Entenda a diferença entre solidão e solitude e saiba como elas podem influenciar no estudo para concursos
Psicóloga clínica explica as principais diferenças entre os sentimentos e orienta candidatos que estudam para concursos
A preparação para a tão sonhada vaga em um concurso público durante esse período de pandemia deixou a trajetória dos estudos dos concurseiros ainda mais solitária e carregada de emoções. Enfrentar o desafio de estudar sozinho é muito importante e precisa ser encarado por concurseiros que não tinham esse costume.
Um estudo elaborado por acadêmicos de três universidades britânicas – Manchester, Brunel e Exeter – em colaboração com a Wellcome Collection, mostra que os jovens se sentem mais sozinhos do que os mais velhos. Diferente do que muitos imaginam, os dados revelaram que a solidão atinge 25% dos idosos com mais de 75 anos e 40% dos jovens de até 24 anos. Afinal, é possível alcançar a tão sonhada vaga estudando sozinho?
A resposta é sim, mas segundo a psicóloga clínica Juliana Gebrim é de fundamental importância saber diferenciar solidão e solitude nessa trajetória de estudos para que os candidatos possam identificar transtornos que podem influenciar na preparação. Ficar horas do dia completamente sozinhos, resolvendo questões de provas, lendo leis e praticando a escrita, entre outras atividades recorrentes, e isso durante a pandemia pode mexer com as emoções e interferir diretamente nos estudos para concursos.
“A solidão é o estado de profunda separação onde a pessoa sente um profundo desamparo e incompreensão. Suas causas são multifatoriais, ou seja, fatores como depressão, amizades erradas, reflexos de um problema social ou psicológico, algum tipo de separação, mudanças recentes na vida, ou aquela solidão a dois, que é a que ocorre com algumas pessoas em seus casamentos”, explica.
Já a solitude, ao contrário do que muitos pensam, não é estar sozinho e desamparado. Estar só ou viver sozinho – também chamado solitude – pode ser escolha pessoal, obrigatória, momentânea ou definitiva. É o caso de muitos concurseiros que não se sentem mal ao ficarem sozinhas e conseguem aproveitar a solitude para viver intensamente o projeto que escolheu para a sua vida: a preparação para concursos.
Muitos concurseiros podem viver a solitude e ser feliz na própria companhia. Ou seja, eles quando ficam sós, encontram mais criatividade e conseguem organizar melhor suas ideias. Para Gebrim, a solitude – e não a solidão –, precisa ser prioridade na agenda dos concurseiros.
“O candidato solitário está afastado das pessoas, e não é por escolha, e sim por dificuldade de relacionar-se. Já os que têm solitude, querem estar sozinhos para aproveitar os momentos de estudos, planejar etapas e pensar em seus projetos. Ele aprecia esse momento de estudos sozinho”, esclarece Gebrim.
A seguir, a psicóloga destaca algumas dicas estratégicas para auxiliar os candidatos a seguir em frente sem se distanciar dos seus objetivos.Saiba mais sobre o tema clicando aqui.
Busque a causa da sua solidão;
Animais de estimação podem ajudar;
Use a internet a seu favor – busque informações seguras e cheque as fontes;
Converse com pessoas sobre seu problema;
Se sentir necessidade, procure tratamento profissional – terapias em grupo ou individuais podem auxiliar a pessoa a identificar os problemas com outras pessoas;
Procure terapia de reversão de pensamentos – procure pensar positivo;
Não desista dos seus sonhos.