ter nos erguido. A cada noite que dormimos sem refletir, sem amar, sem decidir com coragem, uma parte de nós morre — e esse pedaço não volta mais.

Essa reflexão exige uma virada profunda na forma como vivemos o presente. Se o tempo passado já pertence à morte, então o tempo presente é tudo o que temos. E ele é fugaz, escorregadio, impiedosamente breve. A vida, portanto, não deve ser protegida da morte futura, mas resgatada da morte passada. Não se trata de adiar o fim, mas de impedir que a morte continue avançando em vida, disfarçada de distração, procrastinação e mediocridade.

Para o líder, essa consciência é urgente. Não basta alcançar metas e sustentar aparências. A pergunta real é: o que em você ainda está vivo? Quais ideias ainda pulsam? Quais relações ainda ardem? Quais decisões esperam por sua coragem? Um líder que vive apenas no ontem ou no amanhã é um morto que fala — e seu legado será o eco vazio de um nome que não soube se entregar ao agora.
Espiritualmente, essa é uma convocação para o despertar. Muitos buscam a iluminação como fuga da dor, mas ela é, antes, uma aceitação radical da realidade. E a realidade é esta: você já morreu muitas vezes. Em cada escolha que adiou, em cada verdade que negou, em cada momento que tratou como banal. Renascer espiritualmente não é repetir mantras ou seguir fórmulas: é reverter esse processo de morte lenta com presença intensa. É acordar para si mesmo como quem acorda de um coma existencial.

Emocionalmente, esse insight pode doer — mas cura. Cura porque nos liberta da ansiedade de querer controlar o fim. Cura porque nos chama de volta à vida que ainda pulsa, ao tempo que ainda resta. Cura porque nos confronta com a única pergunta que importa: como posso viver de modo que o hoje não pertença à morte, mas à eternidade?

Como ponto de decisão, esse pensamento exige ruptura. É tempo de revisar rotinas, relações, prioridades. É tempo de desenterrar paixões esquecidas, reconstruir pontes quebradas, parar de adiar o que já clama por nascimento. A vida não nos deve nada — somos nós que devemos a ela um sentido. Um propósito. Uma presença.

E por fim, deixo-lhe perguntas que não podem ser respondidas com pressa:

Quais partes de você já estão mortas — e você ainda não teve coragem de enterrar?

Que horas do seu dia pertencem à vida — e quais pertencem à morte?

O que você ainda não fez por medo de morrer, sem perceber que, ao adiar, você já está morrendo?

E se a única forma de vencer a morte fosse viver de modo que o tempo não se perdesse, mas se tornasse eterno?

Viva com sentido. Pense com profundidade. Decida com coragem. Suba com propósito.

A tecnologia e ciência unidas para enfrentar o clima seco do DF com soluções para a pele

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Produtos desenvolvidos com ativos inovadores, como exossomos e sistemas multiprotetores, aliam hidratação, regeneração e ação anti-idade. 

Atenta a esse cenário e às demandas dos brasilienses, a Farmacotécnica, farmácia de manipulação com mais de 30 anos de atuação na capital, desenvolveu uma linha de produtos pensada especialmente para o clima da região, com foco em hidratação potente, prevenção ao envelhecimento precoce e regeneração da pele. “A hidratação é a primeira linha de defesa da nossa pele, que é o maior órgão do corpo humano. O manto hidrolipídico, uma mistura natural de água e óleo, funciona como um escudo. Em períodos de seca, esse equilíbrio é comprometido, e o uso de dermocosméticos adequados faz toda a diferença”, explica Leandra Sá, coordenadora farmacêutica da Farmacotécnica.

Entre os destaques da linha, três produtos se complementam e atendem a diferentes necessidades: o RLMT2, carro-chefe da marca com fórmula desenvolvida especialmente para o DF; a Aqua Mask, máscara facial noturna com hidratação intensa; e o Hidratante Facial com Exossomos, voltado para uso diário com ação anti-inflamatória e clareadora.

O RLMT2 se consolidou como um dos hidratantes mais procurados da farmácia. De uso corporal, sua fórmula contém um sistema multiprotetor progressivo com glicerina, extrato de girassol, silicones, trigo hidrolisado e o Complexo AMC, que reúne substâncias como ureia, ácido hialurônico e PCA-Na, garantindo hidratação por até 24 horas. “A linha RLMT2 nasceu da necessidade de atender um público que sofria muito com os efeitos do clima seco. A ideia era criar um produto eficaz, confortável e acessível para o uso contínuo. “Ele foi formulado com a cara de Brasília: resistente, prático e com resultados comprovados clinicamente”, explica a fundadora e idealizadora da fórmula, Romelita Tokarski.

Já a Aqua Mask Noturna é uma máscara facial de uso alternado (2 a 3 vezes por semana), indicada para quem busca um efeito hidratante profundo e ação anti-idade. A fórmula contém o complexo Overnight Repair, que atua sobre o ciclo circadiano da pele, estimula a renovação celular e combate os sinais do envelhecimento. Outro ingrediente-chave, o Ascorbosilane C, uniformiza o tom da pele com ação despigmentante.

Para o dia a dia, a recomendação é o Hidratante Facial com Exossomos, que promove hidratação biomimética e regeneração da pele com tecnologia baseada em fermentação microbiana. “Utilizamos o Lactossome 55, um exossomo derivado do kimchi com efeito anti-inflamatório, clareador e cicatrizante. É um produto leve, bem absorvido, indicado para todos os tipos de pele, inclusive as sensíveis”, detalha Leandra.

Os três produtos podem ser usados em sinergia na mesma rotina de skincare. A Aqua Mask atua de forma intensiva, enquanto o hidratante facial e o RLMT2 são voltados para o uso contínuo, o primeiro para o rosto e o segundo para o corpo. “A combinação das fórmulas proporciona hidratação profunda e proteção completa, com ativos que agem tanto na superfície quanto nas camadas mais profundas da pele”, reforça Romelita.

A linha é indicada para homens e mulheres a partir dos 25 anos, sem contraindicações, desde que acompanhada do uso regular de protetor solar durante o dia.

Sobre a Farmacotécnica – Prestes a completar 50 anos de atuação, a Farmacotécnica é a primeira farmácia de manipulação do Distrito Federal e uma das pioneiras no Brasil. Com uma trajetória marcada pela tradição e pelo compromisso com a saúde, a rede se destaca pela combinação entre inovação e conhecimento técnico, oferecendo soluções personalizadas e eficazes para o bem-estar de seus clientes. Com sete lojas no DF, a Farmacotécnica mantém um rigoroso padrão de qualidade e segurança em todos os processos, reforçando sua liderança no setor magistral. A constante dedicação à pesquisa e ao desenvolvimento garante à empresa o acesso às tecnologias mais modernas do mercado farmacêutico, sempre com foco na confiança e nos resultados que cada fórmula precisa entregar.

Livraria Leitura inaugura 128ª unidade no DF Plaza Shopping, em Águas Claras

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Reforçando seu compromisso com a democratização do acesso à cultura, ao conhecimento e ao entretenimento, a Livraria Leitura inaugura, no dia 15 de agosto, sua 12,8ª unidade no país. A nova loja ocupa 280,53 m² no DF Plaza Shopping, principal centro de compras e lazer da região de Águas Claras, bairro que mais cresce no Distrito Federal e que até então não contava com uma livraria.

“Estamos chegando a Águas Claras com o nosso mix completo. Isso significa que a nova loja oferece livros, artigos de papelaria, presentes, jogos, itens de informática e uma área voltada ao universo geek. Queremos que essa livraria seja referência para a comunidade local, preenchendo uma lacuna importante na região”, afirma Leandro Teles, sócio da rede Leitura.

Presente há mais de 25 anos no Distrito Federal, a Leitura amplia sua atuação no mercado local com o novo ponto. “Essa inauguração fortalece ainda mais a nossa presença no DF, onde temos uma trajetória de sucesso. Trazer uma livraria completa para um bairro em plena expansão é também uma maneira de contribuir para a formação cultural e intelectual da população”, complementa Leandro.

Localizado em Águas Claras, o DF Plaza Shopping foi inaugurado em 2017 com a proposta de unir compras, lazer e gastronomia em um ambiente moderno, com áreas a céu aberto e paisagismo. O centro comercial reúne grifes, serviços e atrações como o Play Games para as crianças, além de uma ampla área gastronômica.

A nova unidade da Leitura contará ainda com espaços especiais para leitura, eventos culturais e sessões de autógrafos, reforçando a proposta de ser um ambiente de convivência e descoberta.

“Nosso portfólio inclui mais de 100 mil itens, e queremos que a loja seja um ponto de encontro para quem valoriza cultura, educação e boas experiências”, finaliza o empresário.

Atualmente, a Leitura, que completou 58 anos de sucesso, investe na capacitação dos colaboradores por meio de treinamentos regulares, garantindo o constante aprimoramento profissional e excelência no atendimento. E se consolidou como a maior rede de livrarias do país, com 127 lojas espalhadas por 24 estados e mais de 2.600 colaboradores.

A marca oferece uma ampla gama de produtos culturais e de entretenimento, tanto no varejo físico quanto no e-commerce. No último ano, a rede registrou um crescimento expressivo nas vendas, com mais de 11 milhões de exemplares vendidos e já caminha para um número ainda maior de vendas neste ano.

O presente: a dádiva que ignoramos

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Vivemos aprisionados entre dois fantasmas: o que foi e o que será. O passado, com suas glórias ou cicatrizes, muitas vezes nos paralisa; o futuro, com suas promessas ou ameaças, nos distrai e angustia. Entre esses dois extremos, esquecemos o único ponto onde a vida efetivamente acontece: o agora. A frase que inspira esta reflexão — “Ontem é o passado, amanhã é o futuro, mas hoje é uma dádiva. É por isso que é chamado de presente.” — nos convoca a um retorno radical à presença, um gesto revolucionário em uma era dominada pela ansiedade e pela nostalgia.
O ser humano é, por definição, um ser projetado: vive tensionado para frente, desejando, planejando, sonhando. Mas esse movimento só é fértil quando enraizado no presente. Sem esse chão, nossa existência se torna uma fuga, uma permanente postergação de si mesmo. O presente é, portanto, a única arena possível para a transformação, o único campo onde se trava a batalha entre o que somos e o que podemos vir a ser. Ignorá-lo é como um guerreiro que, estando no campo de combate, escolhe olhar apenas para mapas antigos ou sonhos de vitórias futuras, esquecendo-se de que sua espada só pode ser erguida agora.

A liderança verdadeira nasce dessa consciência do presente. Um líder que vive prisioneiro do passado, seja ele feito de vitórias ou traumas, não lidera: arrasta correntes. Um líder que vive apenas para o futuro, atolado em metas, KPIs e planejamentos intermináveis, também não lidera: projeta fantasmas. Liderar — a si mesmo e aos outros — é ser capaz de olhar para o presente com lucidez, coragem e gratidão, reconhecendo que, apesar das limitações, este é o único material de construção disponível.
No plano espiritual, essa frase é um convite à contemplação. O presente é um mistério, uma dádiva que não pode ser comprada nem acumulada. É efêmero e, justamente por isso, precioso. Cultivar a presença é um ato de amor e reverência à vida. Jesus, ao dizer “não vos preocupeis com o dia de amanhã”, e os estoicos, ao afirmarem que “o presente é o único bem que realmente possuímos”, convergem na mesma direção: viver bem o agora é a suprema sabedoria.

Mental e emocionalmente, o cultivo do presente é o antídoto mais eficaz contra dois venenos que corroem nossa força: o arrependimento e a ansiedade. O primeiro nos prende ao que não pode mais ser mudado; o segundo nos amarra a um futuro que não pode ser controlado. Ambos são expressões de uma mente indisciplinada, incapaz de reconhecer que sua verdadeira potência está em agir, decidir e sentir no tempo presente.

Mas aplicar essa verdade exige ruptura. Não basta compreender intelectualmente que o presente é uma dádiva; é preciso viver de acordo com esse entendimento. Isso pode significar mudar padrões de comportamento, abandonar o vício da procrastinação, romper com a dependência da validação futura, ou simplesmente aprender a respirar conscientemente, percebendo o milagre da existência em sua manifestação mais simples: este instante.

Esta reflexão é, portanto, um chamado à ação. Quem quer evoluir precisa aprender a habitar plenamente o presente, com todos os seus riscos e possibilidades. Isso não significa desprezar o passado ou ignorar o futuro, mas colocá-los em seu devido lugar: como conselheiros, não como senhores.

Diante disso, proponho algumas perguntas que podem ser chaves para sua jornada:

O que em minha vida eu estou adiando para um “futuro ideal”, enquanto o presente clama por ação?

Quais fantasmas do passado ainda ocupam espaço indevido na minha mente, roubando minha energia vital?

O que, neste exato momento, merece minha presença plena, mas tem sido negligenciado por distrações ou medos?

Como posso transformar minha rotina para ser mais consciente do presente, em vez de viver no piloto automático?

Qual seria o impacto em minha liderança e em meus relacionamentos se eu aprendesse a honrar mais o agora?

Lembre-se: a vida não acontece quando “tudo estiver pronto”, nem quando “os erros forem todos superados”. Ela acontece agora, nesta respiração, nesta decisão, neste encontro.

Viva com sentido. Pense com profundidade. Decida com coragem. Suba com propósito.

E então, você está disposto a assumir o presente como o território sagrado onde sua vida realmente se manifesta?