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quinta-feira, maio 2, 2024

Novembro Azul: A solução contra a infertilidade masculina

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Novembro Azul: A solução contra a infertilidade masculina

Uma das preocupações dos pacientes com câncer de próstata é a infertilidade,
mas o avanço da medicina pode solucionar esta questão

No Distrito Federal, os dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam 850 novos casos de câncer de próstata para 2019. A doença é a segunda maior causa de morte por câncer entre homens diagnosticados no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Nesse cenário preocupante, os pacientes podem receber uma boa notícia. Graças aos avanços aos avanços da medicina, a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) traz a solução para a preservar a fertilidade masculina durante o tratamento.

O procedimento recomendado pela entidade consiste na retirada de sêmen para congelamento de espermatozoides antes do início do tratamento oncológico – cirurgia, quimioterapia, radioterapia e uso de medicamentos.

A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino responsável por produzir uma secreção fluida para nutrição e transporte dos espermatozoides. Situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto, sendo atravessada pela uretra, canal que se estende desde a bexiga até a extremidade do pênis e por onde a urina é eliminada.

“Na verdade, o câncer de próstata não causa infertilidade. São os tratamentos contra a doença que podem deixar os homens inférteis”, afirma o urologista e especialista em reprodução humana assistida creditado pela SBRA, Matheus Roque. Os tratamentos afetam a função da glândula masculina.

Dependendo do caso, o médico pode indicar a retirada cirúrgica da glândula. Sem a próstata, a produção do líquido seminal é afetada, ou seja, o homem fica infértil. “Quando pensamos na cirurgia de retirada da próstata, como um dos principais tratamentos contra a doença, deve-se ressaltar a ocorrência da azoospermia obstrutiva, ou seja, a obstrução no local em que o espermatozoide deveria passar.

O homem continua produzindo espermatozoides, mas eles não serão ejaculados, ocorrendo assim a infertilidade. É como se fosse uma vasectomia”, explica Roque.

No caso dos pacientes que precisam de quimioterapia e radioterapia para combater as células cancerígenas, o comprometimento da fertilidade aumenta. Segundo Edson Borges Júnior, urologista e especialista em reprodução humana assistida e membro da diretoria da SBRA, metade das pessoas que passam por tratamentos contra o câncer ficam estéreis. “O tumor é um tecido que se divide rapidamente. Os tratamentos das neoplasias, como radioterapia e quimioterapia, atingem não apenas estas células, mas também o tecido testicular, comprometendo a produção de espermatozoides”, explica ele.

Mas a doença não significa o fim da fertilidade para os pacientes que desejam manter a capacidade reprodutiva.

Atualmente, as técnicas de reprodução assistida permitem o congelamento de espermatozoide em uma clínica de reprodução. Mas os especialistas advertem: é preciso realizar o procedimento antes do início de qualquer tratamento contra o câncer.

Nos casos cirúrgicos, além da possibilidade do congelamento antes da cirurgia, ainda é possível obter posteriormente os espermatozoides diretamente do testículo para o processo de fertilização in vitro, no qual o óvulo é fecundado no laboratório e o embrião é transferido para o útero. “É preciso fazer uma pulsão na região do epidídimo ou testículos para encontrar espermatozoides”, explica Roque.

Sobre a doença – Segundo o Inca, a cada dia 42 homens morrem em decorrência do câncer de próstata e aproximadamente três milhões vivem com a doença. Apesar de ser uma doença mais frequente após os 65 anos de idade, os casos a partir dos 50 anos de idade tem sido mais frequente.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que os homens a partir da puberdade devem procurar um profissional especializado, para avaliação individualizada. O início da avaliação do risco de câncer da próstata começa aos 50 anos e, naqueles da raça negra, obesos mórbidos ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar aos 45 anos.

Os exames deverão ser realizados após uma análise dos fatores de risco pelo urologista e ampla discussão de riscos e potenciais benefícios, em decisão compartilhada com o paciente. Após os 75 anos, poderá ser realizado apenas para aqueles com expectativa de vida acima de dez anos.

 

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