“Parque da Alegria” no sábado pós-Carnaval
Segunda edição do projeto traz Timbalada e o grupo carioca Sapucapeta entre os destaques da programação, além de eventos para crianças e adultos como oficinas e apresentações de teatro, circo e muito mais
O projeto que abraçou toda a família em 2017 está de volta! Pelo segundo ano consecutivo, a folia do Carnaval vai extrapolar a Quarta-feira de Cinzas em Brasília. O Parque da Alegria, realizado pela Verri & Verri Produções com apoio da Lei de Incentivo à Cultura do Distrito Federal – LIC/DF e patrocínio da Claro e da BOA e Incentivo da Secretaria de Cultura e Governo do Distrito Federal, vai esticar a programação carnavalesca da Capital. Com um clima multicultural voltado para toda a família, o evento traz apresentações de blocos tradicionais brasilienses, rodas de samba, espaço para programação infantil e uma grande homenagem ao bloco mais tradicional da cidade, que completa 40 anos esse ano: o Pacotão.
Dentre os destaques da programação, Timbalada e o Sapucapeta, capitaniado por Leandro Sapucahy, além de outras atrações de Brasília, selecionadas por meio de edital público, vão embalar os foliões na Praça das Fontes no Parque da Cidade, das 11h às 23h. No evento haverá uma praça de alimentação com restaurantes conhecidos da cidade. Não será permitida a entrada com bebidas e alimentos.
Para tornar o evento ainda mais acessível, foram disponibilizados um lote inicial de 2.500 ingressos beneficentes gratuitos para entrada no evento, esgotados nos primeiros dias de abertura da Bilheteria Digital. No entanto, pais e responsáveis acompanhados por crianças de até 12 anos e pessoas com
deficiência entrarão gratuitamente no Parque da Alegria até às 17h.
Conhecido por levar ao público brasiliense o pós-carnaval com expoentes da festa de Momo no país, o Parque da Alegria sacode suas estruturas com o Sapucapeta, como uma das atrações especiais. Movido pela filosofia do “tudo junto e misturado”, o grupo carioca representa bem o clima do Carnaval do Rio. No comando está o cantor Leandro Sapucahy que mistura a cadência do samba a canções diversas de rock, soul, samba-rock dos anos 70 e 80, funk, MPB e música pop em geral. O Sapucapeta começou como uma pequena roda de samba no Leblon, em 2006, e recebeu naturalmente outros ritmos. Na época, Marcelo D2 aparecia com seu rap, Preta Gil com o pop, Seu Jorge com samba-rock e, assim, a roda de samba absorvia toda a influência musical que chegava por lá. Hoje, o Baile do Sapuca é uma das sensações da noite do Rio de Janeiro. O grupo se apresenta às 19h, no Palco Principal.
Já o Timbalada, patrimônio do Carnaval baiano, chega com seus três novos cantores apresentados pelo fundador Carlinhos Brown, em agosto de 2017, para fechar o Parque da Alegria, com a mesma energia que encerra o Carnaval de Salvador. Paula Sanffer, revelada na 4ª temporada do The Voice Brasil, Rafa Chagas e Buja Ferreira ficarão à frente dos vocais da banda nessa nova etapa. “A Timbalada do século XXI é transbordante”. Essa é a frase utilizada por Brown para definir o novo momento desse poderoso movimento percussivo. No repertório som de grandes sucessos como “Minha História”, “Beija-Flor”, “Namoro a Dois”, “Margarida Perfumada”, “Mimar Você” e tantas outras canções da banda que, há mais de 25 anos, consegue aliar tradição e originalidade para escrever, contar e cantar a sua história, sempre com muita alegria, criatividade e emoção. O grupo se apresenta às 22h, no Palco Principal.
Durante o dia, blocos de carnaval e rodas de samba se apresentam na Passarela da Alegria. A criançada, como na edição anterior, tem, além da folia, uma série de atividades culturais realizadas no espaço Pequenos Brincantes, especialmente montado para a família. Rodas de leitura, oficina de contação de história, apresentação de teatro, circo com o Funfarra Circence e bloco de carnaval são algumas das atrações. “Esse ano, a oficina de contação de histórias será direcionada aos pais e responsáveis. A ideia é mostrar como eles podem ajudar a encantar as crianças por meio da leitura. Acreditamos que isso possa ajudar na formação de leitores”, aposta Moema Faria, idealizador do Parque da Alegria.
Em homenagem aos 40 anos do bloco mais irreverente e tradicional da Capital, o Pacotão, o Parque da Alegria vai montar uma grande exposição “Pacotão 40 anos de História” na entrada do evento, para contar a história do bloco. Por meio de matérias e fotos, o público poderá descobrir e saber um pouco mais de um dos blocos mais controversos do país. “O espírito do evento é valorizar o nosso carnaval. O Pacotão é parte da história de Brasília e merece todo nosso reconhecimento”, ressalta Moema.
Acessibilidade e qualidade
O Parque da Alegria tem toda a sua estrutura adaptada para a acessibilidade, um dos pilares do evento que o torna legitimamente democrático. “Nossa grande questão é democratizar realmente o carnaval. Queremos estimular que deficientes, pessoas com necessidades especiais e crianças para que, também, possam curtir a folia com qualidade. Por isso, todo o evento é adaptado para eles”, explica Moema.
Na entrada da festa, intérpretes de Libras estarão disponíveis todo o dia, bem como guias videntes. Haverá também um mapa tátil do Parque da Alegria para ajudar pessoas com deficiência visual.
Respeito
Nessa edição, o Parque da Alegria adere à Campanha “BSB respeita As Mina” com o objetivo de abordar uma das formas de violência mais frequentes durante a festa: o assédio.
Para combater abusos, a iniciativa estimula o respeito à população do sexo feminino. “Queremos contribuir para o combate a um problema social que vitima milhares de mulheres no Brasil. No Parque da Alegria teremos uma equipe preparada para atender mulheres vitimas de assédio no evento e conscientizar os homens que cantada pode, assédio não. Olhar pode, constranger não. Na boa pode, à força não”, destaca a idealizadora da festa, Moema Faria.
A campanha #bsbrespeitaasmina nasceu por um coletivo de mulheres comunicadoras envolvidas com o meio de produção de eventos na cidade. Após escutarem relatos e denúncias de situações abusivas nas festas (desde situações de estupro a “cantadas” desrespeitosas e invasivas), uniram forças para alertar e conscientizar os homens sobre seus comportamentos, e às mulheres de que o assédio na balada não é normal e não deve ser tolerado.
Na festa de Momo é comum investidas inconvenientes nas mulheres, onde 98% delas disseram já ter sofrido assédio somente durante o Carnaval, de acordo com um levantamento da ONG ActionAid. Ano passado, nos quatro dias de Carnaval, a Central de Atendimento à Mulher — Ligue 180 registrou, em todo o país, 2.132 atendimentos a mulheres por diversos tipos de agressão. A violência física foi o principal motivo das ligações, somando 1.136 contatos. Em seguida, vem a violência psicológica, com 671 ligações. Depois, a violência sexual, com 109 ligações, a violência moral (95), cárcere privado (68), violência patrimonial (49) e tráfico de pessoas (quatro atendimentos).
Serviço
Parque da Alegria
Data: sábado, 17 de fevereiro
Horário: das 11h às 23h
Local: Praça das Fontes, Parque da Cidade
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita até às 17h para deficientes, pais ou responsáveis com crianças até 12 anos
Ingressos: R$ 10 meia entrada* e R$ 20 inteira
Informações importantes:
- A entrada no evento só será permitida com a apresentação do ingresso beneficente ou ingresso pago e do CPF.
- Será cobrada a doação de lixo eletrônico (pilhas, baterias, carregadores, celulares antigos, etc) dos ingressos beneficentes e da meia entrada para aqueles que não possuem o benefício por Lei (Nº 12.933/2013).
- Proibida a entrada com bebidas e alimentos.