Vigilantes mantêm greve e órgãos públicos e privados seguem fechados
Funcionamento de monumentos, como a Torre de TV, hospitais e unidades de internação de menores infratores também está prejudicado
Nesta segunda-feira, todas as agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, por exemplo, disponibilizam somente o autoatendimento. No BRB, apenas 33% estão abertas ao público. As unidades do INSS de Taguatinga, Sobradinho, Gama e Planaltina estão de portas fechadas. Apenas as da Asa Sul e de Ceilândia atendem pessoas que fizeram agendamento prévio.
A greve não tem data para acabar. Representantes do Sindicato dos Vigilantes do DF (Sindesv) vão se reunir com trabalhadores, em assembleia, nesta segunda, às 19h, no estacionamento do Conic, no Setor de Diversões Sul. Mas a tendência é o movimento continuar.A categoria reavalia a paralisação após o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região determinar, por meio de liminar expedida na sexta-feira (2), a suspensão da greve e o retorno imediato de “100% do efetivo nos postos de serviços hospitalares, bancários, transporte de valores e tribunais de Justiça, assim como 70% nos demais postos de serviços”, sob pena de multa diária de R$ 100 mil para o sindicato.
A classe cruzou os braços na última quinta-feira (1º). Os vigilantes reivindicam aumento de 7% e manutenção de todas as cláusulas da convenção coletiva. A data-base dos trabalhadores é no início de janeiro, mas eles afirmam que não houve avanço nas negociações com os donos das empresas.
Confira os setores afetados pela greve dos vigilantes:
Bancos
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou, em nota, que “cada instituição tem a prerrogativa de optar por não abrir uma ou mais agências, caso avalie que tal escolha é a mais segura para seus clientes e funcionários”. Em função disso, BB e Caixa não abriram as portas. No BRB, apenas as unidades onde os vigilantes não entraram em greve estão funcionando. A Febraban diz que a população pode recorrer a canais alternativos para fazer operações bancárias, como caixas eletrônicos, internet banking, mobile banking, banco por telefone e correspondentes.
Parques
O Instituto Brasília Ambiental (Ibram), responsável pela administração de 68 parques ecológicos no DF, decidiu abrir nesta segunda (5) o de Águas Claras, graças ao apoio do Batalhão de Polícia Ambiental, que mantém um posto no local. Nesta terça (6), voltam a funcionar: Olhos D’Água (Asa Norte), Bosque do Sudoeste, Asa Sul, Dom Bosco (Lago Sul), Sucupira (Planaltina), Paranoá e Jequitibás (Sobradinho), Areal, Veredinha (Brazlândia), Vivencial do Gama e Lago Norte. Apenas duas unidades ficarão fechadas: o Ezechias Hering, no Guará (por questões de segurança e riscos de invasões) e o Saburo Onoyama, em Taguatinga, que passará por limpeza e manutenção.
Saúde
O atendimento em hospitais e postos de saúde também está prejudicado pela greve. A Secretaria de Saúde (SES-DF) informou que, por questões de segurança, a maioria suspendeu as visitas. “Unidades básicas de saúde e hospitais restringiram acesso às portarias centrais e o contingente de vigilantes que permanece trabalhando reforça a segurança nesses acessos”, disse.
INSS
As agências do INSS na Asa Sul e em Ceilândia funcionam parcialmente e só atendem os segurados que agendaram previamente pelo telefone 135 ou pela internet, para os serviços que não dependam de perícias médicas.
Já as unidades de Taguatinga, Sobradinho, Gama e Planaltina, estão fechadas. “Os servidores permanecem trabalhando nas atividades internas”, afirmou o INSS, em nota.
Sistema socioeducativo
A vigilância está prejudicada nas sete unidades de internação do sistema socioeducativo do DF. De acordo com o sindicato dos servidores da carreira, agentes se revezam na função para garantir a integridade física de mais de 800 menores infratores.
Torre de TV
Fechada desde a quinta-feira (1º/3). Só vai reabrir quando os vigilantes retornarem ao trabalho.
Jardim Zoológico
Fechado desde sexta-feira (2/3). Só volta ao normal depois que a greve terminar.
Estádio Mané Garrincha
Fechado para visitação até a volta dos vigilantes ao trabalho.