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sexta-feira, novembro 8, 2024

Voluntários realizam segundo mutirão para levar energia solar a quilombolas

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Ação do projeto Pisco de Luz acontece nos dias 4 e 5 de agosto na comunidade Kalunga na Chapada dos Veadeiros (GO)

Voluntários se preparam para o segundo mutirão do projeto Pisco de Luz. O objetivo é instalar kits de energia solar em 50 casas da comunidade quilombola Kalunga na Chapada dos Veadeiros (GO). A ação acontece nos dias 4 e 5 de agosto. Mais de 30 jipeiros estão engajados nesta iniciativa para auxiliar na chegada até o local, que é de difícil acesso, localizado há aproximadamente 400 quilômetros de Brasília.

O primeiro mutirão, realizado nos dias 31 de junho e 1º de julho, contou com mais de 90 voluntários. Na ocasião, foram instalados 50 kits de energia solar. Somando as que foram contempladas anteriormente, o Pisco de Luz já está presente em 57 residências da região e beneficia, assim, 280 quilombolas.

Uma das famílias contempladas foi a de Marlene Santos Pereira, 30 anos. Com sorriso no rosto, ela comemorou a chegada da luz.

“Ainda mais que a gente tem criança, a noite às vezes tem muita cobra e a lamparina às vezes não ilumina. Essa luz vai melhorar muito para a gente aqui da roça. Para a gente que vive em casa de palha, assim também não tem perigo de fogo”, contou Marlene.

O projeto

O sistema que transforma energia solar em luz começou a ser desenvolvido, em julho de 2017, pelo empresário de Brasília, André Viegas. Após visitar a comunidade para trabalhos voluntários, ele percebeu a necessidade de levar até as famílias iluminação. Sem energia elétrica, as pessoas ainda dependem de lamparinas para realizar tarefas noturnas. Isso gera problemas de saúde, devido à fumaça gerada, e expõe os moradores a riscos de incêndios e ataques de animais.

“Já conhecia a dificuldade que eles passam aqui com relação à energia, com relação à internet, comunicação e tive a ideia de pensar numa solução para poder iluminar dentro das casas. Fazer uma solução que fosse possível de aproveitar a energia solar que é abundante no nosso país”, conta Viegas.

A partir daí, ele começou a trabalhar em um sistema formado por uma pequena placa solar, um circuito inteligente e uma bateria de lítio recarregável. Cada kit é formado por uma pequena placa solar, um circuito inteligente e uma bateria de lítio recarregável. O custo total é de aproximadamente R$ 750.

Para construir os 100 kits de energia solar foi preciso realizar parcerias com empresas e buscar doações, por meio de campanha de financiamento coletivo. O projeto conseguiu arrecadar aproximadamente R$ 45 mil reais e continua recebendo doações. Pelo menos 300 famílias ainda vivem na escuridão.

Os interessados em contribuir podem acessar o site quero-apoiar.piscodeluz.org

 

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