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sexta-feira, abril 26, 2024

Sereismo: Um mergulho na diversão

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As referências da Cultura Pop criaram um mundo maravilhoso sobre os mistérios do alto mar. Sereias e tritões compartilham muito em comum e criam gerações e gerações de apaixonados pela água

Por Luís H Andrade | Fotos: Thais Picchi

Para muitas garotas ser uma sereia era um sonho distante. Acostumadas com os filmes e contos de fadas da Barbie, A Ariel –  Pequena Sereia e, seriados de televisão como “H2O – Meninas sereias”, e até mesmo em filmes como Piratas do Caribe e Harry Potter, que apresentam espécies diferentes.

Porém, uma onda de diversão atingiu em cheio as garotas: O Sereismo.

Originalmente criado para definir pessoas que gostavam de fazer o Costume Play, ou “Cosplay”, se vestindo com tudo que remetia ao mar, o Sereismo tomou conta mundialmente e virou uma febre, e para muitas um estilo de vida.  Garotas e também alguns garotos estão descobrindo que é possível sim, viver uma fantasia.

E para ser uma sereia completa não precisa de muita coisa. Apenas uma cauda e amor pela natureza.

Curiosamente, as caudas podem ser feitas de neoprene, aquele tecido utilizado em confecções de produtos para nadadores, lycra, silicone e até mesmo com fibra de vidro. A confecção de caudas pode demorar até seis meses e os valores podem ultrapassar os 500 reais.

Não há uma dieta restritiva para adotar esse estilo de vida ou muitas regras. Porém, é necessário gostar e se sentir conectada a natureza, proteger todos os animais e, claro, o mar. Países como Nova Zelândia, Austrália, Filipinas já possuem uma cultura de preservar e estudar o sereísmo.

Aqui em Brasília, por outro lado, temos a Aquamagia. Um espaço especial para todos que buscam se descobrir como nadadores.

Plano Brasília (PB) o que é Sereismo?

Thaís Picchi: O movimento de sereias tem acontecido no mundo todo. Aqui no Brasil, algumas pessoas deram o nome de sereismo. Mas está ligado à moda, aos elementos do mar. No mundo inteiro tem gente que gosta de se vestir, o pessoal do cosplay, numa maneira lúdica. E tem gente que gosta dos livros, dos filmes. Começou assim a ter várias sereias trabalhando em aquários, dentro d’água. É como se fosse uma dança dentro da água.  A gente aprende a se manifestar de maneiras diversas. É uma expressão artística.

Começaram a surgir classes, aulas de sereias porque existem vários tópicos relacionados a mergulho que você aprende. Tanto o mergulho em apnéia, quanto o de movimentação dentro d’água.

Em vários lugares do mundo, como China, Hong Kong, Argentina as pessoas estão dando aula e criando grupos de prática. No Aquário de São Paulo, por exemplo, existem apresentações.

A atuação das sereias está ligada a proteção do meio ambiente. Então muitas utilizam esse encanto a figura, para chamar atenção para que possamos cuidar melhor dos mares. É um trabalho muito importante que a gente faz.

Plano Brasília (PB): Existem restrições para a prática?

Thaís Picchi: Para fazer as aulas em turma é necessário saber nadar. Indicamos a partir de 7 ou 8 anos. Menores precisam de aulas particulares. É necessário, porém, ter alguns cuidados com segurança. Se a pessoa for usar a cauda, mesmo que tenha feito as aulas, sempre vai treinar com outra pessoa junto. É necessário ter a presença de algum adulto no ambiente.

Fotos: Thais Picchi

PB: Como são feitas as aulas?

Thaís Picchi: A aula introdutória é muito legal. Conversamos sobre a ideia que cada uma tem das sereias, como se identificam com elas. Tiramos algumas fotos para fazer um registo. Elas escolhem as caudas, acessórios, colares de pérolas. Podem usar maquiagem não tão convencional até batom azul.

Aprendemos depois a como mergulhar, fazer aquele splash fora d’agua e giros.

PB: Quantidade de pessoas por aula?

Thaís Picchi: São até seis pessoas por turma. É algo mais privado, cuidadoso. Porque elas estão na água, né? com algo diferente no corpo delas. Elas precisam aprender a se movimentar com aquela cauda. Já dei aula para garotos, pré-adolescentes. Há alguns adultos que entram em contato comigo, mas não tive nenhum Tritão adulto. Estou louca para ter.

PB: Há garotos no curso?

Thaís Pichi:

Já dei aula para garotos, pré-adolescentes. Há alguns adultos que entram em contato comigo, mas não tive nenhum Tritão adulto. Estou louca para ter.

Thaís Picchi: O curso intermediário é feito com técnicas de mergulho em apneia, várias movimentações debaixo d’agua, expressão em baixo d’agua, movimentos sincronizados e questões de segurança e emergência.

PB: Qual o valor do curso?

Fotos: Thais Picchi

Thaís Picchi:  Aqui em Brasília nós trabalhamos com o valor de R$ 425 Reais. O preço inclui a caudas, as fotos, a aula prática na piscina e o certificado internacional. Eu sou mergulhadora em apneia e tenho alguns recordes, já fiquei 4,5 minutos sem respirar. Fiz o curso para ser professora de sereia nas Filipinas, em uma das escolas mais tradicionais do mundo.

Nas aulas, as mulheres se realizam. É um sonho de criança. Tem gente que se conecta a figura de sereias de maneiras diversas. Tem gente que sempre se imaginou sereia. Tem algumas que falam sobre ser livre, ser autônoma.

 

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