7ª edição da EndoMarcha é adiada
por causa do novo coronavírus
Medida foi tomada seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde; nova data ainda será definida
A 7ª edição da Marcha Mundial pela Conscientização da Endometriose – EndoMarcha 2020, prevista para ocorrer no dia 28 de março, em cerca de 75 países, foi adiada pelos organizadores. Apoiado pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), o evento além de reivindicar o acesso gratuito ao tratamento adequado da endometriose pelo Sistema Único de Saúde (SUS), também visa conscientizar a sociedade sobre essa doença. A medida foi tomada devido a pandemia do coronavírus e seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde.
“Esse momento de epidemia do coronavírus no Brasil e no mundo requer muita prudência e atenção. Assim que a situação se acalmar, o evento será realizado e terá total apoio dos profissionais que integram a SBRA. Eles irão esclarecer dúvidas sobre os sintomas da doença, diagnóstico, tratamento e perspectivas”, afirma a presidente da SBRA, Hitomi Nakagawa.
No Brasil, o evento é organizado pela jornalista e autora do blog A Endometriose e Eu, Caroline Salazar. A iniciativa acontecerá em 22 cidades de norte a sul do país. Segundo Salazar, a EndoMarcha irá acontecer ainda em 2020 assim que a pandemia do Covid-19 for contida e as cidades forem liberadas para a ocupação nas ruas.
“Por tudo isso e por trabalhar com saúde, eu sei como esse momento de restrição é importante para ajudar na contenção do Coronavírus e proteger nossos idosos, os mais atacados pelo Covid-19. Afinal, eles também participam do nosso movimento”, diz. “A nova data será divulgada com antecedência para que todos possam se programar para comparecer”, completa.
Sobre o coronavírus – A pandemia do novo coronavírus preocupa à população e a comunidade científica. Apesar de ter um comportamento semelhante ao de uma gripe comum, a disseminação da doença é muito rápida e, em alguns casos, principalmente nos idosos, pode se manifestar de forma grave e até mesmo fatal. O Ministério da Saúde recomenda a redução do contato social o que, consequentemente, reduzirá as chances de transmissão do vírus.
A SBRA e a Red Latinoamericana de Reproducción Asistida (REDLARA) acompanham de perto as informações divulgadas pela comunidade científica sobre os efeitos do novo coronavírus à sociedade, incluindo as gestantes e seus bebês. Neste sentido, segundo nota divulgada pelas instituições, nesta terça-feira (17), até o momento, se desconhece efeitos do coronavírus durante a gestação inicial.
Segundo o material, existem relatos de mulheres positivas para o Covid-19 que deram à luz bebês saudáveis, apesar de terem apresentado efeitos adversos neonatais, como rotura precoce de bolsa amniótica e o parto pré-termo. No entanto, não existem evidências suficientes que comprovem que esses efeitos foram resultantes de transmissão vertical, ou seja, de mãe para filho.
“Apesar dos estudos preliminares mostrarem que o comportamento do Covid-19 é diferente do H1N1, que provocava efeitos negativos para grávidas e seus bebês, nossa recomendação é de que as mulheres adiem a gestação e esperem um outro momento para planejar a gravidez. No entanto, é preciso considerar os limites da fertilidade individual de cada uma”, orienta a presidente da SBRA.
A nota também traz alguns cuidados que precisam ser adotados em clínicas e locais de atendimento, a exemplo do reforço da adoção de parâmetros de segurança e controles de qualidade dentro dos estabelecimentos. “Somos cuidadores de pessoas, temos uma enorme responsabilidade em momentos como este e, com prudência e embasamento científico, não vamos nos deixar abater”, conclui Nakagawa
Veja a nota completa divulgada pela SBRA e REDLARA clicando aqui.
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