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quarta-feira, setembro 18, 2024

Ore pelas suas decisões, para não ter que orar pelas consequências

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A vida é uma sequência constante de escolhas.

A cada dia, deparamo-nos com decisões que, mesmo parecendo pequenas, podem ter um impacto profundo em nosso futuro. Acreditamos ter o controle absoluto, mas na realidade, somos limitados pelo que podemos prever. É aí que a oração entra como um recurso poderoso. Ao orar antes de tomar uma decisão, abrimos espaço para a orientação divina, evitando que, posteriormente, precisemos orar para que Deus resolva as consequências de escolhas impensadas.
Quando buscamos a orientação de Deus antes de agir, reconhecemos que nossa sabedoria é limitada e que há uma fonte maior de discernimento à nossa disposição. Provérbios 3:5-6 aconselha: “Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas.” Este versículo sugere que, ao confiar em Deus e entregar nossas decisões a Ele, recebemos uma direção mais clara, minimizando o risco de cairmos em armadilhas que não conseguimos prever sozinhos.
C.S. Lewis, renomado escritor e teólogo, certa vez disse: “A oração não muda Deus, mas muda a nós mesmos.” Ao orar pelas nossas decisões, não estamos apenas buscando respostas, mas também transformando o nosso coração para estar mais alinhado com o que é certo e justo. A oração nos torna mais humildes, mais reflexivos e mais dispostos a aceitar a sabedoria divina, em vez de insistirmos em nosso próprio caminho.
Por outro lado, orar pelas consequências de uma decisão pode ser um lugar de dor e arrependimento. Muitos de nós já passamos por situações em que tomamos decisões precipitadas, movidos por emoções passageiras ou pelo impulso do momento. Somente depois, quando a poeira abaixa e as consequências aparecem, percebemos que poderíamos ter feito escolhas diferentes.

Nesses momentos, voltamo-nos para Deus, pedindo ajuda, consolo e, muitas vezes, um milagre para corrigir nossos erros. Embora Deus seja misericordioso e muitas vezes nos ajude a consertar o que foi quebrado, essas situações são evitáveis se procurarmos Sua orientação desde o início.
O filósofo Søren Kierkegaard destacou a importância da introspecção espiritual ao tomar decisões. Ele afirmou que, para tomarmos decisões verdadeiramente sábias, devemos fazê-lo “em temor e tremor”, ou seja, reconhecendo a seriedade de nossas escolhas e as possíveis consequências que elas trazem para nossa vida e para os outros.

Orar antes de agir é, portanto, um sinal de maturidade espiritual e de reverência pelo impacto de nossas decisões.
Para ilustrar isso de maneira prática, pense em alguém que está considerando mudar de emprego. É uma decisão que envolve muitas variáveis: salário, ambiente de trabalho, propósito pessoal, entre outros. Se essa pessoa decide agir impulsivamente, sem oração ou reflexão, pode descobrir mais tarde que o novo emprego não atende às suas expectativas e que, na verdade, estava melhor antes. No entanto, se essa decisão fosse colocada diante de Deus em oração, a orientação divina poderia ter levado a uma escolha mais ponderada, talvez até indicando a necessidade de paciência e espera.
A oração antes das decisões não é um ato de fraqueza ou incerteza; é um reconhecimento de que há uma sabedoria maior em jogo. A Bíblia nos ensina a orar sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17), não apenas para pedir por livramento após o problema, mas para buscar direção antes que o problema surja. Essa prática nos ajuda a viver de maneira mais intencional e menos reativa, confiando que nossas vidas estão nas mãos de Alguém que vê o quadro completo.
Portanto, o convite é claro: ore pelas suas decisões, grandes e pequenas, e busque a sabedoria que vem de Deus.

Assim, você se colocará numa posição de paz, sabendo que agiu sob a orientação divina e que, independentemente do que vier a seguir, está seguro na vontade d’Ele. Dessa forma, suas orações poderão ser menos sobre o conserto das consequências e mais sobre a celebração das bênçãos que vêm de escolhas sábias e ponderadas.

José Adenauer Lima
Formado em economia, com pós-graduação em Estratégia pela ADESG. Especialização em filosofia clássica.Trabalha no Poder Legislativo do DF há 32 anos nas áreas de orçamento público e processo legislativo.

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