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sábado, agosto 16, 2025
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O amor silencioso: quando os gestos falam mais que as palavras

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Imagine um mundo onde o som não existe. Onde as vozes foram caladas por algum capricho divino e tudo o que resta são ações, olhares, gestos, presenças. Nesse mundo, você ainda se sentiria amado pelas pessoas com quem convive? Sem os “eu te amo”, os “estou aqui para você”, os “você é importante para mim”, o que sobraria? E, mais crucial ainda: o que se revelaria?

Essa pergunta simples, quase poética, esconde uma provocação brutalmente lúcida: quantas das nossas relações são sustentadas apenas pelo discurso? Quantas conexões existem apenas enquanto há palavras para encobrir a ausência de compromisso, cuidado ou verdadeira presença?
As palavras são fáceis. Elas encantam, disfarçam, seduzem. Mas o amor, o verdadeiro amor — seja romântico, fraternal, de amizade ou comunitário — precisa de solo firme. Ele não sobrevive só na garganta; precisa brotar dos pés que caminham ao seu lado, das mãos que sustentam nos dias difíceis, dos olhos que te veem mesmo quando você tenta se esconder.
Se os que estão ao seu redor perdessem a capacidade de falar, o silêncio deles te aqueceria ou te congelaria?
Essa reflexão não é apenas sobre os outros. É, acima de tudo, um espelho: suas ações também fariam os outros se sentirem amados se você não pudesse mais falar? O silêncio é, por vezes, o teste mais implacável da verdade.
Na liderança, esse princípio é fatal. Há líderes que dizem “minha equipe é tudo para mim”, mas estão sempre ausentes quando os problemas aparecem. Líderes que proferem discursos inflamados, mas que nunca levantam uma cadeira para o outro sentar. Líderes que falam de “missão” e “propósito”, mas que na prática, priorizam apenas seus próprios confortos e ambições.
Na vida pessoal, seguimos a mesma lógica. Maridos, esposas, filhos, amigos: quantas dessas relações sobrevivem de aparência e expectativa? Quantas pessoas estão gritando amor com a boca, mas abandonando com o corpo, com a agenda, com o olhar que não escuta?
Espiritualmente, o silêncio revela uma verdade mística. O Divino, em muitas tradições, fala menos com palavras e mais com presença. Com sincronicidades, com consolo no inesperado, com força que brota no meio da dor. Quem está acordado espiritualmente sabe: o que não se fala, grita.
Talvez seja tempo de você fazer um inventário silencioso das suas relações. Não baseado no que dizem de você, mas no que fazem por você. E, sobretudo, fazer o movimento inverso: observar o que suas ações — não suas palavras — estão comunicando para os outros. Você tem sido abrigo ou só ruído?
Se você sente um vazio nas suas conexões, talvez não falte diálogo. Talvez falte presença. Talvez falte coerência entre o que se diz e o que se demonstra.
Talvez seja hora de fazer menos promessas e mais cafés. Menos declarações e mais escuta. Menos justificativas e mais abraços silenciosos. O amor, quando verdadeiro, é um verbo — não um substantivo.
Eis a escolha que se apresenta: continuar cercado de vozes vazias ou cultivar silêncios cheios de verdade? Continuar seduzido por discursos ou transformar a própria presença em porto seguro para os outros?
A verdade sempre foi simples: quem ama, demonstra — mesmo mudo.
Pergunta final:
Se tudo que você diz fosse apagado da memória dos que te cercam, o que suas ações deixariam gravado no coração deles?

Conexão com a natureza nas montanhas Catarinenses

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Imagina se hospedar num confortável chalé, a 550 metros de altitude e com vista para vales e montanhas.

Esse cenário deslumbrante é o que oferece o Chalés Refúgio dos LobosChalés Refúgio dos Lobos, na Barra Grande, município de Leoberto Leal, ao lado de Alfredo Wagner e Rancho Queimado SC, local ideal para quem busca um lugar onde o tempo desacelera e o amor respira, alguns dias de sossego em meio à natureza.
E a boa notícia é que dá para curtir as montanhas em qualquer época do ano, inclusive no verão!

Sob o comando do casal Andreia e Marcelo Yoda, o empreendimento “Refúgio dos Lobos” compreende dois chalés.

O primeiro chalé foi construído em julho de 2024, e a procura para alugá-lo foi tão grande que logo veio o segundo no Réveillon 2024, e com projeto de expansão para este ano, onde será feito um restaurante para atender hóspedes e a região, a partir dai, seguir com os outros projetos refeitório, espaço de eventos e dormitórios.

“Os hóspedes têm adorado, pois são chalés bem privativos, charmosos, aconchegantes, belos, assim proporciona intimidade com lareira e banheira de imersão com vista, enxoval premium, e decoração autoral, o café da manhã entregue na porta é uma experiência à parte e garantia de tranquilidade e sossego que eles procuram”, diz Andreia.

“Sempre admiramos a vista dos vales e montanhas, então decidimos construir um lugar que pudéssemos nos reconectar com a natureza, recarregar as energias pisando na grama fresca e deixando a vista relaxar ao longo do horizonte”, ressalta Marcelo.

Porque não somos um refugio Pet Friendly, e também porque não recebemos Crianças.

A prioridade do Refugio é o casal, ter tempo um para outro, total atenção um para outro, momentos de conversas importantes, tempo para apenas contemplar …

Contato com a natureza

Uma área de fogo, com lenha disponível dentro e fora do chalé.

Calefator (dupla combustão, estilo lareira) banheira de hidromassagem com vista espetacular.

Os dois  chalés são aconchegantes com cozinha completa, com todos os utensílios necessários para preparo de refeições, incluindo alguns itens como açúcar, café, sal, sal grosso temperado, óleo, arroz, macarrão à vontade, Geladeira, forno elétrico e micro-ondas, chaleira elétrica, cafeteira, tábua de carne, facas (e afiador), forma de pizza e cortador, grelha.

Há disponível no banheiro shampoo, condicionador, sabonete líquido. Também espuma para banho na banheira.

Tudo para um final de semana incrível com quem você ama, cercado de natureza, beleza e conforto o que garante autonomia para que o hóspede estabeleça seus próprios horários e prepare suas refeições.

A  proposta é curtir somente o local, o hóspede terá motivos de sobra para se surpreender com o visual que permite contemplar todas as montanhas que circundam a cidade de Leoberto Leal e que fazem divisa com Alfredo Wagner e Rancho Queimado “Todo mundo que se hospeda no Refúgio dos Lobos vai embora dizendo que está voltando para casa com as energias recarregadas. Isso, sem dúvida, é um grande presente para eles e para nós”, diz o casal.

Diárias

Os preços das diárias são a partir de R$590 a depender do período (consultar).

Serviço

O Chalé Refugio dos Lobos está localizado na Barra Grande, município de Leoberto Leal SC..

Contato: (48) 99931-4884 (whats)

@chalerefugiodoslobos

https://refugiodoslobos.com.br/

 

 

 

Museu Nacional da República recebe “AÇO”, exposição de Luca Benites que transforma matéria em metáfora da condição humana

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Com curadoria de Marcello Dantas, a mostra inédita ocupa a nave principal do museu com instalação monumental e sala de vídeo, propondo uma experiência sensorial e filosófica sobre o ciclo da matéria e o tempo.

O Museu Nacional da República, em Brasília, apresenta a exposição individual “AÇO”, do artista e arquiteto brasiliense Luca Benites, com curadoria de Marcello Dantas e produção da AYO Cultural. A mostra, que abre em 26 de agosto de 2025, ocupa a nave principal do museu com uma instalação monumental que desconstrói os componentes do aço, transformando-o em símbolo da própria condição humana e relacionando-o ao tempo. O percurso expositivo inclui ainda a exibição de um vídeo que amplia a reflexão sobre a temática.

Mais que uma exposição instalativa, “AÇO” é uma experiência sensorial e filosófica que propõe uma nova leitura da matéria como linguagem. Formas curvas dispostas no espaço, geometrias cortantes criadas pela natureza e sons naturais compõem um ambiente que convida à contemplação. O aço, nascido da interação entre os quatro elementos — terra, fogo, água e ar —, é apresentado como metáfora da existência, da construção e da memória.

Nas palavras do curador Marcello Dantas:“Esta exposição é sobre a própria condição humana de ser ponte entre elementos, de ser o ponto de convergência onde terra, fogo, água e ar se encontram para gerar o impossível. O aço deixa de ser commodity para tornar-se metáfora da criação consciente, da inteligência que reconhece padrões na natureza e os traduz em instrumentos de transformação. O espectador sai desta exposição com uma percepção renovada: cada objeto de aço que tocamos carrega em si a história épica dos elementos, a narrativa da humanidade aprendendo a ser alquimista de sua própria evolução.”

Ao desconstruir o aço em seus principais componentes — ferro, carbono, cromo, níquel, manganês, silício, fósforo e enxofre —, Benites cria uma instalação de chão inédita, em grande escala, que funciona como um land art interno. A travessia pelo espaço expositivo propõe uma experiência meditativa sobre o ciclo e a transmutação da matéria. A sala de vídeo complementa a vivência, contrapondo imagens da fundição do aço em usinas siderúrgicas brasileiras a cenas brutas dos quatro elementos: o vento nos pampas, a água do cerrado, a terra ressecada e o fogo industrial.

Sobre o artista

Nascido em Brasília em 1981, Luca Benites vive entre São Paulo e Barcelona. Sua trajetória é marcada por uma pesquisa profunda sobre o tempo, a efemeridade e a relação entre arte, arquitetura e natureza. Suas obras integram coleções nacionais e internacionais, com destaque para projetos monumentais e urbanos que consolidam seu nome na escultura contemporânea latino-americana.


Sobre o curador
Marcello Dantas é um curador interdisciplinar premiado, reconhecido pela integração entre arte e tecnologia em experiências imersivas. Responsável pela criação de museus como o Museu da Língua Portuguesa e o Museu da Natureza, realizou exposições de artistas como Ai Weiwei, Anish Kapoor e Bill Viola. Atualmente, é curador do SFER IK Museo, no México.

Sobre a produção

A AYO Cultural, fundada por Gabriel Curti e Julia Brandão, já realizou mais de 100 projetos de artes visuais no Brasil e no exterior. Seu trabalho é marcado pela valorização da arte em diferentes contextos e pela busca de parcerias que fortaleçam o setor cultural. A exposição “AÇO” conta com apoio de empresas privadas, entre elas Galeria Cerrado, Ultralloys (Ferroligas), Celo Brokers, IPSIS Gráfica, Maica Films, Fort Pinturas, DMS (Equipamentos Industriais), Nascimento Mourão Advogados, Zena do Chef, colecionador Carlos Bertolazzi e MAGO Arquitetura.

Serviço
Exposição: AÇO
Artista: Luca Benites
Curadoria: Marcello Dantas
Produção: AYO Cultural
Local: Museu Nacional da República — Esplanada dos Ministérios, Brasília – DF
Abertura: 26 de agosto de 2025
Período: 26/08 a 26/10/2025
Visitação: terça a domingo, das 9h às 18h30
Entrada gratuita


 

Das sacadas de Diamantina, serenatas invertidas encantam turistas em busca de bem-estar e lazer

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Uma serenata, ao contrário, anima as noites de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. É a Vesperata, espetáculo musical, onde músicos se apresentam nas janelas e sacadas dos casarões históricos enquanto o público assiste ao show na rua. O evento é realizado pela Prefeitura Municipal de Diamantina, com produção da E&B Produções, Pulsar Brasil e patrocínio da CEMIG por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. A cada apresentação, os espetáculos na cidade atraem turistas vindos de todos os cantos do Brasil, assim como uma simples ópera é capaz de levar um ouvinte ao século XVIII.

A experiência começa ao avistar pelo horizonte a despedida do sol, que ao mesmo tempo anuncia a chegada da alegria da noite: bem-vindos a Diamantina! A ideia da Vesperata na cidade surgiu com o objetivo de transportar o público às tradicionais serenatas, muito comuns na cidade em décadas passadas, tradição esta vinda da Europa. O cenário é perfeito para famílias que viajam a destinos em busca de bem-estar e lazer.

“Esse é sem dúvidas, um espetáculo de tirar o fôlego, e fica ainda mais interessante que tudo acontece ao ar livre, trazendo a originalidade das serenatas, o contexto do belo, muito bem destacado pelas composições e porque não da nossa arquitetura. Na verdade, a Vesperata é uma serenata invertida, onde ao invés dos músicos ficarem na rua, eles ficam do alto das sacadas de nossos casarões históricos. É realmente algo indescritível”, detalha o prefeito da cidade de Diamantina, Geferson Giordani Burgarelli.

O grupo, formado por dezenas de músicos, sob a regência do maestro que, com o singelo comando de sua batuta, orquestra as apresentações com um frenético ritmo musical que se propaga pela famosa Rua da Quitanda, cujo som é possível ser apreciado até das ruas vizinhas. Não há família, comerciante ou turista que resista à animação da banda.

Para o prefeito, o som que se espalha pela rua até parece que todo o cenário da tradicional via foi construído intencionalmente para este momento. “Tudo combina harmoniosamente e esse é um dos mais interessantes aspectos que a nossa cultura de Diamantina se orgulha. Talvez pelo fato das sacadas dos casarões serem posicionadas em locais altos, dá essa sensação de evento, de algo novo por vir, de encantamento, e os nossos turistas sempre saem extasiados daqui”, pontua.

Para a diretora de Comunicação e Marketing da Cemig, Cristiana Kumaira, a apresentação da Vesperata, em Diamantina, com o patrocínio da Companhia, reforça o compromisso da empresa com a democratização e com a ampliação do acesso às práticas culturais.

“Como a maior incentivadora da cultura em Minas Gerais, a Cemig abraça o setor em toda a sua diversidade e em suas múltiplas potencialidades. A realização da Vesperata reafirma essa cidade histórica, tão importante para o nosso estado, como um relevante destino turístico, impulsionando o setor e a economia da região. Para nós, da Cemig, é uma grande alegria poder participar desse projeto, patrocinando essa atração e fortalecendo a arte e a sua presença entre os mineiros”, destacou.

As primeiras vesperatas surgiram ainda em meados da década de 1990, quando um grupo de amigos, reunidos em um bar, decidiu levar alguns músicos para a sacada numa serenata ao contrário, como uma forma de homenagem aos músicos e à música da cena cultural. Foi quando perceberam que aquele acontecimento poderia se tornar um evento voltado ao público local e turístico, com obras musicais empolgantes.

A Vesperata é um evento muito procurado, e a dica da organização é garantir o ingresso com antecedência, evitando deixar para a última hora. As próximas apresentações acontecem nos dias 16 e 30 de agosto, 13, 20 e 27 de setembro e 4 e 11 de outubro.

Serviço _________________________________
Evento: Vesperata de Diamantina
Local: Rua da Quitanda, Diamantina, MG
Ingressos: Disponíveis clicando aqui. (vendas sujeitas a esgotamento rápido devido à alta demanda)
Organização: E&B Produções
Promoção: Prefeitura de Diamantina
Assessoria de Imprensa: Komunic Comunicação Integrada


 

Sobreviver não basta — a coragem de escolher viver

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A vida, segundo Gabriel García Márquez, não é mais do que uma contínua sucessão de oportunidades para sobreviver. Esta frase, à primeira vista crua, quase cínica, carrega em si uma verdade brutal: o mundo oferece poucas garantias e exige constante vigilância. Viver, nesse plano de entendimento, se transforma num esforço ininterrupto de manter-se em pé, de resistir ao caos, de não sucumbir. Mas será que sobreviver é tudo o que viemos fazer aqui?

Há uma linha tênue entre sobreviver e viver com propósito. A maioria se acomoda na zona da sobrevivência — acorda, trabalha, cumpre funções, apaga incêndios, corre atrás do próximo salário, do próximo prazer, da próxima distração. Cada dia parece uma batalha para manter-se minimamente funcional. Nesse modo, a alma adoece de escassez, a mente se encolhe e o espírito se cala.

A sobrevivência é o mínimo. É o instinto animal de preservação. Mas o ser humano, se deseja ser verdadeiramente humano, precisa transcender esse modo de operação. Só quando decidimos que a vida não será apenas algo a suportar, mas algo a construir, a expandir, a transformar — é que começamos, de fato, a viver.

Há líderes que sobrevivem nas empresas: mantêm os resultados, agradam os superiores, preservam seu cargo. Mas há líderes que vivem: criam, desafiam, inspiram, desconstroem o que não serve, plantam ideias novas. Estes fazem história. Aqueles apenas passam.

Há relacionamentos que sobrevivem: duas pessoas que não se suportam mais, mas que permanecem juntas por medo, comodismo ou conveniência. Mas há relações que vivem: onde há crescimento mútuo, verdade, atrito fértil, construção de algo maior que o ego de cada um.

Na comunicação, na arte, na fé — é a mesma diferença: sobreviver é repetir fórmulas, evitar riscos, obedecer ao script. Viver é ousar dizer o que importa, provocar sentidos, tocar o invisível.
Quando nos limitamos à sobrevivência, tornamo-nos reativos. Esperamos que a dor venha, que a crise nos desperte, que o limite nos obrigue a mudar. Perdemos o domínio da nossa narrativa e nos tornamos personagens secundários da nossa própria história. Vivemos esperando permissão, quando na verdade deveríamos estar assumindo missão.

Espiritualmente, a sobrevivência é o reino da mediocridade da alma. É a fé utilitária, que só se manifesta em pedidos desesperados, não em comunhão contínua. É a espiritualidade sem fogo, sem presença, sem entrega. Mas viver espiritualmente é outra coisa: é andar no fio da transcendência, é fazer escolhas com base no eterno, é ter consciência da própria morte sem ser escravo do medo. É viver como quem já sabe que tudo pode ser tirado — menos o sentido.

A mente que sobrevive é uma mente presa ao imediato. Busca atalhos, evita o desconforto do pensamento profundo, reproduz opiniões alheias. Já a mente que vive questiona, investiga, quebra certezas, dança com a complexidade. É a mente do filósofo, do criador, do estrategista.

Por isso, se a vida é uma sucessão de oportunidades para sobreviver, é nossa responsabilidade espiritual, ética e existencial elevar cada uma dessas oportunidades ao patamar da escolha consciente. Sobreviver é o começo. Viver é a obra.

Talvez a pergunta essencial seja: o que estou fazendo com as oportunidades que a vida me dá? Estou apenas resistindo, esperando a próxima crise, tentando não cair? Ou estou usando cada momento como chance de construção, de ruptura, de verdade?

Sobreviver nos mantém vivos. Mas é só vivendo com propósito que deixamos pegadas.

Perguntas para a elevação:

Em que áreas da sua vida você tem apenas sobrevivido, quando poderia estar vivendo com plenitude?

O que está esperando para iniciar o seu verdadeiro projeto de vida?

Quais medos o mantêm na zona segura da sobrevivência?

O que você precisa abandonar hoje para começar a viver com coragem amanhã?

Viva com sentido. Pense com profundidade. Decida com coragem. Suba com propósito.

Colesterol elevado: um inimigo silencioso da saúde cardiovascula

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Cerca de 40% dos adultos brasileiros e 20% das crianças e adolescentes têm colesterol total acima do ideal. Silenciosa e frequente, a condição é um dos principais fatores de risco para infartos, AVCs e outras doenças cardiovasculares, que causam cerca de 400 mil mortes por ano no Brasil. Celebrado neste *8 de agosto, o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol* busca minimizar esse problema de saúde pública por meio da informação.

Um dos maiores perigos do colesterol elevado é justamente sua natureza silenciosa. A alteração no corpo passa despercebida até que alterações mais graves surjam. O excesso de colesterol favorece o acúmulo de placas de gordura nas artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo e dificultando a oxigenação adequada dos órgãos.

Um estudo da organização Global Heart Hub apontou que mais da metade (53%) dos participantes brasileiros com colesterol alto só procurou atendimento médico após sentir sintomas.

O cardiologista Leonardo Severino, consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde, destaca que adultos saudáveis devem realizar exames para monitoramento do colesterol pelo menos uma vez por ano. No entanto, algumas situações exigem atenção mais frequente.

“Há que se lembrar também que, embora sendo saudável, nada impede que esse paciente tenha muitos fatores de risco gerais, como a hereditariedade. Se ele tem um histórico familiar para doenças cardiovasculares, a frequência de exames pode ser semestral ou, às vezes, até menor. Cabe ao médico definir o perfil de risco que o paciente tem, as avaliações a que ele deve se submeter e com que frequência”, explica.

*Diagnóstico*

O diagnóstico do colesterol elevado é feito por meio de um exame de sangue chamado perfil lipídico, que mede os níveis de colesterol total, LDL (o ‘ruim’), HDL (o ‘bom’) e triglicerídeos (gorduras sanguíneas). Em alguns casos, o exame é solicitado em jejum de 8 a 12 horas para garantir resultados mais precisos, embora hoje muitos laboratórios aceitem a coleta sem esse pré-requisito.

“Pacientes com alto risco cardiovascular devem atingir níveis de LDL abaixo de 50, enquanto outros, de menor risco, podem estar dentro da meta adequada com LDL abaixo de 100 ou até 130. O médico precisa estabelecer o nível de risco e a meta de LDL”, afirma o cardiologista.

“O LDL, sem dúvida, é a principal ferramenta na definição do risco. Existe ainda o HDL, que é também importante, e geralmente figura como a segunda linha de prioridade na atenção. Em geral, para pacientes de muito alto risco, procurar mantê-lo acima de 50 é o ideal”, complementa.

*Tratamento*

O controle do colesterol elevado envolve, principalmente, mudanças no estilo de vida — com alimentação equilibrada e prática regular de atividade física — e, quando necessário, o uso de medicamentos. No entanto, a adesão a essas mudanças é um dos principais desafios no tratamento.

“A primeira grande dificuldade é a adesão às medidas não medicamentosas, que são a base do tratamento. De nada adianta tratar com medicação se o paciente não estiver comprometido com dieta, atividade física e controle do peso. O paciente precisa se envolver, entender a necessidade de estar ativo fisicamente, ter uma mudança positiva em seus hábitos alimentares e obter um peso ideal”, aconselha o médico.

Outro obstáculo comum é o uso contínuo dos remédios prescritos. “Tomar remédios diariamente exige disciplina. A adesão, às vezes, é dificultada pela ocorrência eventual de efeitos colaterais, que devem ser adequadamente abordados pelo médico, para que não reflitam interrupção desnecessária do tratamento”, pontua.

Leonardo Severino encerra com um alerta sobre os riscos da desinformação. Ele ressalta que é comum encontrar, especialmente na internet, publicações que questionam a eficácia dos medicamentos usados no controle do colesterol. “O que não é verdade”, destaca.