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sábado, abril 20, 2024

CPI dos atos antidemocráticos: mesmo com provas, empresário nega envolvimento

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Por Paulo Santos

O empresário Adauto Lúcio Mesquita, morador de Brasília, negou à CPI dos atos antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que financiou o trio elétrico Coyote, usado em manifestações no QG do Exército. Mesquita foi ouvido nesta quinta-feira (4) no plenário da CLDF.

“Não contratei o trio elétrico”, disse o comerciante, ao ser indagado pelo presidente da CPI, Chico Vigilante. Mas, o deputado petista exibiu vídeo onde Mesquita aparece recebendo o equipamento.

“Pegando aqui agora o Coyote. Olha o tamanho do trio elétrico. É o maior de Brasília”, diz Adauto no vídeo que gravou e divulgou em suas redes sociais. Segundo as provas da CPI, o equipamento foi contratado por R$ 30 mil.

Doações

Aos membros da CPI, Adauto Mesquita admitiu que realizou doação de R$ 10 mi para a campanha de reeleição do ex-presidente Bolsonaro. Além disso, fez o que chamou de pequenas doações para pessoas do acampamento em frente ao QG.

De acordo com Chico Vigilante, a Polícia Civil do DF constatou que o empresário doou muito dinheiro e que ele foi um dos coordenadores da arrecadação. Porém, Mesquita também negou os atos e lembrou que o que está havendo é apenas um inquérito, o qual está em andamento e, no momento certo, vai provar sua inocência.

Eleitor arrependido

Ao final do depoimento, Adauto Mesquita admitiu que se arrepende de ter participado do movimento. “Se eu imaginasse que teria chegado a esse ponto, dessa exposição e desse sofrimento, eu realmente não teria ido. Não teria participado. Eu me arrependo, sim”, afirmou.

A deputada Paula Belmonte (Cidadania) reagiu dizendo que lhe causa tristeza o fato de o empresário ter se arrependido do que fez. “Não podemos deixar nossa população com medo de se manifestar. Não é proibido se manifestar”, declarou Belmonte.

Novo calendário

Na reunião desta quinta-feira (4), o presidente da CPI dos Atos Antidemocráticos, deputado Chico Vigilante (PT), divulgou calendário das próximas oitivas.

11/05 – Coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)

18/05 – General Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP)

25/05 – José Acácio Serere Xavante, pastor Missionário Evangélico e líder indígena xavante de Terra Indígena Parabubure

01/06 – Genera Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI)

07/06 – Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional (1º CPR) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)

17/06 – General Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI)

22/06 – Alan Diego dos Santos, suspeito de planejar ataque à bomba no Aeroporto Internacional de Brasília

Além disso, em requerimento extra pauta foi aprovada a convocação do comandante-geral da PMDF, coronel Klepter Rosa Gonçalves.

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