Por Gabriela Lobato
Em 1996, a convite do então governador Cristovam Buarque (1995-1998), Maninha assumiu a função de secretária de Saúde do Distrito Federal. Em sua gestão, nasceu um novo conceito de “fazer saúde”. A proposta de prevenção e tratamento de doenças ofertados a domicílio, com vistas à redução da demanda por atendimento hospitalar, foi a marca de sua administração. A partir dessa ideia, a ex-secretária criou juntamente com sua equipe o Programa Saúde em Casa, que atendeu cerca de quatro milhões de pessoas em dois anos.
Durante esse período, a promoção da saúde foi mais avante, a Fundação Hospitalar concluiu 240 obras, o Programa Saúde em Casa levou atendimento médico domiciliar para 14 cidades do DF, o Hospital Materno Brasília (HMIB) recebeu a implementação do serviço de Abortamento Legal e suporte para parto humanizado, e houve também a premiação de sete hospitais da rede pública pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) com o título de Amigos da Criança.
No fim do primeiro ano de sua gestão, a secretária sanou um problema crônico da saúde pública do DF: a falta de medicamentos e materiais hospitalares. Foram cerca de 48 milhões de reais investidos anualmente para manter a rede hospitalar abastecida, principalmente com medicamentos de alto custo.
No final dos anos 90, Maninha, médica e ativista política defensora da saúde de qualidade e dos direitos humanos, alcançou a marca de 4.276.078 atendimentos na Fundação Hospitalar, 35.500 cirurgias realizadas e 47.200 partos, promovendo atendimentos também para as populações de outros estados. São 50 anos de ativismo político, desde a luta contra a Ditadura Militar ao lado do colega Honestino Guimarães, passando pela presidência do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, por dois mandatos para deputada distrital e um mandato para deputada federal.
Nas eleições de 2018, é candidata a deputada federal pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), mantendo a luta por uma reforma política. Em sua nova campanha, Maninha tem defendido a destinação de verbas para o resgate da saúde pública de qualidade, oferecendo um Sistema Único de Saúde justo para todos/as. Para isso, prioriza o principal papel de um deputado federal: a luta contra a corrupção e a fiscalização rigorosa do Executivo. Em 2018, abrace essa ideia!