20.5 C
Brasília
domingo, maio 12, 2024

DF se prepara para enfrentar a dengue no período chuvoso

Date:

Share post:

Cada um pode fazer a sua parte no combate ao mosquito Aedes aegypti

Para manter a queda do número de casos no DF, a Diretoria de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal conta hoje com 458 profissionais envolvidos diretamente nas ações preventivas | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde

A chegada das chuvas no mês de outubro é a oportunidade que o mosquito Aedes aegypti tem para se proliferar. Mas se cada um fizer a sua parte evitando o acúmulo de água em recipientes que servem como criadouros, será possível combater o agente causador da dengue e evitar uma possível alta nos casos.

A água acumulada permite a eclosão de ovos de Aedes aegypti depositados no local até um ano antes. Para manter a queda do número de casos no DF, a Diretoria de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde do Distrito Federal conta hoje com 458 profissionais envolvidos diretamente nas ações preventivas.

“A gente trabalha promovendo a saúde para a população”, resume Michelle Peçanha. Ela é chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental de Planaltina e diariamente coordena atividades de prevenção. A cada 15 dias, as equipes fazem vistorias em locais como ferros-velhos, quintais ou onde há acúmulo de lixo. Se necessário, é feita a aplicação de produtos químicos de maneira estratégica: ao invés do fumacê, que é dispersado pelo vento, os agentes de vigilância ambiental aplicam um produto líquido capaz de impregnar nas superfícies e garantir proteção por até 30 dias.

População deve fazer sua parte

As ações educativas também fazem parte da rotina dos núcleos de vigilância ambiental. Moradores são orientados a se desfazer de material que deveria estar no lixo, bem como a adotar os cuidados já conhecidos para combater a proliferação do Aedes aegypti, com o fim de pontos onde pode haver acúmulo de água, como em depósitos de água, vasos de plantas, garrafas, latas, baldes, pneus, etc.

Neste ponto, ressalta Michelle Peçanha, é fundamental contar com o apoio da população. “Por mais que às vezes a gente não consiga convencer um morador, a gente está fazendo, está buscando fazer o melhor”, diz.

De acordo com o diretor de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde, Jadir Costa Filho, a prevenção é o maior objetivo neste momento. “Com o número da infestação de mosquitos reduzidas abaixo de um por cento, a transmissibilidade dos vírus cai drasticamente, diminuindo os possíveis atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde e as internações na rede de saúde do Distrito Federal”, explica. O servidor lembra ainda que o trabalho ajuda a combater a dengue e outras doenças chamadas de arboviroses, como zika, chikungunya e febre amarela.

Outras estratégias têm sido adotadas. Entre elas estão as armadilhas, feitas para capturar tanto mosquitos quanto larvas e ovos. Já o fumacê é usado em locais com a confirmação de casos positivos e investigados. “No nosso plano de contingências, as ações no controle e combate ao mosquito são executadas conforme planejamentos e demandas oriundas das Notificações Compulsórias, mas também atendemos solicitações, denúncias feitas pela população do Distrito Federal”, conta o diretor. Neste caso, o canal à disposição é o Disque-Saúde, no telefone 160.

Saúde vai abrir seleção para 1,5 mil novos agentes

As ações de prevenção têm tido resultado. O boletim epidemiológico da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, divulgado nesta sexta-feira (1º/10), mostra que ao longo de 2021 houve uma queda de 72,5% do número de casos prováveis de residentes do DF, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Até o momento, foram 12.362 casos prováveis, contra 44.957 em 2020.

Em 2021, Planaltina foi a única Região Administrativa a registrar aumento no número de casos prováveis, de 2.363 para 3.054, uma alta de 28,3%. Por outro lado, as maiores reduções ocorreram no Gama e em Santa Maria, com 96,9% e 96,1%, respectivamente.

A incidência é maior em Sobradinho, com 1.861,87 casos por 100 mil habitantes; Planaltina com 1.528,41 casos por 100 mil habitantes; e Sobradinho II, com 1.042,37 casos por 100 mil habitantes. As menores incidências estão no Riacho Fundo II (83,32 casos acumulados por 100 mil habitantes), Gama (103,70) e Park Way (104,09).

Também houve redução no número de óbitos. Em 2020, foram 43. Em 2021, até o momento, são dez casos. Os dados foram atualizados no dia 23 de setembro.

* Com informações da Secretaria de Saúde

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

publicidade

Related articles

Presenteie com amor, presenteie com bem-estar!

Além de ser referência durante toda a nossa vida, a mãe garante a segurança emocional e os cuidados...

CNI e FIERGS propõem medidas para facilitar o comércio exterior e acelerar ajuda à população do RS

RS tem segunda maior concentração de empresas exportadoras do país. Medidas são emergenciais e temporárias, focadas em garantir...

Em meio à tragédia no RS, a necessidade de alimentos para quem possui restrições alimentares

Campanhas de arrecadação têm mobilizado donativos para atender quem não pode comer produtos com glúten ou lactose Em meio...

Academia Brasileira de Cinema lança vídeo com narração de Lázaro Ramos para arrecadar doações para o Rio Grande do Sul

Lázaro Ramos em "O Homem Que Copiava" (2003), longa dirigido pelo gaúcho Jorge Furtado e filmado no Rio...