Reunião com Paulo Octávio e André Kubitschek alinhou pontos para o aumento da representatividade das entidades
Representantes de sindicatos de trabalhadores e associações estiveram reunidos com o empresário Paulo Octávio, presidente do PSD-DF, para pedir apoio no sentido de aumentar a representatividade destas entidades, que o grupo considera esvaziadas após a reforma trabalhista, ocorrida no governo de Michel Temer (MDB).
Organizado pela presidente da Federação dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (Fetratuh), Vera Lêda Ferreira de Morais, e pelo diretor Peterson Brilhante, o grupo saiu com a garantia de que o empresário vai buscar apoio aos pleitos apresentados.
Segundo Vera Morais, a política está ligada diretamente à geração de empregos e à reestruturação do movimento sindical. “Hoje nós conversamos aqui em grupo, mas queremos oportunamente trazer a pauta individual de cada uma dessas representações. Mas nós queremos ajuda do PSD para nos tirar da vala comum em que fomos jogados”, disse. “Sabemos que o PSD tem limitações legais em relação à legislação trabalhista. Mas temos a noção de que essa representação e o senhor, como presidente regional, pode influenciar dentro do Congresso Nacional para melhorar a valorização dos trabalhadores”, acrescentou.
Para Peterson Brilhante, diretor da Fetratuh, o encontro foi importante para debater política a sindical, unindo as entidade a um partido que tem o sonho de JK, representado por seu bisneto, André Kubitschek. “A legenda tem como presidente um empresário que há 48 anos está no mercado, que empregou diretamente mais de 51 mil trabalhadores e que conseguiu liderar uma feito inédito em Brasília: assinar mil carteiras de trabalho em um dia”, destacou.
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Condomínios e Imobiliárias do DF (Seicon-DF), Paulo Inácio Cardoso disse que a qualificação de “vagabundo” para os membros de sindicatos mostra o desconhecimento da vida de quem luta pelas categorias profissionais. “Essa gente fala por ouvir dizer e nunca pôs o pé no chão de fábrica para construir o que efetivamente construímos. Eles precisam abrir a Constituição e verificar que o artigo 7° e 8° são fruto das negociações coletivas do movimento sindical. Nós defendemos o movimento sindical. Sem essa estrutura forte, não haverá equilíbrio democrático em nação alguma”, acrescentou.
Outro líder sindical a se manifestar foi Orlando Cândido, presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro, Restaurantes, Bares, Lanchonetes e Similares do DF (Sechosc). “Sofremos muito com a pandemia. Acho que foi o segmento que mais que mais sofreu foi o nosso. Então estamos quero contar sempre com o apoio de vocês. Nós temos o prazer de falar que capital e trabalho têm de andar juntos. É um trem numa trilha só e não adianta puxar para cá, puxar para lá, não”, acrescentou.
Diretor da Rede Plaza de Hotéis, André Kubitschek, que também é presidente do PSD Jovem no DF, destacou que o turismo é uma das maneiras mais fáceis e práticas para a aquecer uma economia. “Quando a gente recebe um turista aqui, fomentamos aa economia através da companhia aérea, do taxista, do lojista, do feirante, do hoteleiro, do restaurante, do bar… A cadeia produtiva inteira ganha”, definiu.
“É importante a gente trabalhar em prol do turismo. Fiquei feliz ao ver que o GDF vai voltar a investir na cultura da cidade. A reabertura do Teatro Nacional pode atrair um público externo. O autódromo também será resgatado. Hoje, temos voos saindo de Brasília para todas as capitais do Brasil e seis internacionais. Amamos Brasília desde que meu bisavô a construiu, no século passado. E meu pai deu continuidade a essa construção. Temos compromisso com a cidade e quero participar e defender todos os direitos das categorias, que são de suma importância para nossa economia”, emendou.
Para Paulo Octávio, a valorização do trabalhador é fudamental. “Trabalhador valorizado, bem alimentado e que recebe em dia é trabalhador feliz. Mas nós, empresários, não estamos fazendo nada além do que deveríamos fazer. Sem trabalhador não há empresa. Sempre que mostramos o que fazemos é para motivar outras empresas”, contou, detalhando também os programas de apoio aos trabalhadores vigentes nas suas empresas.
“Eu ouvi as dificuldades que vocês estão vivendo. A dificuldade é porque as mudanças nas leis trabalhistas foram prejudiciais aos sindicatos. Ouvir vocês, para mim, foi uma lição. Eu sempre defendi que o mundo empresarial tinha que estar mais ligado ao mundo da produção, ao mundo do emprego, principalmente no Brasil. A Brasília de hoje tem 100 mil desempregados. O problema, muitas vezes, não é a falta de emprego. É que nós temos muita gente sem a devida qualificação. E isso é terrível”, concluiu.
Também participaram da reunião a presidente do Movimento das Mulheres Policiais do Brasil (MMUP), Eline Lemos; o presidente do Sindicato dos trabalhadores em Lavanderia e Tinturaria de DF (Sintralav), Valdeci Velez; Sindicato dos Trabalhadores Domésticos do DF e Entorno (Sintrado-DF), Maria Nádir Ferreira Ramalho; o presidente do Sindicato dos Guias de Turismo (Sindgtur/DF), Rafael Lima; o presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores do DF (NCST-DF), Marcus Monteiro; o presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Turismo e Viagens, Intérpretes de Brasília (Semdetur), Cláudio Borges; a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Artesãos e de Artes Manuais do DF e Entorno (Sintrarts), Ângela Roboredo; e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília (Sticombe), Raimundo Salvador.