Na última quarta-feira, dia 10, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados protagonizou um momento decisivo ao ratificar a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, cujo caso é entrelaçado com os intrincados e sombrios episódios relacionados aos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A votação, marcada por intensos debates e expectativas, refletiu uma clara divisão entre os partidos políticos, com implicações que transcendem o âmbito jurídico e reverberam no contexto político nacional.
Dos 435 parlamentares presentes no plenário, 277 se posicionaram favoravelmente à manutenção da prisão, enquanto 129 votaram contrariamente e 28 optaram pela abstenção. Esta expressiva maioria pela continuidade da detenção de Brazão evidencia a força da argumentação que sustenta as acusações contra o político, bem como a intensa pressão pública e midiática que envolve o caso.
A votação evidenciou uma divisão significativa entre os representantes da bancada federal do Distrito Federal. Dos oito deputados da região, apenas dois parlamentares expressaram apoio à continuidade da detenção de Brazão, enquanto outros optaram por diferentes posicionamentos.
Os deputados Bia Kicis (PL-DF) e Alberto Fraga (PL-DF) votaram contra a manutenção da prisão do colega, que está atualmente detido na penitenciária federal de segurança máxima de Campo Grande. Enquanto isso, os deputados Fred Linhares, Gilvan Máximo e Júlio César, todos do Republicanos, não estavam presentes no plenário, juntando-se a outros 78 parlamentares que se abstiveram de votar.
Além disso, o deputado Rafael Prudente (MDB-DF) se absteve, acrescentando mais uma dimensão à dinâmica da votação. Enquanto isso, os deputados Professor Reginaldo Veras (PV) e Érika Kokay (PT) votaram a favor da manutenção da prisão.
A votação na CCJ representa apenas uma etapa no longo e complexo processo judicial que envolve Chiquinho Brazão. A decisão agora será submetida ao plenário da Câmara dos Deputados, onde novos debates e negociações políticas certamente surgirão, alimentando as incertezas e as expectativas em torno do desfecho deste caso emblemático que assombra o cenário político brasileiro.