Nova mamografia permite à paciente o controle da pressão na mama
Desenvolvido por mulheres, Pristina é um mamógrafo digital que promete aliviar o desconforto e a dor causada pelo exame
Março é considerado o Mês da Mulher e, além de parabenizá-las, é importante reforçar a conscientização sobre doenças que as atingem com maior frequência. Dentre estas, o câncer de mama, segundo tipo de tumor que mais atinge mulheres no mundo.
Nos últimos anos, o câncer de mama causou 8,2 milhões de mortes no mundo, e, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), estima-se que cerca de 25% das mortes femininas no Brasil ocorram em decorrência desta patologia. A falta de informação ainda é a principal causa dessa lamentável estatística. Também de acordo com a SBM, muitas dessas mortes poderiam ser evitadas se houvesse um diagnóstico precoce, uma vez que aumentariam as chances de cura significativamente.
No entanto, o principal exame para diagnóstico precoce do câncer de mama, a mamografia, ainda é motivo de medo para parte das mulheres. Muitas evitam fazê-lo para fugir da dor e do desconforto provocado pela pressão que o aparelho faz na mama. “É importante ressaltar que a dor é passageira e varia de acordo com a sensibilidade de cada corpo. Portanto, isso não pode ser motivo para não fazer mamografia, um exame indispensável para as mulheres com mais de 40 anos, ou até mesmo para as mais novas, caso haja antecedente familiar da doença”, destaca o médico radiologista do IMEB (Imagens Médicas de Brasília), Filipe Barra.
A própria medicina, associada aos avanços tecnológicos, vem buscando novas formas de aumentar as chances de diagnóstico precoce e diminuir o incômodo que a mamografia provoca. A mais recente é o mamógrafo digital, já disponível em Brasília por meio do IMEB. Trata-se do Senographe Pristina ou Pristina, aparelho que permite à própria paciente fazer a compressão mamária, através de um controle remoto sem fio. A tecnologia foi desenvolvida por uma equipe de mulheres da GE Healthcare.
A novidade no mercado já aponta dados que mostram que as pacientes submetidas a este exame resistem mais à dor da compressão na mama, devido à autonomia do controle em mãos. “Além disso, o Pristina possibilita mais eficiência no diagnóstico, uma vez que a tecnologia utilizada, chamada tomossíntese mamária, permite a visualização da mama em vários ângulos, aumentando a probabilidade de um diagnóstico precoce”, ressalta Barra.
Em Brasília, o Pristina está disponível na unidade Vitrium do IMEB, localizada no SGAS 614 Sul.