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quinta-feira, abril 25, 2024

Rede pública vai produzir material didático próprio

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Rede pública vai produzir material didático próprio

Da redação, Ascom/SEEDF

O secretário de Educação, Rafael Parente, anunciou a criação de um grupo de professores que irá produzir material didático próprio para a rede pública de ensino do Distrito Federal. A ação tem dois objetivos principais: proporcionar materiais de qualidade com os quais a rede de ensino se identifique; e suprir as dificuldades que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) tem para entregar os livros didáticos às escolas do DF.

 

Foto: Luis Tavares, Ascom/SEEDF

Para garantir o desenvolvimento dos conteúdos no início do ano letivo, a Subsecretaria de Educação Básica (Subeb) já começará a distribuir nesta quarta-feira (20) cadernos de revisão do conteúdo para todos os estudantes e professores do 4º ao 9º ano do Ensino Fundamental e dos três anos do Ensino Médio. Serão dois cadernos por aluno, um de Língua Portuguesa e um de Matemática. Assim, serão ao todo, 36 cadernos diferentes usados para a revisão do conteúdo do ano passado.

Além disso, os três primeiros anos do Fundamental vão receber material suplementar do Programa Nacional de Alfabetização na Idade Correta (PNAIC). Essas ações devem minimizar a falta dos livros didáticos do Programa Nacional do Livro Didático do FNDE até que fiquem prontos os materiais elaborados pelo grupo que está sendo criado.

Nas próximas semanas, a Secretaria mapeará os estudantes e unidades escolares que estão sem livros para um processo de remanejamento dentro da rede. Primeiramente, as trocas serão feitas entre as escolas de uma mesma regional de ensino e depois entre as próprias regionais. Atualmente, a Subeb estima que 15 mil alunos da rede pública estão sem livros didáticos devido à indisponibilidade de reserva técnica do FNDE para suprir as demandas das escolas do DF.

Cabe ressaltar que o mapeamento só pode ser feito após um mês do início das aulas, quando o processo de matrículas estiver consolidado. Assim, somente na primeira quinzena de março a Subeb saberá quem ficou sem livros e então promover o fornecimento do material.

“Os livros remanejados são deixados por estudante que saem da rede e são oferecidos a quem entra na rede”, esclarece a subsecretária da Subeb, Jackeline Aguiar. Ainda segundo Jackeline, com base em anos passados, é provável que a falta de livros afete todas as etapas de ensino, mas em especial do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental.

O grupo criado pelo secretário de Educação será selecionado para iniciar os trabalhos em março, no Centro de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação, conhecido como Eape. A equipe será formada por cerca de 50 professores. Jackeline estima que os materiais didáticos próprios fiquem prontos para distribuição integral no 2º semestre.

O secretário Rafael Parente afirma que os conteúdos produzidos pela SEEDF terão qualidade superior à dos livros distribuídos atualmente pelo Ministério da Educação, via FNDE.“Temos muitos doutores e a grande maioria dos testes das avaliações aplicadas pela Universidade de Brasília são feitas pelos nossos professores”, ressalta.

Ainda conforme o planejamento da pasta, o material didático da SEEDF será complementado por uma plataforma digital com inteligência artificial e machine learning. Também fazem parte do projeto, que integra conteúdos impressos e virtuais, salas de aula com projetores e caixas de som, além de laptops, que vão circular em carrinhos entre as salas de aula para atender os estudantes.

Sobre o planejamento, Rafael Parente complementa: “Com a Eape reestruturada e oferecendo novos cursos e um material didático moderno, atual, nós conseguiremos fazer um trabalho muitas vezes superior ao que vem sendo feito hoje”.

Desde 1999, a Secretaria de Educação não compra livros didáticos e recebe do FNDE todos os livros utilizados na rede pública de ensino. O FNDE calcula as quantidades com base no censo escolar de dois anos antes da entrega. Nos períodos entre o momento em que faz esse cálculo e a distribuição, trabalha com uma reserva técnica que mantém para suprir a movimentação de estudantes nas redes estaduais e do DF. Neste ano, o DF ainda não foi contemplado.

 

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