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quarta-feira, abril 24, 2024

Defensores da comida sem agrotóxico conquistam os eleitores

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Defensores da comida sem agrotóxico conquistam os eleitores

 

Pesquisas demonstram que os brasileiros estão cada vez mais conscientes quanto ao mal que o agrotóxico provoca em sua saúde e que os políticos podem influenciar na quantidade de veneno que consumimos, aprovando ou não leis para proteção da sociedade.
A população demonstra que a mudança é necessária e que na hora do voto, parlamentares que no congresso apoiam as indústrias que geram os produtos que afetam nossas vidas e nosso bem-estar, estarão excluídos.
Ao longo dos últimos anos, apesar de não ser explicito para muitas pessoas, a nação entendeu que além de acabar com a fome, a miséria também está na falta de acesso à cultura, a saúde e a promoção da cultura da paz.
Entre os dias 13 e 16 de agosto foi realizada uma pesquisa inédita, pela Aliança de Controle do Tabagismo, que mostra que 89% dos entrevistados dizem que não votariam em um candidato que apoie as indústrias de agrotóxicos no Brasil. Àqueles que apoiam as indústrias de tabaco são rejeitados por 85%. Também não aceitam os legisladores pelas armas e álcool, é o que aponta 80% e 71% da pesquisa, respectivamente.


Atualmente, duas das maiores bancadas do Congresso Nacional atual defendem essas industrias. A “bancada da bala” tem 299 deputados e a bancada ruralista que defende os agrotóxicos 227 deputados e 27 senadores. Graças ao forte lobby e investimento destas industrias, em 2014 92% rejeitava as armas, este índice de rejeição caiu e atualmente sobe novamente. As armas só são boas para quem as vendem. Mais ninguém ganha com as mutilações e a morte.
O problema da violência é complexo. Há aqueles que colocam armas na nossa cabeça e outros que colocam veneno no nosso prato. Estas são duas formas, uma mais explicita e outra menos. Mas graças as campanhas intensas que temos feito, nos últimos tempos, a população está mais atenta.
Para combater a indústria do agrotóxico, além de proibir o uso no país, é importante introduzir a questão da alimentação orgânica e promover o fortalecimento da agricultura familiar. Temos que ampliar a aquisição de alimentos orgânicos para toda a merenda escolar no Brasil, hospitais e clínica para combater essa cultura do agrotóxico. A alimentação saudável é o nosso melhor remédio. Por outro lado, o agrotóxico causa doenças como câncer, Alzheimer, impotência, além de gerar a depressão e contribuir para o suicídio.
Entendemos que a agroecologia é um caminho de alimentação saudável. Muito países já estão livres dos venenos da comida como a Dinamarca. É possível a realização de uma transição no país, capacitando os agricultores e produtores rurais a manejarem suas terras sem agrotóxicos, criando zonas livres e em breve estar totalmente desvinculados destas multinacionais que exploram nosso capital e prejudicam a nossa vida.
Um dos presidenciáveis, questionado esta semana pela imprensa, afirmou que “a questão da alimentação saudável é um assunto que o interessa muito. Lembrou que, no período em que comandou o Ministério da Educação, criou um programa que determinou que 30% dos alimentos usados na merenda escolar tinham que ser adquiridos da agricultura familiar. Segundo ele, caso vença a disputa pelo Palácio do Planalto, pretende ampliar esse percentual de compra de alimentos de agricultores familiares. Outros dois incluíram este tema em suas pautas, pois esta questão: o combate do agrotóxico no país, passou a ser item de todas as pesquisas de identificação de perfis de candidatos divulgadas pelos diversos aplicativos.


Cristina Roberto é cozinheira, empreendedora, ativista cultural e defensora de alimentação segura e saudável e candidata a deputada federal, pelo distrito federal.

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