Ex-Diretor de Planejamento e Controladoria da Funcef classifica como infundadas e caluniosas as declarações veiculadas por coluna na imprensa
Por: Natasha Rosa
“A boa reputação vale mais que grandes riquezas; desfrutar de boa estima vale mais que prata e ouro”.
A frase, encontrada no Capítulo 22, versículo 1 do Livro de Provérbios, expressa bem o alvo dos ataques desmedidos sofridos pelo ex-Diretor de Planejamento e Controladoria da Funcef, Max Pantoja, a integridade de sua reputação.
Uma nota publicada em uma coluna jornalística de grande visibilidade com inverdades e erros graves abordou, com chamada mentirosa e sensacionalista, suposta indicação de Pantoja ao comando da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), acusando-o de condenado por assédio moral.
O processo judicial citado foi interposto contra a Funcef e não individualmente contra a pessoa de Pantoja, que nao integra seu polo passivo e não tinha sequer sido informado a respeito de sua existência pela área jurídica da Funcef, subordinada ao seu Diretor-Presidente.
“Nem quando a Funcef foi notificada de sua abertura, nem durante o curso do processo, antes da sentença. Portanto, nunca fui condenado por assédio moral, como constou na publicação”, destacou.
A nota, sem citar as fontes, acusou levianamente Pantoja, em tom de fofoca de comadres, sem nenhum cuidado com a observância da verdade e sem o menor pudor em rasgar os preceitos jornalísticos de isenção, apuração e em ouvir todos os lados citados.
É sintomático que a acusação na Coluna do Metrópoles tenha sido veiculada dois dias após a publicação de outra matéria na Revista Investidor Institucional, não menos tendenciosa, mencionando uma suposta carta, com 30 assinaturas de supostos ex-gestores de fundos de pensão, com conteúdo calunioso e difamatório contra Pantoja, que teria sido enviada para todos os parlamentares e lideranças do PT, inclusive para a Presidente do PT Gleisi Hoffmann e o Presidente Lula.
Pantoja esclarece que a tal carta não foi publicada na notícia e não pôde ter acesso a seu inteiro teor, nem ao menos para entender do que se tratava, tendo tido conhecimento apenas dos trechos veiculados na referida matéria jornalística.
Filiado há cerca de dez anos ao PDT, Pantoja fez questão de deixar claro que a sua atuação na Funcef ao longo dos oito anos que esteve à frente da instituição não foi contra partidos ou pessoas, mas “contra atos e procedimentos de agentes capazes de causar danos ou que os tenham causado ao patrimônio dos participantes da Funcef sob sua custódia”.
Pantoja argumenta e explica que dada a assimetria de poder nos órgãos colegiados entre Dirigentes eleitos pelos participantes e indicados pelo Presidente da CAIXA, seria difícil impedir desvios só com o voto nos órgãos colegiados, por isso, a atuação de instituições como o MPF, a Polícia Federal e a Justiça foram essenciais para recuperar cerca de R$ 2 bi para os cofres da Funcef.
Quem acusa
Perplexo com a repercussão do conteúdo inverídico da Coluna do Metrópoles contra a sua pessoa, Pantoja destacou que se tivesse ao menos sido consultado, teria tido a oportunidade de esclarecer que o autor do processo nunca fora seu subordinado, mas da Diretoria de Investimentos, na qual, inclusive, respondia como substituto eventual do Diretor indicado pelo Presidente da Caixa.
“Por dever de ofício, lamentavelmente, por mais de uma ocasião, tive que requerer que a Diretoria Executiva o convocasse, na qualidade de colaborador da Funcef, para prestar esclarecimentos sobre atos por ele praticados, bem como que fosse aberto procedimento de apuração de responsabilidade, o que certamente causou ressentimentos”, avalia.
Pantoja complementou acrescentando que uma das razões de ter proposto a abertura de Processo Administrativo foi para apuração de responsabilidades por assinaturas em documentos que instruíam proposta apresentada pelo então Diretor de Investimento que pretendia pagar cerca de R$ 50 milhões a terceiros, numa transação que auditoria interna classificou como “tentativa de fraude contra a Funcef”.
Carreira
Graduado em Engenharia Elétrica e Ciências Contábeis e com especialização em Finanças e Auditoria, Pantoja trabalhou cerca de trinta anos na Caixa Econômica Federal onde atuou como Gerente de Relacionamento Institucional, Gerente Nacional e Consultor na Presidência.
Atuou também, cedido pelo banco, no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), na Secretaria de Tesouro Nacional e na Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração (SPOA), do Ministério da Fazenda.
Com tantos anos de atuação ilibada na instituição, Pantoja lamentou a forma como foi tratado, desrespeitosamente, pelo veículo. “Não oportunizar a uma pessoa o direito de resposta fere caros preceitos de um Estado Democrático de Direito, como a ampla defesa e o contraditório”, finaliza.