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Hospital Santa Helena completa 50 anos

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O sonho de oito médicos transformou-se numa referência em atendimento no Distrito Federal. Unidade vai inaugurar o Centro da Mulher no segundo semestre

Da Redação

Quem olha para o moderno prédio do Hospital Santa Helena, no final da Asa Norte, não pode imaginar o que existia em volta dele, no ano da inauguração, em 1969. O asfalto da via W3 Norte, que passa em frente ao hospital, só chegava até a 502 Norte. Dali para frente, era preciso percorrer 14 quadras de estrada de terra, para chegar até a Casa de Saúde e Maternidade Santa Helena, na 516 Norte. Em volta, apenas um matagal, que se estendia até a quadra 312, única construída na região. Os “destemidos”, como eram chamados os oito médicos fundadores e todos os contratados para trabalhar na Casa de Saúde, saíram do conforto de consultórios na Asa Sul, para atender em meio à poeira e ao mato.

Mas para quem achava que era loucura construir um atendimento médico no meio do nada, a surpresa veio já nos primeiros anos de vida do empreendimento. Os moradores de Formosa, Planaltina de Goiás e Sobradinho lotavam a Casa de Saúde Santa Helena, todos os dias, principalmente as grávidas, que não precisavam mais sacudir dentro de ônibus até o Hospital de Base, já que o local também atendia o sistema INPS/Inamps, atual SUS.

Eram mais de 20 partos por dia, como relata o obstetra Adilson Oliveira, que começou a trabalhar na Casa de Saúde em 1974, como auxiliar cirúrgico, se tornando, mais tarde, sócio do hospital. “Existia um público grande vindo da área norte do Distrito Federal e Entorno e os fundadores perceberam isso muito antes de todo mundo. A Casa de Saúde Santa Helena era o único atendimento médico na região. Eles foram visionários”, ressalta o médico.

Até a chegada do asfalto, apenas em 1980, o abastecimento de insumos era uma tarefa difícil. A comunicação telefônica precária e a estrada de terra foram os maiores desafios enfrentados pelos médicos, como relata Adilson. “O Banco de Sangue ficava na 516 Sul e metade do caminho era de estrada de terra”.

O prédio, que era apenas térreo, possuía um ambulatório para cada um dos oito médicos fundadores, um centro cirúrgico e quartos para internação. A falta de uma UTI fez com que, por quase 20 anos, fosse preciso improvisar um leito dentro do centro cirúrgico. “Vagas em UTI são difíceis desde aquela época. Nós improvisávamos uma sala de UTI e o trabalho de intensivista era feito pelo próprio médico que atendia o paciente. A gente não podia voltar pra casa enquanto o paciente não saía da UTI e isso podia durar dias”, revela o médico Adilson.

A primeira grande ampliação do hospital aconteceu depois de 1986, com a criação do Pronto Baby, um atendimento de emergência voltado para crianças, e a ampliação do atendimento ambulatorial, com a implantação de seis leitos de UTI, em 1990. O novo formato, que transformou a Casa de Saúde e Maternidade Santa Helena em Hospital Santa Helena, concretizou-se em 1996, com a criação de um Pronto Socorro para atendimento geral.

O ano de 2016 foi marcado pela a aquisição do hospital pela Rede D’Or São Luiz, que propiciou um grande investimento com a modernização do seu parque tecnológico.  O ritmo de adensamento da Asa Norte já demandava um atendimento que acompanhasse as necessidades dessa nova população. A procura pelos serviços aumentou tanto que foi preciso, além do investimento na parte física, aumentar o número de profissionais na instituição, como explica a diretora médica do hospital, Séfora Almeida. “Cheguei ao hospital para coordenar a equipe da clínica médica e acompanhei o aumento do número de profissionais com a necessidade de se investir na capacitação técnica de médicos e colaboradores. Buscamos garantir cada vez mais um atendimento de excelência, para que a nossa visão de ‘hospital da família’ fosse refletida em nossos serviços”, relata.

Para o segundo semestre de 2019, o Hospital Santa Helena prepara grandes surpresas para as pacientes. Está sendo erguido o “Centro da Mulher”, um local voltado exclusivamente para atendimentos específicos do corpo feminino. Dentre as especialidades estão ginecologia, obstetrícia e mastologia, tudo com o apoio de uma central de exames e aparelhos de imagem. O local terá uma ambientação humanizada e confortável, com tudo que as mulheres mais gostam. Além disso, está sendo instalado um robô no centro cirúrgico, o Da Vinci SI, para a realização de cirurgias robóticas.

O hospital possui hoje a certificação ONA II (Organização Nacional de Acreditação) e se orgulha de ser um hospital geral, voltado para a saúde da família, atendendo de gestantes a idosos, com estrutura e profissionais específicos para cada caso, incluindo maternidade, pediatria, UTIs neonatal e pediátrica, clínica cirúrgica e geriatria.

Ciclos de melhoria constantes com os colaboradores da unidade são programados a partir de pesquisas de opinião com os pacientes, para enxergar as necessidades de cada um, com o objetivo de oferecer um atendimento cada vez mais seguro e acolhedor. A população também se beneficia com ciclos de palestras para gestantes, abertas ao público, e campanhas de prevenção ligadas às datas nacionais voltadas para a saúde, como Outubro Rosa e Novembro Azul. Um dos cursos gratuitos que mais tem recebido interessados é o de Cuidador de Idosos, que conta com a participação de uma equipe multiprofissional, incluindo médicos, enfermeiros, fono e fisioterapeutas.

 

Ficha técnica

Com 50 anos de história, o Hospital Santa Helena (HSH), localizado na Asa Norte, reúne serviços assistenciais completos, amparados por uma equipe experiente e equipamentos de tecnologia avançada. Edificado em cinco andares, o HSH é referência na assistência médico-hospitalar do Distrito Federal. Conta com Centro de Diagnóstico em Cardiologia, Emergência, Internação, UTI Neonatal, Pediátrica e Adulto, Centro de Material Esterilizado, Hemodinâmica e Centro Cirúrgico, entre outras unidades. Desde 2015, o Hospital Santa Helena integra a Rede D’Or São Luiz, a maior rede de hospitais privados do País.

Área: 32.000 m²

N° de apartamentos: 156

Atendimentos ambulatórios: 8 000 média mensal

Atendimentos Emergência:  15 000 média anual 2018

Ney Matogrosso volta a Brasília com a turnê “Bloco na Rua”

Com vasto repertório em mãos, o cantor revelou que a set list escolhida para esta turnê é marcada pela mistura de canções dele com a de outros artistas. O show acontecerá no dia 8 de dezembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães

A terceira maior voz da música brasileira, segundo eleição feita pela renomada revista Rolling Stone, está de volta a capital federal! Ney Matogrosso retorna após lotar as casas e arrebatar o público em todos os shows da turnê “Bloco na Rua” pelos quatro cantos do Brasil. Em sua primeira passagem com a turnê em maio, a figura icônica da MPB esgotou os ingressos. Ou seja, se você é fã, corra! A possibilidade de um novo sold out é real, pois quem perdeu vai querer conferir e quem já viu procurará rever a apresentação, que acontecerá no dia 8 de dezembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Mesmo aos 77 anos, Ney não para. Em meio a turnê Atento aos sinais, que durou pouco mais de cinco anos ininterruptos e também passou pelo exterior, ele já estava selecionando o repertório do “Bloco na Rua”. Seu critério para a escolha não foi ao encontro de uma busca de algo inédito “Não é um show de sucessos meus, mas quis abrir mais para o meu repertório. Dessa vez eu misturei coisas que já gravei com repertório de outras pessoas”, completa o cantor.

Confira algumas músicas que darão o tom do show
O set list revela a diversidade do repertório: “Eu quero é botar meu bloco na rua” (Sergio Sampaio), de onde saiu o título da turnê, “A Maçã” (Raul Seixas), “Álcool (Bolero Filosófico)” da trilha original do filme “Tatuagem” (DJ Dolores), “O Beco”, gravada por Ney nos final dos anos 80 (Herbert Vianna/Bi Ribeiro), “Mulher Barriguda”do primeiro álbum dos Secos e Molhados, de 1973 (Solano Trindade/João Ricardo), são algumas das músicas
escolhidas por Ney. Duas canções foram pinçadas do compacto duplo Ney Matogrosso e Fagner, lançado em 1975: “Postal do Amor” (Fagner/Fausto Nilo/Ricardo Bezerra) e “Ponta do Lápis” (Clodô/Rodger Rogerio). Outros dois clássicos que Ney nunca havia cantado, “Como 2 e 2” (Caetano Veloso) e “Feira Moderna” (Beto Guedes/Lô Borges/Fernando Brant), também estão no roteiro.

Um espetáculo à parte
“Dos cantores brasileiros, Ney Matogrosso é um dos poucos, senão o único, que pode merecer o título de showman”. Essa declaração é da biógrafa e escritora do livro Ney Matogrosso, um cara meio estranho, Denise Pires Vaz, e é algo que pode ser constatado em qualquer registro do artista em cima do palco.
Outra coisa que faz parte do espetáculo e é uma característica de Ney são seus figurinos exóticos, os quais sempre criam uma expectativa no público. Dessa vez, a vestimenta foi criada sob medida pelo estilista Lino Villaventura. O cenário, composto por projeções, fica por conta de Luiz Stein, a luz do espetáculo com Juarez Farinon e supervisão do compositor.

Um cantor do patamar de Ney precisa de músicos a altura para acompanha-lo. Os nomes a seguir compõem a banda que o acompanhou nos últimos 5 anos: Sacha Amback (direção musical e teclado), Marcos Suzano e Felipe Roseno (percussão), Dunga (baixo), Maurício Negão (guitarra), Aquiles Moraes (trompete) e Everson Moraes (trombone).

 

SERVIÇO:

NEY MATOGROSSO “BLOCO NA RUA”
Data: 08 de dezembro (domingo)
Horário: 20h
Local: Centro de Convenções Ulysses
Duração: Aproximadamente 2h de show
Classificação Indicativa: 14 anos
Informações: 3364-2694 / 3248-5221

INGRESSOS E SETORES:
Poltrona Superior – R$ 90,00 (meia)
Poltrona Especial- R$ 120,00 (meia)
Poltrona Vip- R$ 150,00 (meia)
Poltrona Gold – R$ 180,00 (meia)
Poltrona Premium – R$ 220,00 (meia)
*Meia-entrada: Estudantes, professores, idosos, pessoas com deficiência e doadores de 1kg de
alimento não perecível. Valores sujeitos a alteração sem aviso prévio.

FORMAS DE PAGAMENTO: Dinheiro, cartões de débito e crédito em até 3x e parcelado em até 12x somente pela internet.
PONTOS DE VENDA: em até 3x nos cartões. Segunda a sábado das 10h às 22h, domingos e feriados 14h às 22h30
Lojas da Bilheteria Digital:
• Brasília Shopping – G2
Sem taxa de serviço
• Conjunto Nacional – 1º piso
• Pátio Brasil – 3º piso
• Pelo Aplicativo – Bilheteria Digital
• Pelo site: www.bilheteriadigital.com – em até 12x no cartão
• Sujeito a taxa de serviço
Lojas do Açai Artesanal:
Guara 2 – QI 32
Sem taxa de serviço, mas sujeito a taxa no parcelamento em 1x 2x e 3x vezes no cartão de
crédito.
311 Norte – Bloco E
311 Sul – Bloco D
Sudoeste CLSW 103 – Bloco A
NOROESTE CLNW 110/11 Bloco B
Águas Claras Sul – Rua 31 Loja 07

Taguatinga – Pistão Sul Setor D Sul Lote 08
Terraço Shopping
Lago Norte – Península Shopping – Loja 63
Gama Shopping Quê – Loja 16
Lago Sul – Deck QI 11 Bloco P

Alunos não precisam mais pagar para ter carteira de estudante válida em todo território nacional

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Nova carteira de estudante digital quebra monopólio da Une. Lançada nesta semana pelo Ministério da Educação, a emissão do documento é gratuita!

Por Larissa Leite

O novo aplicativo ID Estudantil, carteira de estudante virtual, substitui a velha ‘carterinha’ fornecida pelas entidades representativas de alunos, como a União Nacional dos Estudantes (Une) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). O documento segue garantindo os benefícios de meia-entrada em eventos culturais e esportivos

O fim do monopólio na produção das carteiras estudantis pode representar uma redução drástica no faturamento da Une, Ubes e de outras. Em uma breve estimativa usando números do Ministério da Educação, o país hoje dispõe 45 milhões de estudantes matriculados nas escolas públicas, se todos fizerem o documento pelas entidades, o valor passa de R$ 15 bilhões.

 

Como ter o documento?

Para obter o documento é é preciso verificar se a instituição de ensino à qual o estudante está vinculado já se encontra na base de dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)

Caso a instituição já tenha feito o cadastramento, caberá ao aluno baixar o aplicativo ID Estudantil no celular e fazer seu cadastro pessoal. “Os alunos que não conseguirem se cadastrar devem procurar suas instituições de ensino e pedir que elas se cadastrem junto ao MEC”, disse o presidente do Inep, Alexandre Ribeiro Lopes, durante a cerimônia de lançamento do ID Estudantil.

Segundo Lopes, 10.804 instituições já se cadastraram. Destas, 1.966 já começaram a enviar ao SEB as informações de seus alunos. As informações disponibilizadas constituirão um banco de dados nacional que subsidiará algumas das políticas públicas a serem implementadas pelo governo no setor da educação.

De acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o custo do documento será de R$ 0,15 por unidade para o governo, mas será gratuito para o estudante. “Não cobraremos porque a estruturação dessa cobrança sairia mais cara do que o custo por unidade”, disse o ministro.

Ainda segundo Weintraub, documentos similares poderão ser fornecidos pelas instituições de ensino ou até mesmo grêmios estudantis. “Se for o caso, podem inclusive cobrar por isso. O que fizemos foi acabar com o monopólio e a exclusividade daqueles que sempre forneceram esse documento”, disse. “Se, ideologicamente, o estudante quiser, ele pode pagar quanto for pela carteirinha”, acrescentou.

A abertura para que outras entidades – além da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) – emitam esse tipo de documento está prevista na Medida Provisória 895, enviada pelo governo ao Congresso Nacional em setembro.

Desde então, tanto a MP como a ID Estudantil têm sido criticadas pelas entidades representativas dos estudantes. Segundo o presidente da UNE, Iago Montalvão, trata-se de uma retaliação ao movimento estudantil. Montalvão disse que a principal  intenção do governo com essas medidas é “prejudicar o movimento estudantil, que fez as maiores manifestações contrárias a ele”.

A fim de prevenir fraudes, o MEC informou que fará cruzamento dos dados fornecidos por meio de aplicativos com as informações da Carteira Nacional de Habilitação e, no caso de estudantes que não têm CNH, com os dados fornecidos para o documento de identidade (RG).

“Inclusive a foto [inserida no cadastro via aplicativo] passará por uma checagem junto ao banco de dados do Denatran [Departamento Nacional de Trânsito]. Quem não tem CNH terá de tirar uma foto do RG, frente e verso. Um algoritmo então vai comparar as fotos, de forma a dificultar fraudes”, explicou o diretor de Tecnologia da Informação do MEC, Daniel Rogério. “Pensamos também nos empresários: para eles, criamos o aplicativo ID Validade, que averiguará se o aluno está apto para receber os benefícios”, acrescentou.

O MEC alerta que, no caso de estudantes menores de idade, será necessária a autorização de um responsável legal, que deverá instalar o ID Estudantil no celular para, então, fazer o cadastro no qual informa os dados do menor.

*Com informações da Agência Brasil

Exposição Circonjecturas apresenta universo surrealista de Rafael Silveira na CAIXA Cultural Brasília

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A mostra traz pinturas, esculturas, bordados e instalações interativas

A CAIXA cultural Brasília recebe a primeira grande exposição individual do artista paranaense Rafael Silveira, chamada Circonjecturas. A mostra, com curadoria de Baixo Ribeiro, será inaugurada dia 15 de outubro, às 19 horas, e permanecerá aberta ao público até o dia 15 de dezembro. Nela, circo, tatuagem, botânica, publicidade dos anos 1950 e cultura pop, e elementos underground se mesclam em pinturas, esculturas, bordados e instalações interativas, criando um universo onírico completamente surrealista.

De acordo com o artista, “o ‘circo’ está relacionado a uma representação exagerada, um espetáculo; e as ‘conjecturas’ são uma alusão ao mundo das ideias, à mente. Por isso essa exposição tem um caráter imersivo, como um convite a abandonar o mundo real e explorar um universo onírico”.

A mostra foi um sucesso de público durante sua passagem em Curitiba, que contou com a presença de 100 mil visitantes, e em São Paulo, onde atraiu cerca de 30 mil pessoas. Para o curador Baixo Ribeiro, há um grande interesse pela exposição por ela ser pensada para um público geral. “O trabalho do Rafael Silveira trafega entre diferentes linguagens. Ele desenvolveu um jeito próprio de alcançar o público a partir de uma pesquisa muito íntima, que vai para o inconsciente, um lugar muito profundo e distante, e também uma pesquisa sobre a própria publicidade, a imagem clichê. O que ele faz com essas duas raízes é o que é interessante e especial sobre sua obra”.

Entre as obras que devem fazer mais sucesso com o público está a “escultura-monstro”, cujos dentes são teclas que podem ser tocadas, e o Corredor das Ilusões, composto por esculturas cinéticas de um metro e meio cada e efeitos de luzes negras. No Salão das Pinturas um sorvete gigante de 10×3 metros derretendo no chão, que serve como banco tátil, chamam a atenção. “O nonsense é um contraponto essencial em minha obra, como um alívio à pressão que a sociedade exerce por respostas sobre o sentido das coisas”, comenta Rafael.

Vale ressaltar os desenhos tridimensionais feitos de bordados, ou “ponto-cruz-credo”, uma das peculiaridades do trabalho do paranaense. As peças são confeccionadas em parceria com sua esposa, a designer de moda e artista têxtil Flávia Itiberê. Rafael explica que os bordados são uma parte nova e importante de sua obra: “é uma categoria que surgiu organicamente de nossa convivência. As referências do universo da moda que ela trouxe para minha pesquisa tiveram impacto irreversível no meu trabalho, e criamos muita coisa juntos”. O salão dos bordados é uma instalação de esculturas suspensas feitas de fibras diversas, bordadas manualmente. Ao ser iluminada, cada peça de bordado se transforma em um “stencil de luz”, que pinta a parede ao fundo com sombras gráficas.

Sobre Rafael Silveira

Nascido em Paranaguá, mas radicado em Curitiba, Rafael Silveira graduou-se em Publicidade e Propaganda no Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba). Trabalhou em agências de publicidade e em 2008 ficou conhecido por ter uma de suas obras estampando a capa do disco Estandarte da banda Skank.

Sobre Baixo Ribeiro

Galerista e curador, é um dos fundadores da galeria Choque Cultural, que se tornou uma das principais referências globais em arte urbana e novas linguagens contemporâneas, apresentando jovens artistas ao lado de nomes já consagrados e internacionais.

SERVIÇO:

Exposição Circonjecturas

Local: Caixa Cultural de Brasília (Setor Bancário Sul, quadra 4, lotes 3/4)

Abertura: 15 de outubro, às 19h

Período: de 16 de outubro a 15 de dezembro de 2019

Horários: de terça a domingo, das 9h às 21h

Classificação indicativa: livre para todos os públicos

Entrada gratuita.

Festival de Brasília: nesta quinta acontece a estreia nacional de “Luis Humberto: O Olhar Possível”

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Documentário de poética introspectiva e delicada, sob a direção dos brasilienses Mariana Costa e Rafael Lobo, apresenta vida e obra do fotógrafo Luis Humberto

Artista e pensador da fotografia contemporânea, Luis Humberto, um dos grandes na arte de registrar, através das lentes de uma câmera, fatos da política e do cotidiano assim como de paisagens domésticas, ganha as telas do cinema em uma produção da Machado Filmes, com realização da Levante Filmes e sob a direção de cineastas brasilienses.

estreia nacional marcada para às 18h do dia 28 de novembro no Cine Brasília, integrando a Mostra Brasília [competitiva] do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o curta-metragem documental Luis Humberto: O Olhar Possível, com argumento e direção de Mariana Costa e Rafael Lobo, traça um íntimo e delicado olhar sobre as biografias pessoal e profissional do artista.

O ponto de partida para a estrutura do documentário, foram entrevistas com o próprio personagem do filme. Como resultado, uma “narrativa baseada na biografia do artista para entender como seu contexto histórico e de vida influenciaram o processo do seu pensamento e obra, a partir do seu próprio ponto de vista”, ressalta o diretor Rafael Lobo, que revela: “durante nossas mais de dez sessões [com ele], fomos percebendo o ganho de sua intimidade”.

Para favorecer o processo introspectivo, as gravações foram realizadas em espaços íntimos “de forma que ajudasse a conduzir as narrações de sua memória afetiva”, explica Lobo. Ilustram as falas [em off], além de célebres fotos, trabalhos inéditos e vídeos caseiros [em VHS], que o mostram habitando ambientes particulares e tão icônicos em seu trabalho. Como efeito, comenta o Lobo: “atingimos o tom poético e estético de representa-lo percorrendo temas e espaços imaginários”.

Toda a capitação foi realizada com duas câmeras. Uma para planos gerais, situando-o no ambiente, seguindo as características das lentes grande-angulares que ele utiliza para fotografar esses mesmos espaços. A segunda, o filma mais de perto, buscando a intimidade com o artista e sua sensibilidade, nos detalhes de expressão corporal.

A iluminação naturalista, com o mínimo de interferência na qualidade da existente no ambiente, faz-se aproximar do desenho de luz encontrado nas fotos de Luis Humberto. A narração, na voz do personagem, é o grande foco sonoro. Já o som ambiente, dos espaços por onde ele se move, como o da manhã em sua casa e nos silêncios que surgem durante o próprio ato introspectivo do pensamento de Luis, valorizam momentos de respiro da condução narrativa. O filme também é entremeado de músicas para ressaltar o contraste entre momentos de humor e nostalgia.

Mariana Costa faleceu durante a produção do filme, a quem Luis Humberto dedica a seguinte mensagem: “Cansada, Mariana resolveu antecipar a partida. Deixou um rombo imenso nos corações dos afetos. Eu, beneficiário de sua generosidade, falo da perda, da falta e da alegria de tê-la conhecido. Obrigado Mariana e até logo Mariana”. “Luis Humberto: O Olhar Possível” foi realizado com recursos do FAC – Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal e é dedicado a Mariana Costa.

Quem é Luis Humberto?

Natural do Rio de Janeiro, mudou-se para Brasília em 1961. Arquiteto de formação, escolha feita após conhecer a obra de Oscar Niemeyer, atuou, ainda na capital carioca, como desenhista no extinto Ministério da Educação e Cultura. Já em Brasília, foi coautor do bloco da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. Experiências que, já aos seus 27 anos de idade, o levaram a integrar o corpo docente da recém-criada instituição como professor de desenho na Cadeira de Arquitetura.

Em 1962, quando do nascimento de seu primogênito, Luis adquiriu a primeira câmera fotográfica e o interesse pela arte de fotografar ganhou impulso ao se deparar com a obra do renomado fotógrafo francês Cartier-Bresson. O talento aliado à dedicação de um autodidata, que aprendeu a manusear os equipamentos fotográficos e de revelação e ampliação, fizeram com que assumisse a coordenação do primeiro laboratório de fotografia da UnB.

Desempregado após 1965, em consequência do golpe militar quando pediu demissão ao lado de outros 200 professores, arrisca-se no mundo da fotografia sendo contratado, em 1968, pela Abril. Suas fotos estamparam várias publicações da Editora, mas foi através da Revista Veja que seu trabalho como fotojornalista começa a ganhar destaque.

Além da qualidade estética, ele demonstrava sua insatisfação diante da situação política da época nas imagens que produzia. Explorava ângulos inusitados, que mostravam os poderosos em momentos de vulnerabilidade e ridículo, fazendo surgir uma linguagem que ele próprio chamou de “liturgia do poder”. Com a inventividade, Luis Humberto tornou-se um dos grandes no fotojornalismo brasileiro.

Paralela à atuação [por quase 20 anos] no fotojornalismo, com atuações no Jornal de Brasília e IstoÉ, inclusive, registrou a flora do cerrado, desenvolveu um belíssimo trabalho de fotografia da paisagem doméstica, dentre outros projetos pessoais.

Luis não se limita ao título de fotojornalista, ele se diz, antes de tudo, um fotógrafo. O que é possível de ser apreciado no livro “Do lado de fora da minha janela, do lado de dentro da minha porta”, um resumo do trabalho ao longo dos anos. Outro livro de sua autoria é “Fotografia, a poética do banal”.

Atualmente, apesar das dificuldades causadas pelo Parkinson, Luis continua sua produção com vitalidade criativa e inquietude. Seu histórico e sua obra são de inegável importância para as memórias de Brasília e do Brasil, assim como para a história da arte. Em mais de 50 anos dedicados à fotografia, Luis é, além de fotógrafo, um pensador da fotografia.

Serviço:

Estreia na Mostra Brasília do 52º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

Local: Cine Brasília (SHCS EQS 106/107)

Dia e horário: 28 de novembro de 2019, às 18h

Entrada franca, mediante retirada de ingresso na bilheteria do cinema

Classificação indicativa: Livre para todas as idades

Reforma nas tesourinhas deixam, no horário de pico, trânsito caótico

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As obras da Asa norte, nas quadras 07 /08 e na 15 / 16, devem ir até fevereiro de 2020. As obras serão feitas em quatro etapas, em cada uma duas tesourinhas serão fechadas.

Na última sexta-feira (21), os motoristas que passaram pelas quadras  07/08 e 15 /16 da Asa Norte se depararam com o fechamento da tesourinha, por conta das obras de reparo do viaduto. Nos horários de pico, o trânsito fica mais lento e como alternativa, os veículos devem pegar as tesourinhas das quadras seguintes. Espera-se que as obras durem até 90 dias.

Com mais de 50 anos de existência, essa será a primeira vez que as estruturas dos estruturas dos viadutos do Plano Piloto passam por reformas de reestruturação. As obras visam a segurança de quem precisa usar as tesourinhas, e assim, evitar acidentes como o de 2018, quando ocorreu a queda de parte do Eixão sul, felizmente sem vítimas.

As reformas serão feitas pela empresa vencedora do contrato e a vistoria da execução do plano de obras será de responsabilidade da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), que acompanhou na sexta,  os testes da máquina de limpeza dos viadutos.

A primeira fase do processo de recuperação é a limpeza da sujeira acumulada ao longo dos anos. Depois, engenheiros e técnicos farão a inspeção visual da estrutura de concreto, além da chamada metodologia de bate choco (ou ensaio à percussão). É quando se verifica a presença de fissuras e espaços ocos na construção. Se identificados, a área é demarcada, aberta e preenchida com concreto. No viaduto da 115/116 Norte, há várias vigas de madeira, envelhecidas, da construção original.

A armadura de aço também é conferida e o metal, se corroído, tratado ou substituído. Um produto anticorrosivo é aplicado e a ponte de aderência – produto que funciona como uma cola e que permite a afixação do velho concreto ao novo –, feita, preenchendo os espaços com argamassa.

Logo depois, todo o concreto será realcalinizado, como paredes e lajes, cristalizado (uma espécie de impermeabilização). O excesso desse produto é tirado, uma camada fina de argamassa é aplicada para “fechar” os poros do concreto, uniformizando-o. “Isso é o que aumentará a durabilidade do concreto”, informou o engenheiro civil Felipe Braga de Moura, um dos responsáveis pelas obras.

A pintura final, equivalente a um cobrimento de concreto, alta e incolor, dará o arremate da recuperação, dando melhor aspecto ao concreto aparente dos viadutos. A única intervenção na parte superior dos viadutos serão as derrubadas e construções de novas muretas de proteção dos veículos – nos eixinhos e no Eixão.

Na segunda etapa da obra, as quadras 05/06 e 11 /12 serão interditadas. Na terceira, serão as 03/04 e 13 /14. Finalmente, as quadras, 02 e 9 /10.

* Com informações da Agência Brasília