Desemprego: DF fecha 2017 com pior índice da série histórica
Desocupação atingiu 394 mil brasilienses no ano passado. Números da capital superam a média do país.
O Distrito Federal fechou 2017 com a pior taxa de desocupação da história da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada desde 2012. Segundo os dados, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (21), o desemprego atingiu 13,1% da população da capital no ano passado, o equivalente a 394 mil pessoas.
Os números de Brasília ficaram acima da média registrada no Brasil em 2017, de 12,7%. A taxa é 9% maior que a registrada em 2016, quando 12% da população da capital sofreu com o desemprego.
Desde que o IBGE começou a fazer a pesquisa, o menor número de Brasília foi registrado em 2012, quando 8,6% dos trabalharadores ficaram desocupados.
Pesquisa por trimestre
No último trimestre do ano passado, o DF foi a 10ª unidade federativa com maior taxa de desocupação no país. No período, 13,2% dos brasilienses ficaram desempregados – o equivalente a 397 mil pessoas.
A taxa registrou alta de 7,3% comparada ao número do terceiro semestre do ano passado (12,3%), quando o DF era o 14º no ranking nacional. O índice foi o terceiro pior da série histórica do IBGE. A pior taxa foi registrada no primeiro trimestre do ano passado – 14,1% –, seguida pelo número do últimos três meses de 2016: 13,9%.
Amapá é líder de desemprego
Com 18,8%, o Amapá ultrapassou Pernambuco (16,8%) e foi a unidade da federação com maior taxa de desemprego no Brasil no quarto trimestre de 2017. Além dos dois, os outros estados à frente do DF foram Alagoas, Rio de Janeiro, Bahia, Amazonas, Sergipe, Maranhão e Piauí. Santa Catarina, com 6,3%, é o melhor da lista.
O Nordeste ainda é a região do país com maior índice de desocupação, com 13,8% – o número teve queda de um ponto percentual comparado ao terceiro trimestre. Sudeste (12,6%), Norte (11,3%), Centro-Oeste (9,4%) e Sul (7,7%) vêm em sequência no ranking.
Recorde negativo
Mesmo tendo registrado queda no último trimestre do ano – de 12% para 11,8% –, a taxa média de desocupação no Brasil fechou 2017 com o pior índice da história. Falta trabalho para 26,4 milhões de brasileiros, segundo o IBGE.
Apesar de as taxas indicarem uma tendência de queda nos próximos trimestres, a qualidade dos empregos não deve melhorar, já que a maioria das vagas não oferece carteira assinada. O trabalhador informal ganha 44% menos que o empregado com CLT.
Fonte: Portal de Notícias G1