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sexta-feira, maio 16, 2025

Espaço para reflexão na mostra de cinema em homenagem a Ennio Morricone no CCBB Brasília 

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Espaço para reflexão na mostra de cinema em homenagem a Ennio Morricone no CCBB Brasília 

A programação contará com um debate, no dia 22 de fevereiro, às 19h, envolvendo o curador Rafael Bezerra e a pesquisadora Luíza Alvim, doutora em Comunicação, pós-doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Música da UFRJ e autora do livro “A música no cinema de Robert Bresson”.

Também participa da discussão Mateus Alves, mestre em composição pela Royal College of Music (Londres – Inglaterra), onde estudou Música para Cinema com o compositor britânico Howard Davidson. Desde 2013, vem trabalhando constantemente com trilhas sonoras para filmes pernambucanos, como “Aquarius” e “Brasil S/A”.

“Ennio Morricone é uma homenagem de quatro semanas, vinte e dois longas, algumas obras-primas, debates, e muitas memórias. É uma mostra de filmes e trilhas de todos os tipos, gêneros, décadas e nacionalidades. Um breve e afetivo panorama dedicado a exibir e fomentar a discussão a respeito da filmografia diversa e extensa de um dos maiores compositores da história do cinema”, finaliza Rafael Bezerra. O debate terá intérprete de libras.

Sobre a Mostra

Não precisa ser grande conhecedor da sétima arte. Qualquer pessoa que goste de cinema já teve contato com alguma das mais de 500 obras de Ennio Morricone pelo menos uma vez. O maestro e compositor italiano que completa 90 anos em 2018 ainda na ativa, responsável pela trilha sonora de filmes memoráveis na história do cinema mundial, ganha mostra em sua homenagem no Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília, de 30 de janeiro a 25 de fevereiro, com várias sessões gratuitas.

Ao longo de quatro semanas, os brasilienses poderão assistir a 22 longas de gêneros, países e diretores diferentes, com direito a intérprete de libras e a audiodescrição em uma sessão do filme “Por um punhado de dólares”. “Minha mãe sempre colocava o disco da trilha sonora do filme A Missão (1986) para tocar em casa, tenho boas recordações da época ao som de Ennio Morricone. Acredito que assim como eu, várias outras pessoas também foram marcadas por suas composições e mantêm com a obra dele uma relação afetiva”, afirma o curador Rafael Bezerra.

De acordo com ele, Morricone é um dos maiores compositores de trilhas para o cinema da história. Sua assinatura é inconfundível, embora esteja sempre muito bem casada com a obra de cineastas igualmente inconfundíveis. “É incrível essa capacidade de se manter original e ao mesmo tempo ser absorvido por gêneros, mise-en-scènes e visões de cinema bem diferentes entre si. Morricone é um nome decisivo para alguns caminhos tomados pelo que chamamos de cinema moderno, em seu gosto por citações, pela música pop e pela música concreta”, conta.

O curador explica ainda que o maestro não tem uma trilha preferida. Mas ele tem uma predileção pelos trabalhos menos comerciais. Não gosta muito do termo “spaghetti Western” e prefere não falar dos tempos com o Sergio Leone. Não que tenha problemas com essa época, ao contrário. Mas Leone foi apenas um dos grandes cineastas com quem trabalhou. Este, aliás, foi um dos nortes da curadoria: fazer um panorama que desse conta da diversidade da obra do Morricone, que tem longas colaborações com outros cineastas (Tornatore, Pasolini, Elio Petri, Sergio Corbucci), trabalhou com outros tantos, e fez filmes de terror, policiais, dramas etc.

Gênio italiano da música para cinema

Morricone escreveu algumas das trilhas sonoras mais conhecidas dos “western spaghetti” do cineasta Sergio Leone: Per un pugno di dollari (Por um Punhado de Dólares), de 1964, Per qualche dollaro in più (Por Uns Dólares a Mais), de 1965, Il buono, il brutto, il cattivo (Três Homens em Conflito), de 1966, e C’era una volta il West (Era uma Vez no Oeste), de 1968. Suas composições mais recentes incluem as bandas sonoras de Once Upon a Time in America (Era uma vez na América), de 1984, The Mission (A Missão), de 1986, The Untouchables (Os Intocáveis), de 1987, Nuovo cinema Paradiso (Cinema Paradiso), de 1988, Lolita, de 1997, Malèna, de 2000, e Inglorious Basterds (Bastardos Inglórios), de 2009.

O maestro italiano venceu cinco prêmios BAFTA entre 1979 e 1992. Foi também indicado pela Academia de Hollywood para cinco Oscares de Melhor Banda Sonora Original entre 1979 e 2001. Em 2007, Morricone recebeu pelas mãos de Clint Eastwood um Oscar Honorário “pelas suas magníficas e multifacetadas contribuições musicais ao cinema”. Em 2016, ganhou o Globo de Ouro e o Oscar pela trilha sonora de “Os Oito Odiados”, do diretor Quentin Tarantino.

Serviço:

Sonora: Ennio Morricone

Data: de 30 de janeiro a 25 de fevereiro

Local: CCBB Brasília

Endereço: SCES Trecho 2

Classificação indicativa: 12 anos

Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) apenas na bilheteria do CCBB*

Confira a programação completa da mostra no site:  culturabancodobrasil.com.br e as sessões gratuitas e pagas

 

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