Foto: CBC
O Tribunal de Contas da União (TCU) fiscalizou a forma de utilização de cerca de R$ 865 milhões da arrecadação das loterias federais, repassados ao Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) no período entre 2015 e 2021.
Com a análise, o tribunal detectou que o CBC falha na metodologia de aplicação dos recursos públicos como aquisições de equipamentos e materiais esportivos, demora a prestar contas após a realização de Campeonatos Brasileiros Interclubes (CBI).
Falta transparência
Além disso, não apresenta justificativas para a escolha da modalidade aplicada às contratações administrativas. O baixo grau de transparência do Comitê foi outro problema apontado no relatório de auditoria por dificultar o controle social.
Para a melhoria nos processos de controle do CBC, o TCU recomendou, entre outros pontos, que o comitê continue realizando estudos para desenvolver ferramentas que explicitem os objetivos institucionais em metas objetivas e em maior nível de detalhamento sobre atletas, modalidades e clubes contemplados.
Licitação
Entre as recomendações também está a de formalização dos processos administrativos, inclusive os fracassados ou cancelados, para garantir a integridade dos procedimentos licitatórios como um todo e o cumprimento de direitos e obrigações.
Escândalos no futebol
E por falar em esporte e clubes de futebol, nesta quarta-feira (10), o senador Omar Aziz (PSD-AM) – ex-presidente da CPI da Covid-19 – defendeu uma ação enérgica da classe política contra as empresas de apostas online, principalmente as que exploram comercialmente os resultados de jogos futebolísticos no Brasil.
A preocupação do senador foi manifestada na sessão plenária do Senado que discutia projeto de lei que obriga casas de apostas a advertir jogadores dos riscos envolvidos na transação.
Manipulação de resultados
Segundo Aziz, é preocupante o crescimento no número de casos de jogadores e dirigentes de clubes de futebol envolvidos em esquemas de manipulação de resultados para beneficiar um determinado grupo de apoiadores. Para o senador, é preciso que a legislação brasileira entre em ação antes que a prática manche a reputação do esporte no País.
Empresa de apostas
Segundo o parlamentar, pelo menos 19 clubes são patrocinados pela empresa de apostas BET, com altos valores investidos nos times sem o recolhimento de imposto para os cofres públicos. “O que me preocupa não é a aposta em si, pois isso é uma escolha individual de cada um, mas sim o futebol brasileiro estar sendo corrompido por muito dinheiro”, completou.