19.5 C
Brasília
quinta-feira, novembro 21, 2024

Cerca de 8 milhões de pessoas no mundo morrem pelo uso de tabaco

Date:

Share post:

Cerca de 8 milhões de pessoas no mundo morrem pelo uso de tabaco
Além de doenças pulmonares, a substância é prejudicial ao coração 
Celebrado em 31 de maio, o Dia Mundial Sem Tabaco foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de alertar sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo. Na data, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e demais Estados se reúnem e executam campanhas de alerta para toda a população.

De acordo com a OMS, 8 milhões de pessoas morrem anualmente pelo tabagismo; destas, 1,2 milhões são vítimas de fumo passivo. O uso de tabaco é associado a diversos tipos de câncer, além de causar problemas pulmonares e ser também um dos maiores inimigos para a saúde do coração.

Conforme pontua o cardiologista hemodinamicista do Instituto do Coração de Taguatinga (ICTCor), Evandro Osterne, as consequências e ações negativas do tabaco na saúde são de conhecimento público. Contudo, na parte cardiovascular, o uso da substância pode diminuir a produção do óxido nítrico, que é uma substância protetora tanto para os vasos sanguíneos quanto para o coração.

“A substância encontrada nos derivados do tabaco, age diretamente no aumento da contração dos vasos sanguíneos, o que acelera a frequência cardíaca e aumenta a pressão arterial. É importante ressaltar que alguns efeitos do fumo no organismo são irreversíveis. Quem faz uso do cigarro, por exemplo, pode vir a ter além das doenças pulmonares, as cardiovasculares como o Infarto Agudo do Miocárdio; Acidente Vascular Cerebral (AVC); Arritmias Cardíacas, entre outras”, explica.

Tratamento Multidisciplinar é um caminho

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que o tabagismo deve ser considerado uma pandemia, ou seja, uma epidemia generalizada, e como tal precisa ser combatida. Contudo, o cardiologista Evandro Osterne lembra que parar de fumar sozinho não é tarefa fácil porque o cigarro causa tanto a dependência química quanto a psicológica. Nesse sentido, estudos apontam que a abordagem multidisciplinar com os pacientes que buscam abandonar o vício é o método mais eficiente. O profissional defende a prática e diz que é fundamental o apoio diversificado em todo o tratamento.

“O fator psicológico tem grande peso na resolução do problema. Neste sentido e tendo em vista o momento atual, o coronavírus adicionou com certeza bastante dificuldade ao equilíbrio emocional das pessoas, fator fundamental para a decisão de parar de fumar e manutenção desta atitude pois a solidão pesa bastante no isolamento social, quase sempre necessário”, lembra o cardiologista.

Por este motivo, o acolhimento familiar e o atendimento multidisciplinar, seja ele presencial ou não, adquirem importância fundamental. Para a psicóloga, também do corpo clínico do ICTCor, Marianna Cruz, o tratamento multidisciplinar segue uma estratégia que visa atender de forma simultânea, ou seja, o paciente segue as orientações de cada profissional para atender às diversas demandas em todos os aspectos do ser humano.

Nesse tipo de tratamento é muito comum, e necessário, que o paciente seja acompanhado por diversos profissionais, de diversas especialidades, para o próprio paciente criar uma rede de apoio social para seu tratamento. A psicóloga esclarece que além da importância do acolhimento dessas pessoas que buscam ajuda, o desenvolver do tratamento depende também da sua abertura para receber o que cada abordagem tem a agregar no tratamento contra o tabagismo, e principalmente, o paciente precisa se responsabilizar por todo o processo.

“Todas as áreas possuem sua contribuição, e podem trazer diversos benefícios, contudo, o mais importante em todo esse processo é o sentido que o paciente dá para esse desafio que ele estabelece para ele mesmo”, pontua a profissional.

Marianna alerta que é preciso ter cautela para não fazer julgamentos e generalizar aspectos subjetivos do ser humano, no entanto, todo momento de grandes mudanças e desafios exigem uma demanda emocional de conexão pessoal e administração das emoções. Para a psicóloga, o isolamento social se reflete de formas diferentes nas pessoas. Há quem aproveite o momento para focar no autocuidado, seja com exercícios físicos, atenção à alimentação, estudos, cuidado com a espiritualidade e investimento na saúde emocional, enquanto outras pessoas focam em momentos de lazer e relaxamento, muitas vezes acompanhados por hábitos nocivos, com o objetivo de esquecer os problemas e preocupações. De acordo com Marianna Cruz, o mais importante é estar atento e consciente com os reais objetivos de vida para que as escolhas sejam coerentes.<br!></br!>
“Cultivar hábitos de autocuidado, em diversos aspectos do ser humano, é essencial nesse processo, inclusive de fortalecimento emocional. Contudo, a pessoa precisa compreender que ter uma ajuda profissional pode vir a ser necessária, principalmente em casos em que a pessoa não consegue ter esta autogestão sozinha. É fundamental que as pessoas também busquem e invistam em seu desenvolvimento pessoal, o que engloba a satisfação em seus relacionamentos interpessoais, autoconhecimento, autoestima, e a melhoria da administração das suas emoções. Por isso, principalmente neste momento em que vivemos de pandemia, a psicoterapia é extremamente indicada”, destaca.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Eixo Monumental

publicidade

Related articles

Saideira Studiozin

Após quatro anos promovendo um espaço criativo e acolhedor para todas as idades, o Studiozin se despede do...

Fogo de Chão e Label Rouge

Parceria garante ovos caipiras de qualidade e compromisso com sustentabilidadeCom o auxílio e consultoria da ONG Fórum Animal,...

Qual a relação entre saúde mental e qualidade de vida?

A saúde mental e a qualidade de vida estão intimamente conectadas e se influenciam mutuamente. O que fazemos...