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terça-feira, maio 20, 2025

Inaugurado antes de Brasília, Zoológico comemora 62 anos

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Inaugurado antes de Brasília, Zoológico comemora 62 anos

Por Larissa Leite

Um ponto turístico e de lazer para brasilienses e visitantes de outras cidades, o Zoológico de Brasília guarda muitas histórias. O dia 6 de dezembro marca o aniversário da inauguração do espaço, que data de 1957, ou seja, quase três anos antes do surgimento da nova capital.

Existem algumas lendas que cercam o início desta história, uma dela é que o zoo teria sido criado para  abrigar a fêmea de elefante-asiático Nely que teria sido presente do embaixador da Índia à época ao então presidente da República, Juscelino Kubitscheck. Mas os documentos negam essa hipótese.

Com uma área de 139,7 hectares, o Zoo conta, atualmente, com 627 animais, sendo 168 espécies diferentes, por lá é possível ver aves, mamíferos, répteis e outros bichos.

Um espaço que faz muito sucesso no Zoológico é o Borboletário, criado em 2005. A estrutura de formato ovalado, tem 26 metros de comprimento por 10 de largura e 10 de altura e foi projeto para impedir a fuga dos animais e garantir que os predadores não apareçam por lá.

O interior foi projetado para reproduzir as características que as espécies encontram na natureza, pois assim é possível garantir o ciclo de desenvolvimento. Dentro do Borboletário existem três microclimas: mata fechada, área brejosa e seca. As visitas são guiadas e podem ser feitas de quarta-feira a domingo,  8h30 às 12h e das 13h30 às 16h30.

Em 2019, o Zoo executou vários projetos educacionais como Zoo em Ação, Zoo Noturno, Zoo Experiência, visita acadêmica, visita livre e Zoo Convivência. Para o próximo, espera-se a implementação do Serpentário Móvel e a retomada do Zoo Camping.

Já em janeiro de 2020, durante as férias escolares, as crianças poderão participar de mais edição do Colônia de Feras. As inscrições serão abertas na primeira semana do próximo mês.

História do Zoo

O primeiro animal catalogado no Livro de Registros do Zoológico foi o macaco macho da espécie bugio-preto, capturado no cerrado na área onde estava sendo construída a nova capital e doado por um morador da cidade em 30 de outubro de 1957. Nely é citada em segundo lugar em uma folha rasgada escrita à mão, mas ela não foi um presente do embaixador a JK.

O livro diz que ela foi doada pela Companhia de Produtos Farmacêuticos White Fontoura, de São Paulo, em 6 de dezembro de 1957, data de inauguração da instituição.

Para Igor Morais, gerente de projetos educacionais do zoológico, a versão do presente do embaixador é uma lenda. “O que parece ser mais coerente é que o zoológico foi criado como atração para os operários que construíram Brasília”, diz. “Isso casa com o fato de o zoológico ter sido inaugurado antes da cidade, o único caso no mundo que eu conheço”, ressalta.

Quando o zoológico foi inaugurado, havia basicamente dois recintos no local: o espaço usado por Nely (a elefanta) – ainda de pé, hoje usado pelo rinoceronte Thor – e alguns viveiros para macacos e aves. Não havia cercas nem grama.

Um pouco depois da inauguração, ainda na década de 60, foi construído o Teatro de Arena, usado para apresentações circenses dos animais, o que não é mais feito. Hoje o anfiteatro é usado para palestras e atividades lúdicas para os visitantes. A maior parte da estrutura atual do local é da década de 70.

Originalmente, a área do zoológico era cheia de rochedos que foram dinamitados para fornecer brita para a construção de Brasília. Em uma dessas explosões foi encontrada uma espécie de rato até então desconhecida. Ela foi descrita e batizada como Jucelinomys Candango em homenagem a JK e aos candangos.

Como era uma nova espécie, três “exemplares” foram mandados para o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e ninguém achou esse tipo de roedor depois aqui na capital. “O parente mais próximo desse rato vive em Goiás, em áreas de rochedo. Acredita-se que o rato literalmente foi explodido junto com os rochedos. A história é conhecida como o rato que Brasília matou, pois a espécie entrou em extinção”, conta o biólogo.

Quer visitar o Zoo?

Aberto aos visitantes de terça-feira a domingo, de 8h30 às 17h. Os ingressos custam R$ 5 (meia) e R$ 10 (inteira). Menores de 5 anos,  pessoas com deficiência e seu acompanhante (se necessário) têm direito à gratuidade.

O pagamento do ingresso é feito apenas em dinheiro. O visitante pode entrar como comidas e bebidas, sendo proibida a entrada de bebidas alcoólicas e recipientes de vidro. Também não é permitida a entrada de animais domésticos.

*Com informações da Agência Brasília

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