A ascensão da tecnologia revoluciona a saúde
O avanço tecnológico tem colaborado bastante para a melhora na qualidade de vida e na superação das dificuldades das pessoas com deficiência
Já faz um tempo que a inteligência artificial (IA) deixou de ser algo futurista e utópico relatado nas histórias em filmes de ficção cientifica ou viagem no tempo. Hoje ela está em nosso cotidiano facilitando a vida da população no geral por meio de: diagnósticos, prontuários eletrônicos e realização de cirurgias. Porém, os principais beneficiados são as pessoas que nasceram ou desenvolveram problemas de saúde ao longo da vida. Afinal, como reparar essas deficiências para melhorar a qualidade de vida desses pacientes e das pessoas próximas a ele?
É de conhecimento público a dificuldade na inserção social dessas pessoas, mesmo que existam leis, ainda há resistência de uma parcela da população e também falta investimento público para deixar esse cenário mais justo em situações do dia a dia. Mas, é como o presidente Associação Brasileira de Inteligência Artificial (ABRIA), Jhonata Emerick, declarou “O Brasil é o país das ineficiências. Para quem trabalha com inteligência artificial, isso significa que o país é o paraíso das soluções”.
Com essa oportunidade nas mãos, a IA está se mostrando apta a resolver esses problemas e se tornou uma grande porta de saída nesses casos. Recentemente, foi apresentado ao mercado aparelhos auditivos que se apropriaram dessa tecnologia para se tornarem mais eficazes e adicionarem novas funcionalidades. Prova disso são os sensores extremamente aprimorados capazes de captar o áudio com mais rapidez, o qual diminui o tempo de resposta do paciente, o detector quedas e monitorador de dados físicos e cognitivos do usuário, como a reação do organismo em ambientes ruidosos, frequência cardíaca, movimentos realizados, e a tradução simultânea de 27 idiomas.
A Microsom trouxe a novidade para Brasília, a responsável pela empresa, Mariluce Cordeiro, afirma que essa tecnologia não é uma questão supérflua ou de luxo, é uma oportunidade de aprimorar a questão social pertencentes aos deficientes auditivos. “Quanto mais pudermos melhorar a qualidade de vida destas pessoas, mais igualitária tornamos a nossa sociedade. Dedicamos nossas pesquisas a buscar ferramentas que possam permitir aos deficientes auditivos aprimorarem a forma como ouvem e interpretam o mundo”, destaca.

Além disso, o aparelho é conectado a um aplicativo que armazena todas as informações captadas, as quais podem ser visualizadas pelo usuário, familiares ou profissionais de saúde. “O aparelho é conectado o dia todo ao paciente, por que não aproveitarmos para termos informações úteis de seu dia? Com isso, ele pode até mesmo alertar sobre o estado de saúde, mostrando irregularidades”, explica Mariluce. Completo, ele possui o recurso inteligente “Hearing Care Anywhere” (cuidado auditivo em qualquer lugar), que libera regulagens à distância por parte do fonoaudiólogo.
A novidade tecnológica também oferece o sensor de quedas, que foi pensando, principalmente, para o público idoso. A funcionalidade emite um alerta a três pessoas cadastradas. Pelo App, os contatos de emergência receberão um aviso com a localização de onde o usuário caiu. Para pacientes com o Mal de Parkinson, é possível com apenas um toque na orelha ativar funções para pedir socorro.