#FASHIONREVOLUTION, Quem fez minhas roupas?
Colunista Larissa Abrantes
Consultora de Imagem
Durante essa semana aconteceu o Fashion Revolution Day, no Brasil e no mundo. É um movimento em prol da indústria de Moda sustentável que surgiu após o desabamento do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, no ano de 2013 fazendo com que mais de 2.500 trabalhadores que produziam roupas de grifes em condições desumanas fossem feridos e 1.133 mortos.
A proposta do movimento é provocar que as marcas sejam transparentes com seus consumidores, utilizando de mão-de-obra justa, matérias primas de baixo impacto no meio ambiente, redução na quantidade de água durante produção, proteção aos animais mediante testes abusivos e fazendo uso de tecidos inteligente e duradouros.
O movimento vem tido um excelente retorno, 2.416 marcas responderam a hashtag e compartilharam informações sobre a sua cadeia produtiva até o ano de 2017. Mais de 150 grandes marcas publicaram onde são feitas suas roupas. No Brasil os números são ainda melhores, foi o país com o maior uso da hashtag #fashionrevolution, com 19% das menções mundiais, totalizando 4.884 menções.
Mas qual seria então a real intenção do movimento? SIMPLES! O objetivo é mostrar para as pessoas o verdadeiro custo da moda e o quanto a Moda Autoral e o Slow fashion têm seu valor. Você sabe quem produziu a roupa que você veste agora? Você sabe a história e as condições de trabalho de quem está por trás das peças que você usa?
Percebe-se que nos dias atuais os consumidores estão cada vez mais afetivos no sentido de quererem construir um relacionamento com as marcas. Buscam valores, honestidade, qualidade, um bom corte e um bom tratamento a fim de que consigam realmente dar valor aquilo que consomem e retornar por se sentirem bem vestidos e acolhidos.
Buscando ressaltar a Moda Brasiliense e o incentivo ao consumo regional, temos a loja Laletá (@laletabrasil) como grande exemplo de moda autoral e ateliê próprio localizado na SQS 508. A designer de moda Letícia Brasileiro traz uma marca com estampas próprias inspiradas na capital a fim de trazer um pouco mais de cultura e regionalidade para os armários.
Um vestuário com pegada minimalista, sem drapeados e com um “Q” mais despojado, larguinho. Os carros chefe da marca são os vestidos e T-shirts que de maneira versátil, atendem diversas ocasiões. A marca trabalha com uma grade reduzida e exclusiva de peças e ateliê aberto para clientes conhecerem um pouco mais de sua produção e condições de trabalho de pertinho, uma excelente maneira de saber a história da sua roupa de pertinho.
As peças são pra lá de encantadoras, literalmente a CARA de Brasília. Às vendas são feitas através do Site, lojas colaborativas espalhadas por Brasília e no próprio ateliê.