Uma das principais causas de doenças cardiovasculares, o colesterol alto não apresenta sintomas e a maioria das pessoas nem imagina que sofre da doença
No dia 8 de agosto é comemorado o Dia Nacional do Combate ao Colesterol. Em um momento em que a conscientização sobre vida saudável é cada vez maior, o cenário ainda não é o ideal. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 40% da população brasileira sofre com alterações nos níveis de mau colesterol. Mas, afinal, o que é colesterol?
De acordo com o Dr. Jairo Rocha, cardiologista do ICTCor (Instituto do Coração de Taguatinga), o colesterol é um tipo de gordura que é encontrada no organismo humano e fundamental para seu funcionamento. “Existem dois tipos de colesterol: o LDL, que é considerado o mau colesterol, e o HDL, tido como o colesterol bom. O HDL serve como um limpador, que retira o LDL das artérias e o transporta para o fígado, onde será excretado”, explica. Logo, se os níveis de mau colesterol forem maiores que o de bom, é importante ficar atento.
O colesterol alto não provoca sintomas. Por se tratar de uma doença silenciosa, muitas vezes as pessoas não percebem o problema, o que pode trazer consequências gravíssimas. Quando em altos níveis, a substância se acumula nas artérias, inclusive nas coronárias e carotídeas, formando espécies de placas que dificultam o fluxo sanguíneo que chega ao coração e ao cérebro. Isso aumenta consideravelmente o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio. Vários estudos apontam o colesterol alto como uma das principais causas de doenças cardiovasculares, correspondendo a mais de 300 mil mortes no Brasil por ano de acordo com o Ministério da Saúde (uma morte a cada dois minutos).
Ao detectar, por meio de exames de sangue, que está com os níveis alterados, a pessoa deve procurar os tratamentos adequados. “Existem várias maneiras de tratar a doença, desde alimentação, atividade física, medicamentos até procedimentos cirúrgicos. Para os casos de entupimento de artérias, a angioplastia e o cateterismo são os mais recomendados. Mas cada caso precisa ser avaliado individualmente, a pessoa jamais pode se automedicar. A orientação especializada é essencial para o sucesso do tratamento”, diz Dr. Evandro Osterne, cardiologista do ICTCor.
Prevenção – Já que prevenir é melhor do que remediar, existem alguns hábitos que ajudam na hora de ajustar os níveis de colesterol. Não fumar, manter uma frequência de atividades físicas e se hidratar bem são exemplos a serem seguidos, principalmente se houver histórico familiar ou de diabetes. Além destes, uma boa alimentação é fundamental, já que 30% do colesterol total do ser humano é adquirido via alimentos, sendo os outros 70% produzidos pelo próprio organismo.
Alimentação Saudável – Segundo o nutricionista Daniel Novais, alimentos ricos em gorduras saturadas são os primeiros a ser evitados, ou até cortados. “Margarina, frituras, embutidos, chocolates e sorvetes são alguns dos vilões da alimentação quando se trata de colesterol ruim”, garante. Por sorte, existem também os alimentos “do bem”, que, associados a exercícios físicos e não consumidos com exagero, aumentam o colesterol bom e controlam o ruim. “Já neste grupo, temos os peixes, abacate, azeite de oliva, alho, cebola e manteiga de amendoim”, completa Daniel. Agora que você já sabe o que fazer (e o que não fazer), hora de se cuidar!