Vinhos são bebidas fortes, complexas, delicadas e únicas – assim como as mulheres. É impossível encaixa-las em rótulos pré-definidos, o ideal é apreciar sua força. O Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, é uma das boas ocasiões para presentear com significado. E bebidas como o néctar de baco são ideais para a ocasião. A também mulher e formada pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS – São Paulo) Ana Clara Carvalho, sommelière do restaurante ‘A Mano, em Brasília, pode dar dicas de como presentar escolhendo os vinhos a partir da característica mais proeminente da pessoa. Essa é uma forma de ressaltar a admiração pela mulher presenteada. Para facilitar o entendimento, Ana pode dividir alguns temperamentos em delicada, forte, temperamental e até ácida. O que acha de falar sobre o assunto? Ela está disponível para entrevistas! “Você pode associar o vinho às características organolépticas, que são as características perceptíveis aos nossos cinco sentidos. Isso porque você consegue saber se um vinho é forte se ele é mais turvo, se no paladar ele tem mais tanino, mais rispidez… para um vinho delicado, a mesma coisa. Por exemplo, se é um Pinot Noir, é a uva mais delicada que existe. É uma uva temperamental, que precisa das condições ideais para ser cultivada. Isso só falando de uvas, sem nem entrar nos rótulos de vinhos. Agora a Cabernet Sauvignon, que é mais forte, já é mais concentrada em sabor, em aroma, e a gente pode fazer uma analogia com pessoas mais firmes. Ou um Tannat que já é rústico, parrudo, ou uma Sauvignon Blanc que é uma uva ácida…”, exemplifica a sommelière Ana Clara Carvalho. Sobre a sommelière A adega do ‘A Mano é de responsabilidade da sommelière. Ana Clara faz parte do quadro fixo de funcionários do restaurante, e está sempre servindo às mesas e disponível para fazer sugestões de harmonização. Além disso, a profissional montou a carta de vinhos, que conta com cerca de 150 rótulos, distribuídos por países diversos, incluindo exóticos como o Líbano (em tradição enófila) e clássicos como a Itália. Ana Clara é formada pela Associação Brasileira de Sommeliers, de São Paulo. Trabalhou na Terroir Importadora, no Bar des Arts (restaurante de Giancarlo Bolla) e no Grupo Fasano, onde permaneceu por 11 anos, como maitresse e sommelière. Além disso, Ana ajudava a criar os textos de um programa sobre vinhos na Rede TV. Em Brasília, depois do Gero, atuou no Parrilla Madrid e MM Representações. “Fiz viagens para conhecer alguns vinhedos pelo mundo e seus processos de vinificação, cursos com o sommelier Gianni Tartari e grudei no Manoel Beato que, com sua generosidade e paciência, foi um grande professor e amigo. Passávamos as tardes do início da semana degustando vinhos, o que me ajudou a formar uma memória olfativa mais rica”. |