Quando se fala em saúde capilar, as queixas mais constantes das mulheres são duas: a queda dos cabelos e fios quebrados e danificados. A dermatologista Amália Coutinho esclarece as diferenças e dá dicas de como manter os fios saudáveis
Os cabelos são a moldura do rosto e, sem dúvida, quando os fios estão saudáveis, brilhosos e volumosos, a autoestima do indivíduo responde à altura. A queda dos cabelos é um fenômeno que incomoda homens e mulheres, de diferentes idades e tem diferentes causas, entre elas, predisposição genética, quadros infecciosos prévios e questões hormonais. Já a quebra dos cabelos – comumente confundida com a queda capilar- é um relato comum após processos químicos de alisamento ou clareamento, conforme explica a médica dermatologista, Amália Coutinho: “clarear os fios sempre provocará ressecamento e aumentará o risco de quebra. Não existe clareamento sem dano”.

É muito comum ouvir depoimentos, sobretudo de mulheres, que deixaram de fazer mechas ou algum procedimento nos cabelos, por estarem com queda capilar. A dermatologista Amália Coutinho explica que muitas pessoas confundem quebra com queda de cabelos e que relatos, neste sentido, são frequentes no consultório. “A queda acontece quando perdemos o fio pela raiz e, por vezes, até enxergamos o bulbo capilar bem na ponta do fio. A quebra ocorre quando o fio está muito danificado, em geral, por descoloração em excesso. A tintura, em si, não interfere na queda dos fios”, desmistifica a médica especialista.
Queda de fios
Como saber se o meu cabelo está com queda excessiva de fios? A especialista esclarece que perdemos, em média, 100 fios de cabelos por dia. “A maneira de mensurar se a queda está fora da normalidade é observar se o “bolo” de cabelos formado no banho, está maior do que de costume”, elucida Amália.
Os motivos principais para queda de cabelo são predisposição genética, estresse e ansiedade, quadros infecciosos prévios, deficiência vitamínica, alguma questão hormonal, entre outras. A identificação dessa causa faz-se necessária para adequar o melhor tratamento para cada indivíduo.
“A queda capilar pós-gestação é um quadro que acomete grande parte das mulheres, no entanto ela é temporária e, para mulheres saudáveis não se faz necessário a procura por tratamentos”, esclarece Dra Amália Coutinho. As quedas capilares após quadros infecciosos, como covid e dengue, também são muito comuns. “A pessoa tem uma queda prevista para começar de um a dois meses depois do quadro infeccioso, mas também há uma reversão espontânea”
A queda capilar que tem predisposição genética pode ser 100% gerenciada. Trata-se da alopecia androgenética – conhecida com calvície. O quadro está relacionado à presença de hormônios sexuais masculinos, em especial a testosterona. Os primeiros sintomas podem aparecer entre os 17 e 23 anos e acometem tanto homens, como mulheres.
Dra Amália destaca a importância de averiguar sempre as causas da queda capilar, sem se antecipar ao uso de polivitamínicos: “Não se renda ao apelo do marketing dos polivitamínicos orais também seria mais uma dica. Investigue primeiro. Quase sempre, eles não são necessários”.
Quebra dos fios
A quebra do fio pode ser prevenida evitando as químicas com muita frequência, especialmente aquelas que alisam temporária ou definitivamente os fios. As tinturas podem também ressecar e exigirão maior cuidado na hidratação dos fios. As tintas semipermanentes agridem menos e são as mais recomendadas para quem quer esconder os “branquinhos”.
Dra Amália indica para quem recorre à química com constância, manter os cabelos sempre hidratados com uso de máscara uma vez na semana, evitar calor demasiado de secador e não dormir com os fios molhados.
Serviço: Dra Amália Meyer Coutinho
Local: Clínica Aluma
Endereço: SGAS 613/614 Sul – Vitrium Centro Médico – sala 186 – Brasília/DF
Telefone: 61 98257-1212 / 61 3242-3000