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sexta-feira, abril 19, 2024

3 perguntas para deixarmos em 2022

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3 perguntas para deixarmos em 2022

O ano novo está quase começando e, como todo movimento implacável de Vossa Majestade, o Tempo, é hora de entregarmos ao Museu de Darwin três perguntas que nem parecem, mas são bem invasivas. Além disso, carregam um potencial imensurável de provocar gatilhos em quem as recebe. Neste sentido, e, na dúvida entre fazê-las ou não, não as faça! Prefira trocá-las por um elogio sincero e honesto. Na impossibilidade subjetiva disso, o silêncio vale muito.

“E aí, o bebê vem quando?”. Vamos refletir sobre esta atrocidade?! Será que a pessoa já está tentando e não está conseguindo? Será que, naquele momento, ela está confortável para falar sobre isso? Será que, de fato, ela quer ter filhos já que, possivelmente, a expectativa está muito mais em quem pergunta, e não, necessariamente, em quem responde. O mesmo, principalmente sobre tentar e não conseguir, ou simplesmente não querer, vale para a “cadê o irmãozinho?”, sabe? Então!

Nessa mesma linha, vem também a anciã “e as namoradinhas?”, bem própria da frequentadora do bingo das senhoras católicas. Pensa só! Se fizermos uma troca por “você deseja ter alguém?”, a chance da resposta ser mais verdadeira, sem virada de olhos, será maior. Além de, claro, não parecerá tão inconveniente. Ficar pra titio ou não só diz respeito ao titio. E isso, assim como no caso do irmãozinho, também pode ser uma opção.

Mas, dificilmente, alguma dessas superará a “Nossa! Você deu uma engordada, hein?!”.  Como se, em muitos casos, a pessoa não estivesse tentando lutar contra a ansiedade. Como se os gênios que revelam com exclusividade que no inverno é mais frio, quisessem, inconscientemente, defender-se antecipadamente para não serem atacados sobre suas próprias fraquezas. Que tal trocar o “Você engordou, hein?!” por “Vamos sair para conversar e dar risada?!”.

A quarta pergunta é, na verdade, um complemento de tudo isso. Na dúvida se deve ou não indagar, reflita se outras pessoas já não as fazem. Pense também se ele, o ser humano que vai recebê-las, já não aguenta mais ouvir sempre as mesmas coisas e respirar fundo para respondê-las, minimamente, de forma educadamente.

Por fim, é preciso buscar um entendimento sobre o que é pergunta por real preocupação do que é necessidade de preenchimento de expectativa alheia. Geralmente, em 99% dos casos, tudo isso vem de quem mal te conhece ou de quem nós mal conhecemos.

Afinal e, se conhecêssemos, a convivência e a compreensão do subentendido, ou mesmo da verbalização natural conquistada pela intimidade, já tornaria essas perguntas desnecessárias.

Em último caso, não esqueça: o silêncio vale ouro!

Feliz Ano Novo!

Por Guilherme Renso

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