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quinta-feira, abril 18, 2024

Leila Barros , chega a segundo lugar e mostra que está no jogo .

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61Brasilia- Quem é Leila do Vôlei?

Sou filha de dois cearenses, Dona Francisca e Seu Francisco. Uma dona de casa e um mecânico. Sou esposa do Emmanuel, mãe do Lukas e madrasta do Mateus. Nasci e cresci em Taguatinga. Conheço muito bem essa terra. Estudei em escola pública e foi quando tive o meu primeiro contato com o esporte. E foi no esporte em que aprendi que para alcançar excelência não existem atalhos. É trabalho, foco, disciplina e vontade de querer realizar. E a minha vontade é fazer mais por Brasília. Ser a primeira governadora eleita. Assim como fiz parte da primeira geração medalhista do vôlei feminino; fui a primeira secretária do esporte e lazer do Distrito Federal; e fui eleita a primeira senadora pelo DF. Agora, eu quero ser, sim, a primeira governadora em gratidão a essa terra da qual eu sou filha.

61Brasilia- Como a jogadora de Vôlei pensou ser gestora e política?

Nas quadras, aprendi a importância do trabalho em equipe e que não é possível realizar nada sozinha. O esporte me trouxe a capacidade de lidar com as diferenças, uma habilidade que eu levei ao Senado Federal e com o diálogo pude mediar diversas ocasiões. Acredito muito no diálogo. Participei de projetos sociais e foi quando despertou em mim esse desejo de fazer mais pelas pessoas. Estive na pasta do esporte pelo DF e, assim como quando jogava, passei a aprender mais e mais a cada dia. Me sinto preparada. Me sinto pronta para ser governadora.

61Brasilia- E como foi eleita senadora?

Fui a primeira mulher eleita ao Senado Federal pelo DF em 2018 e a mais votada com mais de 467 mil votos. Na oportunidade, baseei minha campanha em oito pilares. Primeiro foi o esporte como eixo estruturante do bem-estar social. Também coloquei entre as prioridades a defesa dos direitos das mulheres; enxergar a educação como instrumento de transformação; a saúde com foco na prevenção; a defesa dos valores humanitários, da acessibilidade, da mobilidade urbana e do desenvolvimento sustentável.

61Brasilia- Como foi a sua atuação no Senado Federal?

Estive no cargo de Procuradora da Mulher e fui vice-presidente da Comissão de Educação. Nesses quatro anos,contribuí diretamente para 15 leis já sancionadas pelo Presidente da República. Em 12, fui relatora direta e três são de minha autoria. Uma delas que é a Lei do Stalkingque tipifica como crime a perseguição física ou on-line. Também fui autora da Política Nacional de Segurança das Barragens, que garante direitos a famílias atingidas por desastres como o de Brumadinho e Mariana. Além disso, foi um mandato econômico. Abri mão de diversos benefícios como imóvel funcional, auxílio-moradia, auxílio-mudança, passaporte diplomático, verba de gabinete, verba para transporte aéreo e, também, da aposentadoria especial dos parlamentares.

61Brasilia- A Lei do Stalking foi um projeto da senhora?

Sim, é a lei 14.132/21. Entrou em vigor em 31 de março de 2021. Eu tinha o compromisso de garantir os direitos das mulheres. O Brasil é o 5º país com mais homicídios de mulheres. Em comparação com países desenvolvidos os números são alarmantes. Aqui se mata 48 vezes mais mulheres do que no Reino Unido, por exemplo. E a gente sabe que tudo começa com a perseguição. Então elaboramos essa lei para tipificar como crime de perseguição física ou on-line contra mulheres. Mais de 27 mil mulheres denunciaram ser vítimas de Stalking apenas em 2021.

61Brasilia- E como surgiu a ideia de concorrer para o GDF?

Não sou de ficar em zona de conforto, senti que a população estava sofrendo e, quem pudesse se apresentar para ajudar, deveria fazer isso. Por isso, coloquei minha candidatura. Quando ando pelas regiões do DF, vejo um povo abandonado. Vejo as pessoas sofrendo em filas da saúde. Vejo as pessoas passando fome. Vejo as pessoas sofrendo em ônibus lotados. Vejo um povo que quer trabalhar e não tem emprego. Vejo crianças fora da escola. O povo está sofrendo e isso me corta o coração. Eu sou filha do DF e não posso me conformar com o que está acontecendo. Quero ser governadora para priorizar essas pessoas. Comigo, as pessoas estarão em primeiro lugar.

61Brasilia- Quais são as suas propostas para a mobilidade?

Este é o serviço público pior avaliado pela população. Isso acontece porque os governos anteriores não priorizaram o transporte de massa. Quero investir no metrô, expandir para Santa Maria e Gama; da Ceilândia até o Pôr do Sol;de Samambaia até o final da cidade. Quero expandir o metrô até o fim da Asa Norte e fazer uma conexão com um monotrilho para Sobradinho e Planaltina. Iremos fazer a linha de VLT do Aeroporto para W3 Sul/Norte, L2 Sul/Norte. Além disso, vamos integrar os bilhetes VLT com o Metrô e os ônibus. Um bilhete único de verdade.

61Brasilia- E o que acha da saúde na cidade?

Não é à toa que a Saúde aparece no topo das preocupações da população do DF. Vamos ampliar o Programa Saúde da Família e construir o Hospital do Pôr do Sol e Sol Nascente para desafogar o HRT. Vamos reformar ampliar a rede física de Saúde no Guará e construir o Hospital de São Sebastião. Precisamos contratar pessoal, formar parcerias com a rede privada, realizar mutirões e, assim, zerar as filas das cirurgias e dar mais dignidade às pessoas. Também quero lançar o “Programa Farmácia Garantida”para assegurar medicamentos especiais e absorventes.

61Brasilia- Como a senhora planeja contornar o déficit educacional causado pela pandemia?

Essa é uma de minhas prioridades no plano de governo. Em 2020, 28 mil crianças não tiveram acesso à escola. Em 2021, o número de matrículas caiu mais de 12% no ensino público. A gente sabe que isso está muito ligado à pandemia da Covid-19. Muitas crianças e adolescentes precisaram largar os estudos para ajudar na renda familiar. Outras tantas, não tinham acesso a computador ou celular. As famílias, com renda apertada para pagar aluguel e comprar comida, não conseguiam contratar internet para as aulas on-line. Nós vamos focar na busca ativa. Ir atrás dessas crianças por meio dos dados cadastrais. Precisamos levar esses jovens de volta à sala de aula. A educação é um instrumento de transformação indispensável e as crianças precisam manter a esperança.

61Brasilia- Quais são suas propostas para transformar o DF em uma cidade 5.0?

O Distrito Federal cumpre vários requisitos para isso. O cenário é favorável. Há um mercado consumidor qualificado e uma renda per capita alta. Hoje estamos em 7º lugar no número de startups. Há ainda uma série de aceleradoras e incubadoras. O que precisamos é fornecercondições para que esses empreendedores fiquem aqui. Que os investidores enxerguem esse potencial aqui. Além disso, vamos ampliar os nossos parques tecnológicos. Queremos criar polos tecnológicos em integração ao Biotic e desenvolver o ecossistema de startups na W3 Sul e no centro de Taguatinga.

61Brasilia – Quais as suas propostas para o desenvolvimento econômico no DF e na RIDE?

Vamos estabelecer uma relação mais próxima. Uma relação de cooperação e diálogo. Fortalecer a cadeia do algodão e do couro, pois temos tecnologia para isso. Vamos agregar a tecnologia para aumentar a produtividade, gerar empregos e fortalecer a economia. Épossível ampliar a nossa produção e eu penso tudo isso de forma sustentável, com muita atenção à proteção dos mananciais para evitar problemas com a água.

 

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