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domingo, maio 5, 2024

Nutrigenética: saúde sob medida

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Nutrigenética: saúde sob medida

O DNA traz informações preciosas para a elaboração de um planejamento alimentar personalizado e eficiente.

Foram seis anos até que Pâmela Ghetti conseguiu tratar de forma definitiva os males provocados por uma grave intolerância alimentar. Nesse período, ela buscou diversos especialistas, se submeteu a vários exames, e fez mudanças na rotina alimentar. Contudo, Pâmela só conseguiu encerrar esse desagradável capítulo de sua vida e obter respostas sobre a causa de seus desconfortos com auxílio da Nutrigenética, que é a ciência que estuda os efeitos da alimentação no organismo, com base na sua informação genética.

Há um ano e meio, Pâmela experimenta uma nova qualidade de vida e, com o sistema imunológico fortalecido e 17% de gordura, ela comemora: “eu praticamente não fico mais doente e estou feliz com minha composição corporal”. Ela realizou os exames de mapeamento genético com a doutora Priscilla Marcondelli, especialista e pioneira em Nutrigenética no Distrito Federal. O seu plano alimentar foi elaborado com base nos resultados dos exames, que mostraram como seu organismo reagia a determinados alimentos, indicando aqueles que lhe fazia bem e outros que deveria evitar, por não conseguir metabolizar adequadamente. Nos primeiros 90 dias de tratamento, foi introduzida uma dieta de detoxificação, com a retirada total de alguns alimentos. O esforço valeu a pena, “tirei os alimentos que me faziam mal e além da melhora dos desconfortos gastrointestinais que sentia eu ainda ganhei massa muscular e reduzi o percentual de gordura”, conta a paciente. Passada essa primeira fase, a dieta foi reequilibrada, considerando as informações genéticas e as reações de Pâmela à abordagem inicial.Uma importante descoberta do metabolismo de Pâmela foi a de que ela se favorece com uma dieta low carb para a saúde e estética.

Casada e mãe de dois filhos, Isabela e Davi, Pâmela convidou a família a realizar o exame também. O marido Guilherme Ghetti se mostrou um pouco receio em um primeiro momento, mas depois dos visíveis resultados da esposa, ele fez o exame. Já são seis meses vivendo os benefícios da mudança alimentar, para ele também. O teste mostrou vários detalhes do metabolismo de Guilherme que ele sequer suspeitava que tinha e, após o primeiro mês das alterações realizadas na sua alimentação, ele percebeu uma grande melhoria em uma enxaqueca quase incapacitante que o acompanhava há anos, além de ter relatado a diminuição de dores articulares. “No início, eu tive alguns episódios de dor de cabeça mais leves e com o tempo, essas dores praticamente desapareceram”, conta. Por mais que a redução do peso não fosse uma prioridade, Guilherme relata que emagreceu cerca de seis quilos após a mudança na alimentação, além de ganhar massa muscular: “a percepção era de como se houvesse reduzido dez quilos de gordura em três meses”.

O exame não tem restrição de idade, como explica a doutora Priscilla Marcondelli, o teste pode ser feito ainda na maternidade: “nasceu, já pode fazer, pois o DNA não muda”. A doutora explica que “o hábito alimentar é o fator externo que mais influencia na expressão dos nossos genes. E aí que está o grande segredo do mapeamento genético. Os seus genes indicam, de forma precisa, o que se deve fazer para a elaboração do planejamento alimentar. É por isso que a Nutrigenética é uma ferramenta tão importante e assertiva. É a ciência a favor da qualidade de vida”, justifica.

Doutora Priscilla Marcondelli, nutricionista e pioneira em nutrigenética em Brasília

Os resultados do exame de Isabela, de 3 anos, filha do casal, identificou uma a possibilidade de desenvolver uma intolerância à lactose, além de apontar que seu metabolismo é lento para cafeína. Com isso, os pais controlam o consumo de laticínios, chocolate e, no futuro, Isabela sabe que precisará maneirar no cafezinho. Pâmela já desconfiava sobre os laticínios, pois a filha apresentava crises de tosse ao consumir leite e iogurte. Com a confirmação do exame, a decisão foi de reduzir esses alimentos no dia a dia e liberar em festinhas e nos finais de semana.

“Isabela se adaptou bem ao leite de amêndoas e, ao mesmo tempo, não deixa de comer um brigadeiro esporadicamente”, conta a mãe. O irmão, Davi, de 7 anos, não apresentou nenhuma predisposição a desenvolver intolerância alimentar, no entanto, seus resultados apontam para um metabolismo alterado da vitamina A, colina e, o mais grave, uma predisposição ao aumento do colesterol. Os ajustes na dieta de Davi permitirão que o pequeno desfrute de uma vida saudável, sem desencadear doenças relacionadas a elevadas taxas de colesterol e problemas relacionados à visão.

Isabela e Davi, o cuidado com a saúde desde cedo

Por mais que a sensibilidade ao glúten e à lactose possa parecer comum nos dias de hoje, a Dra. Priscilla lembra que “varia de pessoa para pessoa e não é possível apontar uma tendência, vai depender o que a pessoa traz de informação genética e o que foi adquirido, ou provocado ao longo da vida, pelo hábito alimentar”.

Seguem abaixo alguns conceitos comuns sobre dieta vivenciados pela família Guetti

Dia do Lixo ou refeição livre?

A Dra. Priscilla defende que as pessoas podem ter algumas refeições livres em dias diferentes ao invés do famoso “dia do lixo”, prática comum entre nutricionistas. Ela explica que não gosta do dia do lixo porque o paciente acaba fazendo várias refeições seguidas com a ingestão de alimentos inflamatórios e mais calóricos. “A dose do “veneno” se dá na freqüência do consumo”, diz ela. Pâmela e Guilherme notaram bem isso e afirmam que o preço que se paga é caro, com os dias de lixo. “Quando a gente quebra a dieta em várias refeições consecutivas, as consequências aparecem. Por exemplo, eu não tenho mais dor de cabeça, mas a enxaqueca volta quando a gente dá aquela pisada na jaca em um dia inteiro de refeições trash”.

Alimentação na rua

A restrição alimentar pode assustar na hora de pensar no almoço ou no jantar fora de casa. No entanto, muitos restaurantes e supermercados já apresentam opções para pessoas que tenham algum tipo de sensibilidade alimentar. O casal afirma: “é muito mais fácil do que as pessoas imaginam”.

Guilherme ainda conta: “eu sempre gostei de comer bem, pensando apenas no paladar, mas hoje eu entendo que alguns alimentos não podem mais fazer parte da minha rotina. Quando você vê, na verdade, é só uma reeducação do seu cardápio, não significa que vai passar fome”. Desconhecer suas sensibilidades alimentares provocou a Guilherme desconfortos por anos, que acabaram com simples ajustes em sua dieta. Hoje, ele gostaria de ter feito o exame há mais tempo e reafirma que “o bem-estar que te gera justifica, com sobra, retirar ou reduzir alguns alimentos da rotina alimentar”.

Você é o que você come

O velho ditado é a realidade vivida pela família Ghetti. Eles entenderam que a alimentação é o primeiro passo para ter saúde e um dos benefícios é um corpo bacana.

Como funciona o exame?

Primeiramente, é preciso ter uma amostra do DNA do paciente, e este processo é feito de forma simples e indolor. O profissional coleta o material genético com o swab (parece com um cotonete) na mucosa da parede bucal, armazena em uma ampola com álcool e o material segue para análise de laboratório. No país, diversas empresas realizam o teste e entre elas está a DF Medica, na Itália, referencia mundial na área de Genética que oferece uma análise completa aos pacientes e especialistas.

O exame de nutrigenética mais completo no mercado é o iGenesis que é composto por cinco módulos. São eles:

  • Slim: analisa o metabolismo dos carboidratos, dos lipídios e das proteínas. Busca identificar um perfil alimentar de macronutrientes personalizado, com base na predisposição genética. A análise genética do comportamento e dos hábitos alimentares, os quais influenciam diretamente no padrão alimentar, permitindo assim, a personalização do programa alimentar, visando à obtenção e manutenção do peso saudável.

 

  • Micro: traz informações genéticas sobre o metabolismo, a absorção e o transporte das vitaminas. Também analisa a absorção do cálcio e do magnésio.

 

  • Sensor: individualiza a predisposição a certas intolerâncias e sensibilidades alimentares. Substâncias como álcool, cafeína, níquel, sódio, frutose, lactose e glúten, assim como a predisposição genética ao acúmulo ou à deficiente absorção de ferro.

 

  • Health: ajuda a conhecer antecipadamente a suscetibilidade à hipercolesterolemia, à diminuição da atividade insulínica, ao acúmulo de gordura visceral e à síndrome metabólica possibilitam a oportunidade de modular o programa alimentar, permitido uma prevenção eficaz.

 

  • Detox: identifica a predisposição genética do organismo para combater, de maneira eficaz, o excesso de radicais livres e o acúmulo de toxinas.

Os cinco módulos se complementam e não podem ser comercializados separadamente para garantir os resultados acima descritos de forma integral e sistêmica.

A partir do resultado do exame, o profissional terá informações para elaborar um plano alimentar realmente individualizado para saúde e estética, suplementar de forma objetiva e segura o individuo, identificar precocemente as sensibilidades alimentares e potencializar a capacidade antioxidante e destoxificante do organismo.

Hoje a família Guetti comemora os resultados obtidos e vivencia uma nova fase com mais consciência em que a reeducação alimentar se tornou um estilo de vida.

 

 

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