O Brasil se despediu de um de seus filhos mais querido. Ziraldo, o homem cujo talento transcendeu gerações, nos deixou aos 91 anos, no sábado (6/4). Nascido em 24 de outubro de 1932, na cidade mineira de Caratinga, Ziraldo se destacou não apenas por suas contribuições artísticas, mas também por sua resistência política durante a ditadura militar no Brasil.
Ziraldo era conhecido como o menino que nunca cresceu, nos apresentou personagens inesquecíveis. Seus traços e palavras coloriram nossa infância e, de certa forma, nos ensinaram a ver o mundo com olhos mais gentis e corações mais abertos.
A carreira multifacetada como cartunista, escritor e humorista foi marcada por uma resistência incansável à diversidade. Mesmo após um serie de problemas de saúde, como três acidentes vasculares e cerebrais, Ziraldo continuou a nos encantar com sua criatividade e coragem.
A ditadura militar brasileira impôs o Ato Institucional número 5 (AI-5) em 1969, e Ziraldo se uniu a outros jornalistas e cartunistas como Jaguar, Henfil e Millôr Fernandes para criar o periódico “O Pasquim”. O Pasquim se tornou um ícone do jornalismo brasileiro, não só por usar o humor como forma de resistir à ditadura, mas pela qualidade dos seus colaboradores na área de texto.
Foi mais que um artista, mas também um defensor da democracia e da liberdade de expressão. Durante os anos na ditadura militar no Brasil, ele usou sua arte como uma arma de resistência e esperança.